Revolução Democrática de 1974 Foi Um
Passo No Caminho da Fraternidade Universal
Joaquim Duarte Soares

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O artigo a seguir foi publicado pela
primeira vez a 25 de abril de 2012 no
website www.Vislumbres.com . Título
original: “25 de Abril:
Liberdade e Fraternidade”.
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Celebra-se a cada dia 25 de Abril em
Portugal o fim da ditadura que imperou no país durante uns longos 48 anos, e a
instituição da democracia.
Durante várias décadas, o povo português viveu no
medo, na opressão e sem liberdade. Através de um golpe militar, a 25 de Abril
de 1974, e com o apoio da população, foi finalmente derrubado o regime fascista
que dominava Portugal desde 1933, naquela que viria a ficar conhecida como a
“Revolução dos Cravos” ou a “Revolução Tranquila” por ter sido totalmente
pacífica.
Esta revolução pacífica acabaria por influenciar a
transição democrática em vários outros países da Europa e do mundo. No entanto,
muito há por fazer nestes tempos de dificuldades e oportunidades.
Vale a pena resgatar, neste início do século 21, os
ideais democráticos, éticos e filosóficos de todos os que lutaram pela
liberdade em Portugal, ao mesmo tempo que apontaram para o papel que cada um
pode cumprir na edificação da civilização da fraternidade universal.
Neste sentido, cumpre resgatar e valorizar, por
exemplo, a obra do grande pioneiro da teosofia moderna em língua portuguesa, o
pensador português Frederico Francisco Stuart e Mourão (1827 – 1908), o
Visconde de Figanière, discípulo e colaborador de Helena Blavatsky.
Porque a única revolução que diminuirá realmente o
sofrimento dos povos e da humanidade e que restabelecerá a liberdade plena a
cada ser humano é aquela descrita nestas palavras, por H. P. Blavatsky:
“A grande
reforma deve acontecer sem convulsão social, sem derramar uma gota de sangue,
apenas em nome da verdade axiomática da Filosofia Oriental que mostra que a
grande disparidade de fortunas, de posição social e de intelecto, é devida aos
efeitos do Carma pessoal de cada ser humano.Nós colhemos apenas o que semeamos.
Embora a personalidade física do homem seja diferente da de qualquer outro
homem, o ser imaterial nele ou a individualidade imortal emana da mesma
essência divina da consciência do seu vizinho.”
“Aquele que percebe profundamente a verdade filosófica de que cada eu
superior começa e termina no TODO indivisível não pode amar seu próximo menos
que a si mesmo. Mas, até o momento em que isso se torne uma verdade
religiosa, a reforma não poderá ocorrer. (…) Os fortes devem apontar o caminho
para os fracos e ajudá-los a subir a encosta íngreme da existência. Que
eles voltem o seu olhar para o Farol que brilha como uma nova estrela de Belém
no horizonte, mais além do misterioso e inexplorado mar das ciências
teosóficas; e que os deserdados da vida retomem a esperança.” [1]
NOTA:
[1] “A Árvore da Fraternidade Universal”, Helena P. Blavatsky, artigo que pode ser facilmente encontrado em nossos websites associados.
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Para
conhecer um diálogo documentado com a sabedoria de grandes pensadores dos
últimos 2500 anos, leia o livro “Conversas
na Biblioteca”, de Carlos Cardoso Aveline.

Com 28
capítulos e 170 páginas, a obra foi publicada em 2007 pela editora da
Universidade de Blumenau, Edifurb.
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