A
Declaração de 1922, Dirigida “A Todos os
Teosofistas
e Membros da Sociedade Teosófica”
B. P.
Wadia

B.P. Wadia (1881-1958)
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Nota Editorial:
Em 1922, o sr. B. P. era um líder influente na Sociedade
Teosófica de Adyar quando decidiu renunciar à sua condição
de membro e aderir à pequena Loja Unida de Teosofistas, LUT.
Na primeira parte do século 21, é fácil ver que o conteúdo da
carta aberta que acompanhou a renúncia de B.P. Wadia está
mais atual do que nunca. O futuro da Sociedade de Adyar
depende de ela ser capaz de compreender os pontos levantados
pelo sr. Wadia no texto reproduzido a seguir. Assim que
Adyar comece a se libertar com mais força da falsidade e da
ilusão, todo o movimento teosófico
será fortemente beneficiado.
Até que isso seja feito, a S.T. de Adyar permanecerá como está
- uma pálida sombra das suas próprias ilusões de 1900-1934 -;
e continuará perdendo vitalidade. Em algum momento, a
libertação ocorrerá. A coragem e a ética farão parte de uma nova
primavera, e a primavera surgirá, inevitavelmente, no tempo devido.
Durante os anos 1990, o sr. Geoffrey Farthing escreveu seu
Manifesto “A Sociedade Teosófica e
Seu Futuro”, que aponta na
mesma direção geral do documento de B.P. Wadia. Farthing propôs
uma estratégia de ação digna e lúcida, e ajudou a preparar o futuro.
Reproduzimos abaixo a íntegra da declaração de 18 de Julho de
1922, dirigida pelo sr. Wadia “A Todos
os Colegas Teosofistas
e Membros da Sociedade Teosófica”. Este livreto de dezoito
páginas constitui um marco referencial de grande utilidade para a
construção de um movimento teosófico mais eficaz e mais verdadeiro,
Fundada por decisão de 14 de setembro de 2016, a Loja
Independente de Teosofistas aprecia a experiência da LUT e o exemplo
dado por B.P. Wadia, assim como a sua significativa obra escrita.
(Carlos Cardoso Aveline)
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A TODOS OS COLEGAS TEOSOFISTAS
Meus
Irmãos:
A carta
de renúncia à Sociedade Teosófica que tem sede em Adyar, em anexo, delineia de
forma aproximada as razões que me levaram a romper meus laços com aquela
corporação. Como estive estreitamente ligado à Sociedade durante quase vinte
anos, é necessário que seja dada uma explicação mais completa, para o benefício
de amigos que indagam, de companheiros de trabalho pela Grande Causa, e de todos
os outros que estão ou possam ficar interessados pela Teosofia e pela Sociedade
Teosófica administrada e influenciada desde Adyar.
Tendo vivido por dez anos o dia-a-dia
em Adyar, a Sede Internacional da Sociedade Teosófica, e tendo trabalhado lá cumprindo
várias funções, possuo um conhecimento íntimo da vida e das atividades de
Adyar; e tenho consciência do tipo de vitalidade que a anima, assim como da influência
que Adyar irradia. Desde 1919, quando deixei Adyar, tenho trabalhado e
observado o trabalho de várias Seções da Sociedade Teosófica, mencionadas em
minha carta de renúncia. Portanto também possuo um conhecimento razoável da situação
da Teosofia nessas doze Seções, e as influências que moldam o trabalho da
organização nos seus países.
O Que Faria H. P. Blavatsky?
A Teosofia para mim é o pão da
vida. A Causa teosófica é objeto de interesse primordial para mim. Nenhum
sacrifício por aquela Causa Sagrada é demasiado grande, e deixo a Sociedade
Teosófica para beneficiar a Teosofia. Minha saída da Sociedade Teosófica é
motivada pelo ideal de um serviço mais ardoroso pela Teosofia, que não posso
praticar dentro da Sociedade Teosófica.
Para chegar a essa decisão, fui
iluminado pela Luz e pela Sabedoria da maior Teosofista de nossa época, aquela
fonte perene e infalível de inspiração para os buscadores da verdade no Caminho
da Espiritualidade e todas as suas veredas - H.P. Blavatsky. Suas palavras
claras e inequívocas abrem um precedente grande e valioso, que as condições
existentes na Sociedade Teosófica me forçam a seguir.
Quero citar suas palavras
escritas na revista “Lucifer” em agosto de 1889, sob circunstâncias que se
tornarão claras para qualquer leitor inteligente, se ele ler o artigo chamado
“A Puzzle From Adyar”, do qual elas são tiradas. Em resposta àqueles que
tentavam impor a ela um compromisso com a Sociedade Teosófica de Adyar, H. P.
Blavatsky escreveu:
“É puro e simples absurdo dizer
que ‘H.P. Blavatsky ... é leal à Sociedade Teosófica e a Adyar’ (?!) H.P. Blavatsky é leal até à morte à Causa Teosófica, e àqueles grandes Instrutores
cuja filosofia é a única que pode unir toda a Humanidade em uma Fraternidade. Junto com Cel. Olcott, ela é a principal fundadora
e construtora da Sociedade que devia e deve representar
a Causa.... Portanto o grau da simpatia dela para com a ‘Sociedade Teosófica e
Adyar’ depende do grau de lealdade daquela Sociedade à Causa. Se ela sair das
linhas originais e mostrar deslealdade na sua política em relação à Causa e ao
programa original da Sociedade, H.P. Blavatsky, chamando a Sociedade de
desleal, a sacudirá como uma poeira para longe dos seus pés. E o que significa,
afinal de contas, lealdade para com Adyar? O que é Adyar, separada da Causa e
dos dois (não um, por favor) fundadores que a representam? Por que não ser leal
então aos prédios, ou ao banheiro de Adyar?
“Termino assegurando que não há
necessidade alguma de posar de anjo protetor do Cel. Olcott. Nem ele nem eu
precisamos de um intermediário para nos proteger um do outro. Trabalhamos,
labutamos e sofremos juntos por longos quinze anos, e se depois de todos esses
anos de amizade mútua o Presidente Fundador fosse capaz de dar ouvidos a
acusações insanas e de se voltar contra mim, bem - o mundo é suficientemente grande
para nós dois. Que a nova Sociedade Teosófica Exotérica, chefiada pelo sr.
Harte, funcione erradamente, com a permissão do Presidente, e que o Conselho
Geral me expulse por ‘deslealdade’; e isso se o Cel. Olcott for tão cego a
ponto de não ver onde estão a sua verdadeira amiga e o seu dever. Se eles não
o fizerem rapidamente, ao primeiro sinal de sua deslealdade à CAUSA - serei eu
que renunciarei ao meu posto vitalício de Secretária Correspondente e deixarei
a Sociedade. Isso não me impedirá de permanecer à frente daqueles que me quiserem
seguir-me.”
A Sociedade Teosófica é
Desleal à Teosofia
Os acontecimentos dos últimos
anos, quando examinados na sua ordem apropriada de ocorrência, e corretamente
ligados, produzem uma cadeia de evidências que não deixa dúvida na mente do
estudante sincero da Sabedoria, e o convence que a Sociedade Teosófica comprovou
ser desleal à Teosofia e à sua Causa Sagrada.
É necessário ver a cadeia de acontecimentos;
pois cada evento em si parece inócuo, e em alguns casos até assume uma forma
sutil de Teosofia correta. Quando os acontecimentos sucessivos são ligados em sua
verdadeira importância e significado interno, a deslealdade ao “programa
original” referido por H.P. Blavatsky emerge, clara e inequívoca, diante da
visão observadora do estudante. Quando o estudante está em pé no elevado e
sereno pico da montanha, com seus pés plantados na neve eterna da Razão Pura,
quando ele observa com sábio cuidado o vale da Sociedade Teosófica à luz do sol
da Sabedoria de H.P. Blavatsky e seus Mestres, ele não deixa de ver a natureza
ilusória das sombras mutáveis e das cascas vazias que dançam por ali. As
crianças do Vale, brincando com as sombras mutáveis, perdem de vista a luz do
sol e tomam as sombras pela realidade. Inconscientes do fato de que sombras são
fantasmas, eles as buscam, acreditando que estão trilhando o caminho estreito
que os levará à Árvore da Sabedoria. Estive naquele Vale e brinquei o trágico
jogo durante uma estação, gastando tempo e energia preciosos. Mas felizmente -
graças aos Grandes Seres - eu tinha ficado um tempo no topo da montanha antes
de descer ao vale, e a Visão se conservou como relíquia no coração da minha
memória.
Uma Autocrítica
Dito isso, quero fazer uma confissão. Durante
esses anos todos, tenho tentado promulgar os ensinamentos teosóficos, e tenho
participado ativamente no trabalho de propaganda, ao longo de muitas linhas de
ação. Mesmo quando engajado em outros campos de atividade, mantive o trabalho
teosófico, e ao fazer aquele trabalho, errei ao tomar ilusão por realidade, confundindo
o luar com a luz do sol, e acreditei, e levei outros a acreditarem naquilo que
agora estou convencido ser um erro. Mesmo quando a sagrada memória da minha
Visão inicial no Pico da Montanha provocava suspeitas, eu punha todas as
dúvidas de lado, argumentando comigo mesmo que talvez eu não tivesse o
conhecimento adequado. Então, durante um tempo fui insincero com meu próprio Eu
Superior, motivado por sinceridade e humildade; mas boas intenções ou motivos
altruístas não transformam uma ação errada em correta. Portanto cometi grave
erro, e por isso peço desculpas a todos os envolvidos no erro, pelo qual não
culpo ninguém a não ser eu mesmo. Noções falsas de devoção e obediência,
aceitação de afirmações não verificadas, crença em falsas doutrinas e o culto a
personalidades levaram-me a influenciar outros nessa direção, pelo que o Carma
cobrará seu tributo, e como recompensa honesta eu ofereço estas sinceras
desculpas.
O Que
É Teosofia?
A
Teosofia como um sistema de pensamento, que H.P. Blavatsky, a mensageira credenciada
pela Loja dos Mestres, lançou, permanece incólume e indestrutível.
Aceito
H.P. Blavatsky como Mensageira da Grande Loja, por causa do mérito, do valor e da
verdade intrínsecos de sua mensagem. É por causa da iluminação que sua Mensagem
traz, e da inspiração que ela origina, que eu aceito a Mensageira. O Mensageiro
deve sempre ser julgado pela Mensagem, e não a Mensagem pelo Mensageiro. A
evidência interna da validade da Mensagem de H. P. B. é esmagadora. A sua
consistência é completa, o solo em que ela está enraizada é o Território dos
Eremitérios Antigos, sobre o qual sucessivas gerações de mestres-semeadores se
desdobraram e no qual sucessivas gerações de estudantes-buscadores colheram a
safra, cuja qualidade pode ser testada, e que tem sido testada por mim com
reverência e humildade, mas também com coragem e com o melhor de minha
capacidade intelectual. Aquele sistema de pensamento não é um sistema em
evolução, pois é parte do -
“registro ininterrupto que
abrange milhares de gerações de Videntes cujas respectivas experiências testaram
e verificaram as tradições orais que levaram desde uma raça inicial para outra os
ensinamentos de seres mais elevados e exaltados, que ajudaram Humanidade em sua
infância. Durante longas eras, os ‘Homens Sábios’ da Quinta Raça, do
contingente salvo e resgatado do último cataclismo e da última mudança de
continentes, passaram suas vidas aprendendo, e não ensinando. Como eles fizeram
isso? Resposta: testando e verificando em cada departamento da natureza as
tradições dos antigos, através das visões independentes de grandes adeptos; i.e.,
de homens que desenvolveram e aperfeiçoaram suas organizações físicas, mentais,
psíquicas e espirituais ao mais alto grau possível. Nenhuma visão de um adepto
era aceita até que fosse checada e confirmada pelas visões - obtidas como
evidência independente - de outros adeptos, e durante séculos de experiência.”
[1]
Portanto, eu concordo plenamente
e de coração com a visão segundo a qual -
“Nenhum de nós tem qualquer
direito de apresentar suas próprias visões como ‘Teosofia’, se estiverem em
conflito com as de H.P.B., pois tudo o que conhecemos de Teosofia vem dela.
Quando ela diz ‘A Doutrina Secreta ensina’, ninguém pode dizer que não; ela
sempre encorajou o pensamento e a crítica independente, e nunca se ressentiu de
diferenças de opinião, mas ela nunca fraquejou na proclamação inconfundível ao
afirmar que ‘A Doutrina Secreta’ ensina isso ou aquilo ... Os teosofistas têm o
compromisso de não mutilar a Teosofia para satisfazer as igrejas cristãs que
esqueceram o Cristo, assim como não a devem mutilar para agradar a Ciência
Materialista. Firmemente, calmamente, sem raiva mas também sem medo, devem
permanecer do lado da Doutrina Secreta assim como ela a transmitiu ... A
condição do sucesso é a lealdade perfeita; que as igrejas se elevem até a Religião
da Sabedoria, pois esta não pode descer até elas.[2]
Os Alertas de H.P.B.
Mas um exame cuidadoso da grande
quantidade de literatura “teosófica” publicada nos últimos anos prova que os
autores têm faltado com o compromisso de “não mutilar a Doutrina Secreta”; e
quando alguém examina calmamente os efeitos desses ensinamentos nas atividades
da Sociedade Teosófica através da criação de “ordens”, “ligas”, “templos”,
“igrejas”, e também através da vida dos seus membros, não pode deixar de ver o
significado das palavras proféticas que H.P. Blavatsky proferiu no capítulo de
encerramento de “A Chave Para a Teosofia”, que trata do “futuro da Sociedade
Teosófica”.
Narrando determinadas causas, ela
chega a esta conclusão:
“O resultado pode ser apenas que
a Sociedade ficará à deriva até chegar a um banco de areia de pensamento, ou algo
parecido, e lá permanecerá como uma carcaça encalhada, até se decompor e
morrer.”
As causas que H.P. Blavatsky
temia, e contra as quais ela advertiu a Sociedade Teosófica, têm atuado sobre
nós há vários anos, lamentavelmente.
“A grande necessidade que nossos
sucessores na direção da Sociedade terão de possuir um julgamento imparcial e
claro”-
tem sido profundamente sentida,
pois até hoje a sua completa ausência tem feito com que muitos, entre eles eu,
desanimem da vida da Sociedade,
embora possa acontecer que, como um cadáver sem alma, ela consiga prosperar tal
como os templos sem vida e as igrejas mortas do ocidente e oriente.
E em qual banco de areia do
pensamento a Sociedade Teosófica encalhou? Ela encalhou no banco de areia do programa
de avanço espiritual em que todas as respostas já estão dadas. Esse programa se
transformou num credo, com seus salvadores-iniciados e o seu eterno inferno de
oportunidades perdidas, com o demônio dos magos negros jesuíticos, e o
permanente Jardim do Éden daqui a 750 anos na região sul da Califórnia, para os
fiéis que obedecerem e seguirem como um exército fanático, com grande zelo e
nenhuma sabedoria. A pseudoteosofia tomou o lugar da Teosofia. A doutrina reta
e clara, ensinada por H.P. Blavatsky, de busca do deus interior, “o Iniciador
dos Iniciados”, foi esquecida. As pessoas são estimuladas a procurar por
iniciados no reino da mortalidade. O portal da divindade é construído no mundo
da carne, e um portão é erigido ali para os verdadeiros crentes atravessarem. O
alerta de H.P. Blavatsky sobre “falsos profetas da teosofia” e seus “exageros
monstruosos e esquemas e farsas idiotas” [3]
ficou ignorado. Uma hierarquia de “iniciados” foi armada dentro da Sociedade
Teosófica e a obediência cega e o culto ridículo a personalidades tornou-se
desenfreado. Isto aconteceu apesar das palavras legítimas de H.P. Blavatsky,
escritas em 1888:
“Deve ser lembrado que a
Sociedade não foi concebida para ser um berçário que produza um suprimento de
Ocultistas - e tampouco uma fábrica para a manufatura de Adeptos.”
Quão diferente é o estado de
coisas na Sociedade Teosófica, se refletirmos sobre outras palavras de H.P.
Blavatsky:
“Que ninguém estabeleça um papado
em lugar da Teosofia, pois isso seria suicida, e tem sempre terminado de forma
fatal. Somos todos colegas-estudantes, mais ou menos avançados. Mas ninguém que
pertença à Sociedade Teosófica deveria se considerar mais do que, no máximo, um
professor-aluno - alguém que não possui qualquer direito de dogmatizar.” [4]
Em vez de colegas-estudantes e
professores-alunos, estes escutando o que os primeiros escutaram, temos na Sociedade
Teosófica pronunciamentos dogmáticos de um lado e uma credulidade extravagante
do outro. Até um tipo de “sucessão apostólica” tornou-se objeto de crença na Sociedade
Teosófica, principalmente através de apelos secretos em favor dos “sucessores”
de H.P. Blavatsky, que são apresentados como argumentos sérios para manter de
pé falsas doutrinas e ensinamentos grosseiros. Os métodos de verificação dos
ensinamentos e das afirmações de origem supostamente divina são esquecidos; e tudo
o que é preciso é dizer que “fulano de tal disse assim”. Deste modo veio a
prevalecer uma Teosofia muito diferente da de H.P. Blavatsky - tão diferente
quanto a noite e o dia. E, lamentavelmente, milhares de membros nem sequer
sabem disso.
Esses ensinamentos e a sua
inesperada influência têm produzido anomalias estranhas. Assim, os “Irmãos da
Fraternidade”, que deveriam ser como uma só mente, com uma só vontade, um
objetivo, um propósito, como os dedos de uma mão, lutam e brigam como
seguidores de diversas seitas fanáticas. Este é o resultado direto do fato de
que a ética da teosofia foi negligenciada, e de que o psiquismo se instalou. Aqui
também a severa advertência de H.P. Blavatsky não foi ouvida:
“Já houve uma ocasião em que o crescimento
foi obstaculizado por causa de fenômenos psíquicos, e ainda poderá vir o tempo em
que as fundações morais e éticas da Sociedade venham a naufragar de modo
semelhante.” [5]
Pois o que é o naufrágio, se não
pronunciamentos psíquicos e materializações de fatos espirituais, a criação de
semideuses que espantam os Deuses para longe? A obra “Ísis Sem Véu”, de H.P. Blavatsky,
foi -
“dirigida contra o cristianismo teológico, o maior adversário do livre pensamento.
Ela não contém uma palavra contra os puros ensinamentos de Jesus, mas denuncia
implacavelmente a sua distorção por sistemas eclesiásticos perniciosos, que são
nocivos à fé do homem em sua imortalidade e em seu Deus, e que desestimulam
todo comportamento moral.” [6]
E hoje alguns membros da
Sociedade Teosófica estão ensinando até o “perdão” e a “absolvição”. “Ísis Sem
Véu” descreveu a sucessão apostólica como uma “uma fraude grosseira e inegável”,
mas agora existe uma “Igreja Teosófica”, com todos os seus “igrejismos
perniciosos”, inclusive a “sucessão apostólica”, com base em Mestres! H.P.B.
disse:
“ O mundo não precisa de nenhuma
igreja sectária, seja de Buda, Jesus, Maomé, Swedenborg, Calvin, ou qualquer
outro. Como há apenas UMA Verdade, o homem necessita apenas de uma igreja - o
Templo do nosso Deus interno, cercado pela matéria mas penetrável por aquele
que consegue encontrar o caminho - os puros de coração veem Deus.”[7]
O Contraste
Mas hoje os locais de culto - com
seus padres e oficiantes, seus rituais, cerimônias, imitações e parafernálias -
são estimulados como teosóficos.
Os sagrados nomes dos Mestres são
usados em toda ocasião e a toda hora. Ninguém pode pertencer à “Escola Deles”
se trabalha politicamente no movimento não-violento, de não-cooperação, do
grande líder indiano M.K. Gandhi; “ninguém pode atacar a Igreja Católica
Liberal e permanecer na Escola Esotérica”; “os membros devem escolher entre a Escola
Esotérica e a Liga da Lealdade; não podem permanecer em ambos”; todos devem
acreditar na vinda próxima de um instrutor-mundial, para estarem na Escola
Esotérica; deve-se participar ativamente em determinados movimentos - porque é
dito que eles são abençoados pelo Boddhisattva ou pelo Cristo, para que se
possa estar na Escola Esotérica; mensagens, ordens e instruções de “Mestres e
Devas” são divulgadas, não apenas indicando quais atividades subsidiárias um
membro “leal” deveria frequentar, mas também dando indicações sobre a música de
órgãos nas igrejas, sobre como adolescentes brigões deveriam se comportar, como
se deve vestir e o que cantar ao desempenhar rituais co-maçônicos, e uma dúzia
de outros tópicos. Essas ordens mostram ausência de todo sentido de proporção, de
inteligência iluminada e de um bom senso saudável. “Obedeça e siga”, e “siga e
obedeça”, é a instrução para as pessoas que estão inoculadas com o vírus da
loucura psíquica que se transmite em nome da Teosofia.
Os Passos Dados
Quando observei pela primeira vez
essas tendências, aceitei-as com a sincera devoção asiática de um estudante
para com estudantes mais avançados. Mas essa mesma devoção me compeliu a
procurar entender aquilo que não estava claro, e, numa busca persistente por
conhecimento adequado, através de anos de observação e reflexão, deparei-me com
evidências definitivas, indestrutíveis, que produziram a convicção lógica de
que aquelas tendências eram não-teosóficas, de que a Sociedade Teosófica estava
lenta e seguramente se desviando do Caminho reto traçado pelos Mestres através
de H.P. Blavatsky, e de que ela estava encalhando no banco de areia apontado
pelo dedo de advertência de H.P. Blavatsky.
O resultado dessa busca
persistente trouxe um sentido de responsabilidade em relação aos meus colegas
associados da Sociedade Teosófica. Veio um acontecimento após o outro, o que me
trouxe uma série de oportunidades, e eu as aproveitei guiado pela minha
capacidade e por meu discernimento. O único método seguro de ajudar a Sociedade
era colocar na frente dos membros os ensinamentos verdadeiros, o “programa
original”, as tendências dos “impulsos originais”, e foi isso que fiz. Com a
mensagem (1) do Poder do Deus
interno e da vivência da vida espiritual; (2)
da natureza não-teosófica da obediência cega; (3) dos perigos enfrentados pela Sociedade Teosófica, (4) da doutrina antiga, eterna e
constante da Teosofia, contra uma ciência em evolução; (5) da Religião-Sabedoria, para ser compreendida e vivida, e não
nos muitos credos ou em um deles, para ser seguido; (6) do Serviço através da vida, e não através de palavras ou obras;
e (7) de agir inteligentemente
conforme os ensinamentos que H.P. Blavatsky não escreveu, nem inventou ou
criou, mas que, com a ajuda dos Mestres, registrou
- excursionei por vários países, cobrindo milhares de quilômetros. Transmiti essa
mensagem em centenas de reuniões de membros, em numerosas palestras públicas, através
de incontáveis entrevistas, enquanto mantinha ativa uma quantidade incessante
de correspondência. A mensagem era ouvida com cortesia e era até bem vinda em
certo grau. Então os membros começaram a ouvir e ler que o estudo de H.P. Blavatsky
recomendado por mim era resultado de influências emanadas de jesuítas e magos negros.
Motivos estranhos, no mínimo, eram atribuídos. O nome da tolerância era
invocado e eram feitos alertas contra tornar-se dogmático a respeito de H.P. Blavatsky.
Perguntava-se “Por quê ‘Voltar Para
Blavatsky’?” ao que eu respondia: “Se
não ‘Voltar Para Blavatsky’, então ‘Ir Adiante Para Blavatsky’.” O que me
preocupava eram os ensinamentos de
H.P. Blavatsky e o dever sagrado dos Teosofistas de “não mutilar a Doutrina Secreta.” Mas isso foi falsamente descrito
como um esforço para diminuir a atual líder [8] e como sendo motivado pelo ódio.
Revendo o trabalho efetuado, o
esforço feito, a energia despendida, o tempo gasto, tenho a satisfação autêntica
de ver que um grande número de membros da Sociedade Teosófica ficou consciente da
situação da Sociedade Teosófica e de qual é a linha do verdadeiro ensinamento. Os
membros que foram submetidos às influências psíquicas descritas acima ficaram
temporariamente conscientes do fato da existência da apresentação
verdadeiramente espiritual da Teosofia de H.P. Blavatsky. Porém o hábito da
crença em personalidades e da aceitação de certas coisas como fatos firmemente
estabelecidos, com base nos quais se deveria olhar para todas as outras coisas
e ensinamentos, era tão forte que no momento que o sussurro de “mago negro” e
“influência jesuítica” era ouvido, muitos deles, por simples credulidade, voltaram-se
para os “sucessores de H. P. Blavatsky” - “os olhos da Sociedade”- em vez de
usar seu próprio poder de visão, moral e intelectual. Não digo isso para
criticar tais membros. Quase todos eles ignoravam a verdadeira natureza da
situação. Ignoravam o fato de que o programa original da Sociedade Teosófica,
inspirado pelos impulsos originais que vieram dos Mestres, não é levado em
conta na Sociedade Teosófica.
Convencido de que a Sociedade
estava avançando rapidamente à deriva em direção ao banco de areia, tal como
profetizado por H.P. Blavatsky, tentei, por um lado, fazer um grande esforço
para tocar a trombeta de alarme e alerta, enquanto, por outro lado, esforçava-me
para chegar à origem do problema. Comecei comparando com extremo cuidado e
exatidão imparcial os ensinamentos de H.P. Blavatsky. Tomando a minha Doutrina Secreta, comecei não apenas a
relê-la, mas também a comparar os seus ensinamentos com o conteúdo de livros
posteriores a ela, e achei-os diferentes. Em alguns casos os pronunciamentos
mais tardios contradiziam frontalmente os ensinamentos de H.P. Blavatsky, e até
mesmo as cartas dos Mestres, publicadas por ela. Com cuidado, reuni os
ensinamentos e encontrei onde e como as águas cristalinas da Teosofia tinham
sido transformadas em um rio lamacento que matava a sede de milhares, enquanto
ao mesmo tempo os envenenava, à medida que corria cada vez mais rápido por
lugares estranhos. Traçando o curso do rio lamacento até onde ele sujou a clara
corrente, cheguei ao ponto assinalado, na linguagem de H.P. Blavatsky, como sendo
o final do Ciclo – o ano de 1897.
Antes disso, no plano entre as
duas correntes de águas claras e escuras, mais do que uma intensa batalha havia
ocorrido, e, como sempre, a vitória material havia sido uma derrota espiritual.
Este não é o lugar para detalhar os acontecimentos de 1884-1885, nem os de
1888-1891, nem os de 1891-1893, nem os de 1894-1895, e a derrota física, mas
vitória moral de 1896. [9]
As Conclusões Alcançadas
Assim fui levado a aplicar os
ensinamentos de H.P. Blavatsky aos acontecimentos da Sociedade Teosófica e do
mundo mais amplo, com o qual os ensinamentos emanados estavam intimamente
relacionados. Tendo estudado alguns dos eventos da intensa batalha de
1894-1895, prossegui para o que é sempre algo muito importante para o
estudante, as causas da guerra, e eis que estas eram inclusive anteriores à
publicação de “A Doutrina Secreta” por H.P. Blavatsky. Descobri que aquele
Hércules espiritual, de coração de leão e olho de águia, H.P. Blavatsky, tinha tentado
deter o avanço das hordas de bárbaros que queriam dominar as águas claras, pois
ela percebia neles a tendência de contaminá-las. Ela tinha conseguido, mas seu
falecimento produziu a catástrofe, e o fechamento do Ciclo na Sociedade
Teosófica coincidiu com o fechamento do ciclo no mundo externo.
Parti em busca dos remanescentes
do exército fisicamente derrotado, mas moralmente vitorioso, e em muitos locais,
com os olhos abertos e ouvidos atentos para ouvir o sussurro da Palavra
Perdida, eu perambulei, enquanto tentava ensinar a mim mesmo as verdades pelas
quais a guerra havia sido travada. Nas supremas alturas da Suíça, na fascinante
praia da Costa do Pacífico, nos vales encantados do Tirol, na cripta secreta e
silenciosa do Sul da Índia, e também nos movimentados centros de Nova Iorque,
como um peregrino entoando fortemente suas simples canções e pedindo pelo pão
da vida, eu vaguei, e a busca não foi em vão.
Os soldados espalhados haviam se
reunido. Haviam erguido uma fortaleza. Tinham hasteado a bandeira da verdadeira
teosofia, e estavam emitindo a velha mensagem que eu conhecia.
William Q. Judge
No momento em que deixo a
Sociedade Teosófica, acredito que é meu dever sagrado registrar um resultado particular
do meu estudo referido acima, de forma que os membros atuais possam ter a
oportunidade, e os futuros membros possam ter o aviso, relativos aos
ensinamentos de William Q. Judge. Com H.P. Blavatsky e Cel. Olcott, Judge foi
fundador da Sociedade Teosófica e trabalhou pelo método correto de ensino com
todos aqueles que vieram a contatá-lo. Sua vida e obra devem ser julgadas pelo
mesmo padrão que sempre apliquei a H.P. Blavatsky - a iluminação e inspiração
de seus ensinamentos: a evidência interna da autenticidade de sua mensagem, a sua
coerência e, além disso, a compatibilidade de seus ensinamentos com os de “A
Doutrina Secreta”; e aceitei-o como um bom e verdadeiro teosofista, que viveu e
trabalhou, lutou e morreu, deixando atrás de si o seu próprio legado para o movimento
teosófico da Loja dos Mestres. Ele tem sido injustiçado pela Sociedade
Teosófica, e seus ensinamentos permanecem desconhecidos até hoje pelos seus
membros.
Aceito William Q. Judge como um
verdadeiro teosofista, não apenas por causa de seu caráter nobre e seus
maravilhosos ensinamentos éticos, mas porque ele aderiu à linha dos Mestres e
permaneceu até a morte fiel ao Programa Original que eles estabeleceram.
A Loja Unida de Teosofistas
O pequeno grupo de estudantes que
se reuniu ao redor da antiga bandeira e que ergueu seu Trabalho é conhecido
como a Loja Unida de Teosofistas,
cuja Declaração afirma o seguinte:
“O programa de ação dessa Loja consiste em devoção independente à causa da
Teosofia, sem vinculação oficial a nenhuma organização teosófica. Ela é leal
aos grandes fundadores do movimento teosófico, mas não se ocupa com desavenças ou
diferenças de opiniões individuais.
O trabalho a que ela se dedica e a meta que ela mantém em vista são
demasiado importantes e demasiado elevados para que haja tempo ou disposição
para participar de questões laterais. O trabalho e a meta são a disseminação
dos princípios fundamentais da filosofia teosófica, e a exemplificação prática
desses princípios através de uma compreensão do EU SUPERIOR; uma convicção mais
profunda da Fraternidade Universal.
Essa Loja considera que a base inatacável para a união entre
os teosofistas, independentemente de como e onde eles se situem, está na ‘similaridade
da meta, do propósito e do ensinamento’, e portanto não possui nem
Estatuto, nem Regimento Interno, nem Dirigentes. O único laço entre os seus
associados é a base mencionada acima. Essa Loja tem por objetivo
disseminar essa ideia entre os teosofistas, promovendo a Unidade.
Ela vê como teosofistas todos os que estão engajados no verdadeiro serviço
pela Humanidade, sem distinção de raça, credo, sexo, situação pessoal ou
organização; e –
Ela dá as boas vindas como associados a todos aqueles que estão de acordo
com os seus propósitos declarados e desejam preparar-se, através do estudo e de
outros modos, para serem mais capazes de ajudar e ensinar outras pessoas.”
Com esses
amigos farei o trabalho de que sou capaz pela Causa da Teosofia, ao adotar os
únicos métodos verdadeiros para estudar com seriedade e proclamar honestamente
a Mensagem dos Grandes, transmitida na última quarta parte do século dezenove.
A assimilação e a promulgação desta mensagem é a tarefa da nossa humanidade,
que nos levará humildemente ao ano prometido - 1975.
Ao
encerrar, devo fazer um apelo aos milhares de membros da Sociedade Teosófica.
Meus
Irmãos; a teosofia, a fonte de todas as filosofias e credos, necessita de servidores
devotados que dediquem suas vidas à Causa. Ela é mais poderosa do que qualquer
Sociedade ou organização, e seu Serviço muito mais importante do que o de
qualquer Sociedade que tenta ou diz falar por Ela. Ao advogar sua causa algumas
vezes ficamos cegos pelas brigas de personalidades em luta. Na poeira levantada
por grupos conflitantes de contendores, nos perdemos de nós mesmos.
A
Teosofia re-proclamada por H.P. Blavatsky sob a direção dos Senhores da
Sabedoria e Compaixão é a Verdade Viva. Os mestres que trabalharam através dela
são encarnações vivas da Sabedoria, e trabalham hoje pelas mesmas antigas e
consagradas causas do Amor e Altruísmo. Eles são nossos Irmãos Mais Velhos, e
portanto os Servidores da Humanidade. Sua Sabedoria é diferente da sabedoria do
nosso mundo da ciência. Sua Compaixão é diferente da compaixão do nosso mundo
religioso. Seu Altruísmo é diferente da ética do nosso mundo. Sua filantropia é
diferente da nossa filantropia. Não é por caridade que eles lutam para
estabelecer a solidariedade da Fraternidade, mas para iluminar nossas mentes e para
nos inspirar a “trabalhar de acordo com a maré e ajudar o impulso no sentido do
progresso”, lembrando-nos que “é sempre mais sábio trabalhar e forçar a
corrente de acontecimentos do que apenas esperar que o tempo passe.”
No Seu
Serviço está a liberdade perfeita, e o Seu Serviço é a sua própria recompensa.
Guiado pelo conhecimento seguro dos ensinamentos de H.P. Blavatsky, inspirado
pelas palavras dos Grandes Seres, estou escolhendo o que para mim é o caminho
correto, sem ódio por ninguém, com amor por todos, no espírito da maior
impessoalidade - desconsiderando as doces vozes de personalidades amadas e
reverenciadas, tão fáceis de seguir - porque o Mestre Interno ensina com palavras
de ouro: “Siga a Linha Reta dos Mestres de H.P. Blavatsky”.
Aqueles
de vocês que estiverem procurando por isso, o encontrarão, desde que sejam
verdadeiros com vocês mesmos, intelectualmente honestos, tendo intenções puras
e persistência em sua busca. Tentei servir, e os caminhos do Trabalho Altruísta
nunca estão fechados. Tentarei desenvolver o trabalho da Sabedoria dos Mestres,
através do autossacrifício integral, através do completo apagamento do eu
inferior, através da repetição do que foi ouvido e testado, e admitindo sem
medo a ignorância onde o conhecimento não foi testado; através do caminhar
humilde, mas em serena autoconfiança, pela Senda da Espiritualidade. Aqueles de
vocês que tiveram a sorte de aceitá-lo no passado deverão ter a oportunidade de
fazer isso no futuro. Ao agradecer por cooperarem comigo neste Trabalho no
passado, peço a vocês que continuem sem medo e com um senso de justiça, para
seguir adiante no futuro. O Sol da Sabedoria sempre brilha claramente, sobre o
justo e sobre o injusto, sobre o santo e o pecador; ele nunca se põe para
ninguém. Aos espiritualmente saudáveis ele dá mais Vida; dos doentes, ele
retira toda impureza. Nossa tarefa é aproveitar a Radiância e avançar da doença
para a saúde, da fraqueza para o vigor, de uma glória para outra. Sejam
honestos com Vocês mesmos, e verdadeiros para com o Regente Interior. Não
escolham “a quem irão servir”, mas a que,
onde, e como servirão, porque a Verdade central da Teosofia nos leva para
longe do campo das Personalidades, para o Reino do Impessoal. “Sejam
Teosofistas, trabalhem pela Teosofia; Teosofia em primeiro e último lugar” foi
o brado de H.P. Blavatsky, e aqueles que ensinam
a Teosofia que H.P. Blavatsky ensinou, são os seus verdadeiros sucessores.
Os que servem a Teosofia à luz dos Ensinamentos são os verdadeiros servidores
daqueles que ajudam a Humanidade.
Seu fiel
servidor, B. P. WADIA, 18 de Julho de 1922.
NOTAS:
[1] “The Secret
Doctrine”, Theosophy Co., Los Angeles, Volume I, pp. 272-273.
[2] Palavras
de Annie Besant no texto “Theosophy and Christianity”, revista “Lucifer”,
outubro de 1891.
[3] H.P.B. no
texto “Pseudo-Theosophy”, publicado na revista “Lucifer”, março de 1889.
[4] H.P.B.,
em uma Carta à Convenção Anual da Seção Norte-Americana da S.T., datada de
abril de 1888.
[5] Carta de
H.P.B. à Convenção Norte-Americana, datada de abril de 1889.
[6] Prefácio
ao volume dois da edição original de “Ísis Sem Véu” em inglês (Theosophy Co.).
[7] “Isis Unveiled” (“Ísis Sem Véu”),
Theosophy Co., volume II, p. 635.
[8] “Atual
líder” - isto é, Annie Besant, já que o texto de B. P. Wadia é de 1922. (CCA)
[9] Entre 1884 e 1885, a Sociedade
Teosófica original dividiu-se em duas. A Sociedade liderada por Annie Besant optou
pela pseudoteosofia. A Sociedade liderada por William Q. Judge preservou - enquanto
ele viveu - a teosofia original. A vitória física e política foi de Besant. A
vitória moral foi de Judge. (CCA)
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Em setembro de 2016, depois de cuidadosa análise da situação
do movimento esotérico internacional, um grupo de estudantes decidiu formar a Loja
Independente de Teosofistas, que tem como uma das suas prioridades a construção de um futuro melhor nas
diversas dimensões da vida.
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