Autor Desconhecido
Era uma vez um rei, e o rei ofereceu um grande prêmio ao artista que fosse
capaz de captar numa pintura a paz perfeita.
Foram muitos os artistas que tentaram. O rei observou e admirou todas as
pinturas, mas houve apenas duas de que ele realmente gostou e decidiu que iria
escolher entre ambas. A primeira era um lago muito tranquilo. Este lago
era um espelho perfeito onde se refletiam umas plácidas montanhas que o
rodeavam.
Sobre elas encontrava-se um céu muito azul com tênues nuvens brancas.
Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela refletia a paz
perfeita.
A segunda pintura também tinha montanhas.
Mas estas eram escabrosas e estavam despidas de vegetação.
Sobre elas havia um céu tempestuoso do qual se precipitava um forte
aguaceiro com faíscas e trovões. Montanha abaixo parecia retumbar uma espumosa
torrente de água. Tudo isto se revelava nada pacífico.
Mas, quando o rei observou mais atentamente, reparou que atrás da cascata
havia um arbusto crescendo de uma fenda na rocha. Neste arbusto encontrava-se
um ninho. Ali, no meio do ruído da violenta camada de água, estava um
passarinho placidamente sentado no seu ninho.
Paz perfeita!
O rei escolheu a segunda e explicou:
“Paz não significa estar num lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho
árduo ou sem dor. Paz significa que, apesar de se estar no meio de tudo isso,
permanecemos calmos no nosso coração”.
Este é o verdadeiro significado da paz.
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Sobre a ecologia da mente e a teosofia do
ambiente natural, veja o livro “A Vida Secreta da Natureza”, de Carlos
Cardoso Aveline.
A obra foi publicada pela Editora Bodigaya,
de Porto Alegre, tem 157 páginas divididas por 18 capítulos, e está na terceira
edição, de 2007.
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