Uma Investigação Permanente
Sobre
A Prática Diária da
Filosofia Esotérica
Carlos Cardoso
Aveline

A tartaruga é um
símbolo da sabedoria eterna
que “olha de frente”
para o estudante do SerAtento
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Criado em 29 de agosto de 2005, o Grupo
SerAtento é um âmbito de estudo e reflexão sobre a teosofia
um retrato deste laboratório de vivência da filosofia esotérica.
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Estudante A:
O que há de realmente importante na experiência de ensino
e aprendizagem que é o e-grupo SerAtento?
Estudante B:
O movimento teosófico moderno foi criado em Nova
Iorque em 1875 por H. P. Blavatsky. No Brasil e em Portugal, o movimento
teosófico começou com base na ação da Sociedade Teosófica de Adyar, que ainda
hoje é em grande parte guiada por velhos rituais falsificados, com obediência
cega e crenças ingênuas. Esta estrutura burocratizada contradiz a teosofia
original de Helena Blavatsky e dos Mestres de Sabedoria.
Só a partir de 2007 iniciou-se em língua
portuguesa um projeto estável visando vivenciar sem distorções a filosofia
original do movimento teosófico.
Antes disso, a Sociedade de Adyar teve o
mérito inegável de preparar o terreno. Ela publicou e popularizou em português boa
parte da literatura teosófica original, embora sem saber da sua importância, e
misturando-a com vários tipos de ilusões e fantasias. Apesar das suas
limitações, o valor da Sociedade de Adyar é positivo, e não é por acaso que um
número crescente dos seus membros vem despertando para a teosofia autêntica. Em
2016 foi fundada a Loja Independente.
Estudante A:
O SerAtento mantém um firme foco no estudo da filosofia esotérica
autêntica e original. Não haverá nisso uma forma de apego? Será que o SerAtento
possui uma mente aberta?
Estudante B:
O questionamento é válido. Devemos praticar sempre o
autoexame.
Cabe começar perguntando “quem é que se apega”. O apego é
uma atividade do eu inferior, da alma mortal. A teosofia é a sabedoria
universal, e o eu inferior não possui meios para “apegar-se” a esta sabedoria
em si mesma. Ela está muito além do seu alcance. Tudo o que o eu inferior consegue
fazer é apegar-se à letra morta da literatura teosófica.
Estudante A:
E como se pode buscar a teosofia original, sem apego a
formas externas?
Estudante B:
Em primeiro lugar, através da constante comparação da
literatura teosófica com a vida diária. Em segundo lugar, através do seu estudo
comparado com as literaturas de diferentes tradições e áreas de
conhecimento.
O estudo comparado nos liberta da forma externa e
estimula a intuição. Esta é a proposta de H.P. Blavatsky. A teosofia clássica é
interdisciplinar, multidimensional, não-dogmática, questionadora, transcendente,
e inter-religiosa. Este é o modo de trabalhar que procuramos seguir no
SerAtento.
Estudante A:
A teosofia mistura, então, todas as religiões e filosofias?
Estudante B:
A interdisciplinaridade teosófica não é de modo algum um
sinônimo de “mistura” ou de “confusão”. Ao contrário. A atenção, o
discernimento e o bom senso são extremamente necessários. A Teosofia é um campo
de conhecimento definido e organizado, e serve como um instrumento para
que o estudante compreenda crescentemente o universo e a si mesmo.
É importante compreender e preservar a integridade deste
campo de conhecimento, porque ele é uma ferramenta preciosa não só para a
evolução de cada indivíduo, mas para a evolução da humanidade em seu
conjunto.
A teosofia original inclui:
A) um conjunto de conceitos e
termos;
B) um método de investigação,
pesquisa, ensino e aprendizagem; e
C) uma literatura específica.
Ela é uma chave pela qual o estudante atento pode
desfazer gradualmente a fragmentação do conhecimento humano, libertando-se da
“Torre de Babel” de linguagens, visões e tradições aparentemente separadas umas
das outras.
Estudante A:
Por que há necessidade de uma ênfase especial na questão
do bom senso?
Estudante B:
Porque existem inúmeras imitações da teosofia original, e
tais imitações são, aparentemente, mais “atraentes” e mais “fáceis”. Apresentadas
como simplificações e às vezes até como “canalizações” de grandes seres
imaginários, elas falsificam o ensinamento embora sejam feitas quase sempre com
boas intenções.
A teosofia fundamental permite incluir de modo lúcido e
realista em nossa visão de mundo as diferentes religiões, mitologias e
filosofias, no que elas têm de universal. Ao mesmo tempo, a filosofia esotérica
coloca diante do estudante um caminho relativamente estreito e difícil. Sua
própria mente é a lente com que ele deve perceber o que é universal, e ele deve
purificar e elevar sua consciência, isto é, a sua vida. O caminho teosófico
avança morro acima, é íngreme, e inclui testes e obstáculos. Mas este caminho
também é autêntico, e cada estudante pode e deve verificar por si mesmo, a cada
passo, a sua legitimidade. Este ponto faz toda a diferença, quando se deseja evitar
o perigo das imitações.
Estudante A:
O que é preciso, então, para aprender teosofia?
Estudante B:
Não é muita coisa.
Vejamos o que é necessário para alguém que decide tirar
um curso de Filosofia ou de Física em uma universidade eficiente.
Durante vários anos, a pessoa terá de ter humildade,
determinação, constância, espírito de sacrifício, disciplina, e uma firme
decisão de aprender aquele campo de conhecimento sem pretender adaptá-lo ou
adulterá-lo.
A Teosofia requer os mesmos elementos, e alguns fatores a
mais. Uma diferença central entre a teosofia autêntica e outras áreas de
conhecimento é que na teosofia o aluno terá que agir com independência em todas
as questões importantes. Ele pode contar, até certo ponto, com a ajuda de
outros estudantes. Isso é muito útil. No entanto, não há carona no caminho
espiritual, e ele deve caminhar com seus próprios pés. Esta exigência parece
difícil mas é uma bênção, porque o liberta. Por outro lado, sendo o aluno
fundamentalmente o seu próprio mestre, ele não precisará pagar “gurus
profissionais” para avançar no caminho espiritual.
Estudante A:
Se a teosofia de H.P.B. é universal e interdisciplinar,
então de que modo ela pode ser ao mesmo tempo “um campo de conhecimento
definido e único”? Explique isso melhor, se for possível.
Estudante B:
Cada ambiente de
ensino e aprendizado deve ter suas próprias ideias e marcos referenciais. O
SerAtento trabalha com teosofia, e aqueles que se sentirem chamados a estudá-la
são bem-vindos, independentemente da sua religião ou filosofia de origem.
A nossa premissa, o
nosso ponto de partida, está nos princípios fundamentais da filosofia esotérica
exposta por H.P. Blavatsky. É uma filosofia que permite interpretar e
contextualizar não só os mais diversos campos de conhecimento filosófico e
religioso, mas algumas áreas fundamentais da ciência.
Assim, o ambiente do Atento não é indefinido.
Apesar de lidar com uma filosofia universal e interdisciplinar, ele tem
premissas claras e delimitações metodológicas.
A verdadeira teosofia não pode ser confundida com seitas ou
religiões convencionais, porque ela não é um sistema de crença, mas é um
sistema de pesquisa e aprendizagem.
A teosofia é uma filosofia tão teórica quanto prática, e
tão vivencial quanto contemplativa. Mas ela é também uma ciência que inclui uma
forte dimensão experimental. O seu laboratório de experiências alquímicas é a
vida diária do próprio aprendiz.
A caminhada teosófica começa na mente, na visão, na
compreensão.
Sua vivência diária não deve ser forçada: ela virá
naturalmente como o orvalho que se condensa durante a madrugada.
Estudante A:
Em um campo de
aprendizagem tão vasto, como evitar a dispersão mental e a confusão entre
assuntos diversos?
Estudante B:
Este é um dos perigos
do caminho. Para evitá-lo, é fundamental obter e preservar uma certa
precisão no modo como se pensa.
A teosofia é um saber
coerente consigo mesmo. Ela é baseada em princípios universais cujo
funcionamento deve ser testado e verificado pessoalmente pelo estudante em cada
caso. Mas ela não está à venda: seu conteúdo multimilenar não muda para
obedecer às “leis de marketing”. Ela não se adapta às oscilações e
expectativas deste ou daquele estudante. O estudante deve ir até a teosofia por
mérito próprio, e isso significa deixar de lado as suas metas e preocupações
pessoais de curto prazo.
Estudante A:
Como manter um
horizonte amplo sem cair na dispersão mental?
Estudante B:
Nem tudo o que reluz
é ouro, e todo alquimista deve ter discernimento.
A amplitude de
horizontes é uma coisa: a dispersão mental é muito diferente. Para distinguir
uma coisa da outra, e para manter a concentração com mente aberta, é necessário
que a mente mantenha a vigilância e a coerência com os seus princípios, com suas
metas, e com o método de trabalho que foi conscientemente adotado. A perfeição
talvez seja impossível; mas o aperfeiçoamento constante é uma meta perfeitamente
realista para todos.
Uma mente desatenta,
arrastada pela pressa ou pela ambição e que se abre para aquilo que contraria seus
próprios princípios e suas premissas básicas, não é uma “mente aberta” no
sentido filosófico. É apenas uma mente superficial, que não sabe o que quer e
se deixa arrastar para lá e para cá ao sabor do vento.
É claro que
constância e firmeza não são sinônimos de rigidez. Os princípios, os métodos e
as premissas devem ser re-examinados e questionados livremente. Mas eles não devem
ser abandonados de modo impensado ao primeiro impulso ou de acordo com a
ocasião.
A teosofia é,
portanto, um campo de conhecimento estável, ao mesmo tempo contemplativo e
experimental. Ela articula a consciência celestial e a consciência terrestre. A
ponte entre estas duas consciências - a “escada de Jacó” entre céu e terra - se
chama ética; mas também pode ser chamada de amor à verdade.
Estudante A:
Ao longo do aprendizado, não há progressos que são feitos
com facilidade? A sabedoria não pode vir sem esforço?
Estudante B:
Há fases agradáveis na caminhada. Mas é melhor não contar
com elas, nem acostumar-se a elas, quando surgem. O estudante verá por
experiência própria que elas são mais breves do que ele gostaria. Nenhum apego
ocorre impunemente. Deve-se procurar sempre o que é correto e não o que parece
ser agradável. Como ensinam os pitagóricos, aquilo que é correto com o tempo se
torna também agradável.
Estudante A:
E o ritmo do avanço, ao longo do caminho?
Estudante B:
Um contato breve com a teosofia é quase sempre muito
melhor do que não ter contato algum.
No entanto, aprender e viver teosofia é algo que ocorre
com mais eficiência quando não se limita a uma semana ou um mês. Em alguns
casos, a aprendizagem avança lentamente ao longo de décadas –; e isso é bom,
porque significa estabilidade. Os resultados mais positivos são frequentemente
invisíveis, e os resultados mais visíveis são, muitas vezes, ilusórios.
Em certos momentos a aprendizagem pode derrubar profundas
ilusões pessoais de modo súbito e sem qualquer aviso prévio. A verdade é com
frequência o equivalente mental do fogo: ela queima a ignorância. Isso é
difícil para o estudante, porque o ser humano ainda tem o hábito de agarrar-se
a coisas que pertencem ao mundo da ignorância. O estudante pode sentir como se
a verdade o queimasse, mas ela queima apenas a ignorância e a ilusão instaladas
em seu mundo psicológico.
Várias vezes a vivência do desapego só vem através da
perda. Esta lição quase nunca é fácil, mas é sempre valiosa e libertadora.
Atrás de cada sofrimento há uma bênção oculta. A bênção se torna uma realidade
através da compreensão das causas do sofrimento, e da remoção, ainda que
parcial, destas causas.
Estudante
A:
Como você define a fase atual da experiência
do SerAtento?
Estudante
B:
O Atento busca constituir um ambiente de
aprendizagem consciente. Somos um processo vivo de aprendizagem. A clareza de
metas e métodos dá estabilidade. A pedagogia teosófica inclui a ideia de que “é
fazendo que se aprende”, e nós podemos dizer que há três níveis de Atentos.
A) Em primeiro lugar estão os Atentos que nos
honram com sua presença e leem parte das mensagens, quando têm tempo. Sua
leitura e participação silenciosas, mesmo eventuais, são muito importantes e é
um privilégio tê-los conosco.
B) Em segundo lugar estão os Atentos que leem
a maior parte das mensagens com atenção. Alguns deles, de vez em quando,
participam ativamente dos estudos.
C) Os que, além de pertencer às categorias “a”
e “b”, também são operários. Eles colocam a mão na massa. Eles fazem as coisas
acontecerem. Eles estudam, pesquisam, debatem, traduzem, divulgam nosso
trabalho, etc.
Estes três níveis de envolvimento e de participação
são igualmente bons. Não há qualquer sentido de “hierarquia” nisso. Ninguém é
melhor que ninguém. Cabe a cada um, ouvindo sua consciência e avaliando suas
prioridades, aproveitar a seu modo a oportunidade de aprendizagem que é o SerAtento. Isso deve ser feito da
maneira mais adequada para a fase atual da sua vida e segundo o seu próprio
critério.
Deste modo, preservando o bom senso e a
calma, vem se fortalecendo o SerAtento como um processo de aprendizagem da
sabedoria eterna. Introduzimos na cultura luso-brasileira o “clima vivencial”
da atmosfera sutil da teosofia autêntica de Helena P. Blavatsky.
O mesmo vale para a nossa atividade em outros
idiomas. O equivalente do SerAtento em inglês é o nosso e-grupo E-Theosophy, e
a coordenação do SerAtento também edita desde 2012 o periódico internacional “The Aquarian Theosophist”, fundado desde
a Califórnia no ano de 2000 por Jerome Wheeler.
Estudante A:
Até que ponto o processo de aprendizagem de teosofia é
verbal? E em que medida ele ocorre em silêncio?
Estudante B:
O SerAtento
existe sobretudo no plano do pensamento. Cada bom pensamento formulado
silenciosamente por qualquer dos nossos leitores e membros ajuda e soma mais
força magnética ao conjunto do trabalho.
Quando as palavras são usadas com sabedoria, elas geram
um tipo de compreensão que é profunda porque ocorre em silêncio.
O pensamento profundo ocorre nos níveis silenciosos da
mente. O bom estudo se dá em silêncio. Escrever é uma arte meditativa porque
acontece em silêncio. O processo da comunhão em silêncio é fundamental, e todas
as formas visíveis de consciência e ação têm a sua fonte e a sua base na ausência
de ruído.
Os leitores silenciosos exercem, portanto, um papel
central no processo do Atento. O Atento existe como um espaço de partilha
interior. Damos uma certa prioridade ao processo não-falado de fraternidade,
que ocorre ao lado do processo verbal.
Estudante A:
Como é o dia-a-dia do e-grupo?
Estudante B:
Refletimos sobre aspectos universais da arte de viver
corretamente. O leitor terá uma ideia do conteúdo dos estudos lendo os textos
filosóficos que estão em nossos websites associados.
O estudo diário é alimentado por pessoas da Coordenação
do Atento e por aqueles que desejam contribuir para o estudo e o diálogo.
Não há uma coordenação coletiva formalmente eleita.
Qualquer estudante que sente uma afinidade sincera com a proposta de trabalho e
se dispõe a participar ativamente do estudo, será dentro de pouco tempo incluído
naturalmente na Coordenação.
Estudante A:
Qual é a importância da Loja Independente de Teosofistas
para o trabalho do SerAtento?
Estudante B:
Fundada em 2016 com base na experiência histórica do movimento
teosófico, a Loja Independente é uma proposta de trabalho presente no âmbito
internacional através dos seus vários websites associados, cujo acervo está
disponível em mais de um idioma.
Coordenado por associados da LIT, o SerAtento dá
elementos para que cada estudante construa uma ponte entre a sua compreensão do
universo e a sua compreensão de si mesmo. Ao mesmo tempo, a teosofia nos
permite entender melhor a situação atual da civilização e as perspectivas da
evolução humana. Ela nos permite confiar no futuro, sem negar o fato cíclico de
que o final de uma civilização materialista pode assumir formas súbitas e
trágicas.
Estudante A:
Como funcionam os estudos do Atento?
Estudante B:
Um e-grupo é como uma reunião permanente, da qual cada um
pode participar no seu horário preferido, sem sair da sua casa. Deste ponto de
vista, o trabalho no Atento é muito prático.
Estudante A:
E o processo de sintonia interior?
Estudante B:
O SerAtento segue o princípio geral de todo trabalho altruísta
de longo prazo, segundo o qual deve-se fazer soar a “nota-chave”, o “mantra” do
trabalho -; e depois disso cabe manter o ritmo, confiando em que no momento
certo as pessoas certas irão aproximar-se pelo critério de afinidade.
A afinidade é um processo muito mais amplo e mais
profundo do que “pensar do mesmo modo”. Ela inclui o coração. Ela ocorre
naturalmente e não pode ser forçada através do debate. No entanto, o diálogo
franco é de fundamental importância, porque quando não há sinceridade a harmonia
desaparece pouco a pouco.
O princípio da afinidade afirma que se deve ter a firmeza
necessária para manter a nota-chave e o critério da afinidade durante o tempo
que for necessário. Esta ação firme pode ser criticada por alguns, que a verão
como inflexível. Mas se houver uma perseverança na manutenção do “som
primordial”, o magnetismo da filosofia
da alma e atrairá os seus semelhantes, os que se afinam com ela -
aqueles cuja consciência interior é tocada pela nota-chave.
Estudante A:
O que acontece logo que alguém ingressa no SerAtento?
Estudante B:
O estudante começa a receber todas as mensagens. O mais
importante no primeiro momento é “escutar” e compreender. A escola pitagórica
clássica, em Krotona, na Grécia, exigia cinco anos de silêncio total dos
neófitos, e por isso eles se chamavam “akoustikoi”, ou ouvintes. Nós sugerimos aos
recém-chegados ao Atento que fiquem vinte e um dias na condição de “ouvintes”,
lendo o material até perceber o ritmo e o modo do trabalho.
Deste modo eles podem avaliar se têm vontade de
permanecer e de se somar ao processo de investigação e aprendizagem da
filosofia teosófica.
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Para ter acesso a um estudo diário da teosofia original, visite a página do nosso e-grupo SerAtento em Google Groups e faça seu ingresso de lá mesmo. O link direto é o seguinte: https://groups.google.com/g/seratento.
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Para ter acesso a um estudo diário da teosofia original, visite a página do nosso e-grupo SerAtento em Google Groups e faça seu ingresso de lá mesmo. O link direto é o seguinte: https://groups.google.com/g/seratento.
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