11 de agosto de 2016

Velhas Árvores

Um Poema Para Meditar e Refletir

Olavo Bilac





Olha estas árvores, mais belas
Do que as árvores novas, mais amigas:
Tanto mais belas, quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...   [tempestades]

O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas. 

Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:

Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!


000

Reproduzido do volume “Poesias”, Olavo Bilac, Editora Martin Claret, S.P., 2003, p. 138.

000

Sobre a ecologia da mente e a teosofia do ambiente natural, veja o livro  “A Vida Secreta da Natureza”, de Carlos Cardoso Aveline.


A obra foi publicada pela Editora Bodigaya, de Porto Alegre, tem 157 páginas divididas por 18 capítulos, e está na terceira edição, de 2007.

000