O Contato com a Natureza Amplia os Horizontes
* Tratar de suprimir o passado é uma infantilidade e uma insensatez. O passado deve ser valorizado com desapego, para que tenhamos êxito.
* É olhando com independência para tudo o que passou que podemos aprender as lições práticas necessárias para a construção de um futuro luminoso.
* Pensando coletivamente, a perda de contato da vida humana urbana com os ritmos da natureza acentuou-se desde o final do século 15, acelerando ainda mais depois da revolução industrial do século 19.
* Na primeira metade do século 20, Paul Carton surgiu na cena do Ocidente propondo desde a França a retomada da saúde natural através da vida simples, da alimentação vegetariana e do convívio com o meio ambiente.
* Embora a civilização ocidental enfrente desafios sérios no século 21, cada um de nós pode perfeitamente aumentar a sua proximidade física e espiritual com as árvores, e passar mais tempo nos espaços que permanecem livres do asfalto.
* O resultado desta prática é a paz.
* Desde tempos imemoriais a convivência direta com a natureza é fonte de bem-estar e contentamento para todos. A ideia deste convívio pode ser colocada em prática aqui e agora, de acordo com as nossas circunstâncias. As consequências são sempre benéficas.
* O contato com a natureza amplia e aprofunda a aprendizagem da teosofia. Caminhar em meio a um bosque de eucaliptos - por exemplo - é uma experiência abençoada que recomendo a todos. [1]
* A verdadeira fonte da boa convivência social opera em silêncio. A paz pode ser encontrada na alma de cada um. A mera propaganda é incapaz de torná-la visível. As condições externas é que precisam aprender a aceitar a energia harmoniosa da alma, adaptando-se a ela. A evolução da sociedade na direção correta é uma função do ser interior dos cidadãos.
* A paisagem que mais importa é a paisagem das almas. E toda alma tem uma relação direta com o ambiente natural que a rodeia.
Devagar e Sempre
* A boa vontade incondicional é indispensável. As nossas decisões devem ser bem pensadas.
* Saber ceder implica ter humildade no plano pessoal. Por outro lado, cabe perseverar com a firmeza de uma rocha e expressar na existência diária a nossa compreensão das leis éticas universais.
* O progresso real na direção da sabedoria suprema é lento e durável. O esforço é incessante, quando é autêntico, mas ele sabe variar na forma. Sentimentos como busca de poder pessoal, inveja, ambição e rancor aparecerão mais cedo ou mais tarde - quase sempre de modo subconsciente: o peregrino terá de ser maior do que eles.
* Embora não seja fácil viver à altura do ideal do aperfeiçoamento humano, nenhuma tentativa neste sentido é totalmente derrotada.
* Sempre há algum progresso real quando se tenta o melhor. Tente. A humilde continuidade dos esforços produz o nascimento do bom senso e fortalece a prática de uma ética universal em relação a todos os seres.
Ignorando o Ponto Central
* Com poucas exceções, o movimento teosófico em geral parece ignorar inocentemente a absoluta centralidade de um tema básico: os sete princípios da consciência e o funcionamento de Antahkarana, que é a ponte entre a alma mortal e a alma imortal.
* Todos sabemos que tudo depende deste tema. Inclusive a compreensão da sabedoria universal. Inclusive a percepção do processo do discipulado, a compreensão do cosmo, e o conhecimento de si mesmo. Quantas pessoas preferem a prática de rituais vazios? E quantas priorizam conversar sobre banalidades com falsos mestres?
* A Loja Independente de Teosofistas oferece aos seus amigos uma abordagem variada do tema dos sete princípios e da relação concreta entre o mundo celeste e o mundo humano. Veja alguns exemplos:
* Renunciando de fato à rotina e à ignorância que já não nos iludem, trilhamos lentamente o caminho da paz e o caminho da luz, na direção da verdade divina.
NOTAS:
[1] Leia mais: “O Poder de Cura do Eucalipto”.
[2] Se necessitar apoio em seus estudos, escreva para nós.
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O artigo “Ideias ao Longo do Caminho - 63” foi publicado como item independente em 04 de agosto de 2025. Uma versão inicial e anônima dele pode ser vista na edição de outubro de 2020 de “O Teosofista”, pp. 13-14. A nota “Ignorando o Ponto Central” tem a sua versão inicial na página 12 da mesma edição.
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Embora o título “Ideias ao Longo do Caminho” corresponda ao título em língua inglesa “Thoughts Along the Road”, de Carlos C. Aveline, não há uma identidade exata entre os conteúdos das duas coletâneas de pensamentos do autor. Desde 2018 a série “Thoughts Along the Road” está sendo publicada também em espanhol sob o título de “Ideas a lo Largo del Camino”.
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Leia mais:
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Helena Blavatsky (foto) escreveu estas palavras: “Antes de desejar, faça por merecer”.
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