13 de maio de 2025

A Vida Política no Planeta Vermelho

 
Algumas Descobertas Revolucionárias
Que as Agências Espaciais Precisam Conhecer
  
Carlos Cardoso Aveline
  
O planeta Marte, à esquerda, e a capa do livro “The Fire”



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Conheça as viagens marcianas do inventor
dos rituais que até hoje exercem uma grande
influência sobre a Sociedade Teosófica de Adyar.

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Durante as suas visitas imaginárias mas diretas e pessoais ao planeta vermelho, C.W. Leadbeater dedicou uma parte considerável do seu tempo a observar as estruturas políticas da civilização humana e física que ele julgava enxergar em Marte. [1]

A sua vívida imaginação, acompanhada de outras atividades mentais bastante peculiares, fez com que ele escrevesse o seguinte sobre este planeta:

“Por todo lado se vê sinais de uma civilização muito antiga, porque os habitantes preservaram a tradição de tudo o que era conhecido quando a grande onda-de-vida da humanidade ocupava o planeta, e desde então acrescentaram a isso muitas descobertas. A eletricidade parece ser praticamente a única energia motora, e são usadas universalmente todas as espécies de máquinas que economizam esforço.” 

Leadbeater esclarece que os cidadãos marcianos não gostam de trabalhar demasiado:    

“As pessoas em geral são nitidamente preguiçosas, especialmente depois que passaram da primeira juventude. Mas a sua população relativamente pequena permite que eles vivam com bastante facilidade. Eles treinaram várias espécies de animais domésticos de modo que os animais alcançaram um grau de cooperação inteligente mais alto do que o obtido na Terra, e grande parte do trabalho de serviçais e de jardineiros é realizada por estas criaturas com relativamente pouca necessidade de supervisão.”

O governo de Marte não é democrático. Há ali uma monarquia que funciona de cima para baixo. Com base na autoridade das suas visitas pessoais ao planeta vermelho, o notável clarividente relata:

“Um governante autocrático administra todo o planeta, mas a monarquia não é hereditária. A poligamia é praticada, mas é costume entregar todas as crianças logo no início da infância ao Estado para que sejam cuidadas e educadas, de modo que para a vasta maioria das pessoas não existe qualquer tradição familiar, e ninguém sabe quem é seu pai ou mãe.”

Sigmund Freud teria considerado interessante este aspecto específico da vida em Marte. Ele poderia ter oferecido uma explicação esclarecedora para uma tal ideia. Em Marte, segundo insiste veementemente este visitante - não há famílias. O viajante interplanetário da Igreja Católica Liberal explica:

“…As poucas famílias que decidem viver tal como nós vivemos e educar os seus filhos em casa são sempre vistas como egoístas porque prejudicam as suas perspectivas em função do que se considera apenas uma afeição animal.”

O confiável clarividente viu que a Monarquia do planeta vermelho tinha vice-reis e várias estruturas políticas bastante similares - por alguma estranha coincidência - às estruturas do império britânico no qual ele próprio vivia.

Leadbeater relata:  

“O Rei tem a seu serviço o que pode ser chamado de vice-reis nos distritos grandes, e estes por sua vez dispõem sob sua chefia de governadores de distritos menores, e assim sucessivamente, até o equivalente ao líder de aldeia. Todos estes funcionários são escolhidos pelo Rei a partir do seu grupo de jovens educados especialmente, e quando chega o momento em que se considera que a sua própria morte está próxima, é entre estes jovens ou entre os funcionários já nomeados que ele escolhe o seu sucessor.”

O clarividente acrescenta: 

“Todos estes governantes são autocráticos, cada um na sua própria esfera, mas sempre é possível apelar a um dirigente mais elevado, embora este direito não seja usado com frequência, porque as pessoas normalmente preferem concordar com uma decisão que seja razoável, ao invés de enfrentar o trabalho necessário para um apelo.”

Como analista político, Leadbeater adota um ponto de vista conservador. Ao ampliar a descrição do seu pesadelo marciano, ele escreve:

“Os governantes em geral parecem cumprir os seus deveres bastante bem, mas temos a impressão de que eles fazem isso não tanto a partir de um forte sentido de justiça ou do que é certo e errado, e sim para evitar os problemas que surgiriam se fosse tomada uma decisão radicalmente injusta.”

A conclusão inevitável é que, de acordo com uma visão jesuítica da vida em Marte, as autoridades podem muito bem mentir e enganar, enquanto não permitirem que estas ações se tornem demasiado visíveis, porque isso iria revelar a verdade, criando problemas para os hipócritas.

O detalhado informe de Leadbeater sobre Marte é bastante importante no século 21. As implicações deste texto no plano científico, no mundo político, na esfera militar ou estratégica e no mundo cultural não podem permanecer nas mãos apenas dos discípulos de Leadbeater. Algo prático deve ser feito, a propósito destas descobertas no terreno da Sociologia extraterrestre. A nossa sugestão é que os seguidores e estudantes sinceros de Charles Leadbeater mandem mensagens de email à NASA [2] e a outras agências espaciais para que elas possam finalmente conhecer a verdade sobre o planeta Marte. Estas informações revolucionárias deverão produzir uma nova era marcada por numerosos projetos de cooperação entre a Igreja Católica Liberal, as melhores agências espaciais do mundo, e aquelas lojas teosóficas afortunadas que ainda vivem conforme a atmosfera clarividente das décadas de 1910 e 1920.

NOTAS:

[1] As frases de Leadbeater citadas no presente texto estão nas edições iniciais do seu livro “Inner Life”, volume II. Veja por exemplo a edição norte-americana de 1922, feita em Chicago, Illinois, mais precisamente o capítulo seis (Section Six). Este texto sobre Marte foi publicado também pela revista “Theosophical History”, de Londres, Reino Unido, em janeiro de 1988, ver páginas 145-146. Ele está disponível em espanhol no volume II de “La Vida Interna”, C. W. Leadbeater, Editorial Teosófica R. Maynadé, Barcelona, España, 1925, ver pp. 281 a 290. (Nota de CCA, ampliada em maio de 2025.)

[2] NASA: National Aeronautics and Space Administration, dos Estados Unidos. (CCA)

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O artigo acima foi publicado nos websites da Loja Independente de Teosofistas no dia 13 de maio de 2025. Ele é uma tradução do capítulo catorze do livro “The Fire and Light of Theosophical Literature”, de Carlos Cardoso Aveline, publicado por The Aquarian Theosophist em Portugal, em 2013, com 256 páginas. Ver pp. 119-122. 

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Helena Blavatsky (foto) escreveu estas palavras: “Antes de desejar, faça por merecer”.

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