15 de outubro de 2014

A Força Magnética dos Livros

A Influência da Filosofia
Esotérica é Multidimensional 

Carlos Cardoso Aveline




Desde os anos 1870, a distribuição de livros em papel age como um motor do trabalho presencial do movimento teosófico ao redor do mundo.    

Todo esforço feito em torno de um ideal elevado se expressa com ajuda de livros,  ideias e publicações. Apesar da importância do trabalho online, a  venda de livros em papel continua sendo indispensável no século 21. 

A dimensão comercial da distribuição de livros tem importância secundária. O estudo de obras em papel e de textos online constitui um instrumento decisivo para o trabalho teosófico presencial: as pessoas se reúnem em torno de livros e websites. 

Através do livro, o estudante pode conversar diretamente com pensadores das épocas mais diferentes da história humana. Todos eles são essencialmente seus contemporâneos no território da palavra escrita.

Se olharmos para o tamanho do movimento teosófico de hoje e para o número e a qualidade dos livros e textos que ele publica, veremos que há uma correspondência direta entre a sua força vital e a força da sua literatura. A história do  movimento teosófico é a história das suas publicações em papel.

Uma literatura falsa coloca o movimento esotérico sobre alicerces enganosos e instala armadilhas no caminho do buscador da verdade. A literatura autêntica, por sua vez,  convida ao exame crítico, ensina a pensar com independência, e permite construir um movimento teosófico durável, cuja base é a veracidade.  

Cada obra teosófica leva consigo uma certa vibração magnética e uma determinada presença sutil.

As bibliotecas filosóficas têm auras ou atmosferas próprias que refletem invisivelmente a qualidade do seu conteúdo. A influência oculta dos livros é discutida por Jorge Luis Borges [1] e abordada nas Cartas dos Mahatmas. Referindo-se por exemplo a um livro editado e publicado por Annie Besant, um Mestre diz que a obra tem “um espírito impuro e uma aura brutal” e que jamais o lerá. [2]

Bons textos são veículos da sabedoria eterna: a venda de livros e a circulação de ideias espalha uma força magnética.

Comprando livros de papel, iluminamos o local físico em que vivemos. Não é difícil perceber que, nas casas em que livros de papel contêm conhecimento divino, flui uma energia magnética superior.

NOTAS:

[1] Sobre Jorge Luis Borges e a força  magnética dos livros, leia o capítulo 28 da obra “Conversas na Biblioteca”, de Carlos Cardoso Aveline (Ed. Edifurb, Blumenau, SC, 170 pp.).  O texto está disponível em  nossos websites associados sob o título de “Borges, o Sábio Cego na Biblioteca”. 

[2] Veja as linhas finais da Carta 119, no volume dois de “Cartas dos Mahatmas” (Ed. Teosófica).  

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Uma versão inicial do texto acima foi publicada inicialmente sem indicação do nome do autor, na edição de setembro de 2014 de “O Teosofista”.

Veja também o artigo “A Arte de Ler”, de Carlos Cardoso Aveline, que está disponível em nossos websites associados. 

Sobre o mistério do despertar individual para a sabedoria do universo, leia a edição luso-brasileira de “Luz no Caminho”, de M. C.


Com tradução, prólogo e notas de Carlos Cardoso Aveline, a obra tem sete capítulos, 85 páginas, e foi publicada em 2014 por “The Aquarian Theosophist”.

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