16 de julho de 2016

No Ser Humano Tudo é Simetria

E Ele Possui Afinidades
Secretas Com Estrelas Longínquas

George Herbert



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Nota Editorial:

George Herbert, poeta e sacerdote anglicano
do país de Gales, nasceu em 3 de abril de 1593
e viveu até primeiro de março de 1633. É um 
dos autores que se destacam na corrente literária
conhecida como poesia metafísica do Reino Unido.

(CCA)

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No homem tudo é simetria,
Repleto de proporções, os membros
Combinando-se entre si
E com todas as coisas do mundo.
Cada elemento pode chamar irmão ao mais afastado
A cabeça tem secretas afinidades com o pé,
E ambos com a Lua e as marés.

Nada chegou tão longe
Que o homem não caçasse e aprisionasse;
O seu olhar descobre a estrela mais longínqua:
Em ponto pequeno, ele é toda a esfera.
As plantas curam a nossa carne com alegria,
Pois aí estão em terra conhecida.

É para nós que os ventos sopram,
A terra repousa, o céu gira, as fontes correm;
Não vemos nada que não queira o nosso bem,
O nosso deleite, a nossa riqueza;
Tudo é a nossa dispensa
Ou o jardim das nossas delícias.

As estrelas indicam-nos a hora de deitar:
A noite corre as cortinas que o Sol abre.
Músicas e luz acompanham o nosso entendimento,
Todas as coisas são amáveis com a nossa carne,
Na sua descida e no seu ser; e, para a nossa mente,
Na sua ascensão e na sua causa.

Mais criados servem o homem
Do que ele é capaz de se aperceber.
Em cada caminho, pisa o que lhe presta amável ajuda
Quando a doença o empalidece e abate.
Oh, poderoso amor! O homem é um mundo,
E tem outro para o servir.

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Os versos acima fazem parte do poema “Man”, de George Herbert. São reproduzidos do livro “A Confiança em Si, A Natureza e Outros Ensaios”, de Ralph Waldo Emerson, Relógio D’Água Editores, Lisboa, Portugal, 2009, 178 pp., pp. 109-110.

Veja em nossos websites associados o artigo “A Lei da Simetria”, de C. C. Aveline.

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Para conhecer a teosofia original desde o ângulo da vivência direta, leia o livro “Três Caminhos Para a Paz Interior”, de Carlos Cardoso Aveline.


Com 19 capítulos e 191 páginas, a obra foi publicada em 2002 pela Editora Teosófica de Brasília.   

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