Não Há Separação Real Entre Fazer
o Bem Para Si e o Bem Para os Outros
Joana Maria Ferreira Pinho
Joana Maria Ferreira Pinho
Procurar sempre o bem nos permite ligar-nos
com o que de melhor há em todos nós e cultivar a confiança na Vida.
Em 2013, durante um estudo coletivo de filosofia
esotérica, a teosofista Sílvia Caetano de Almeida afirmou:
“(...) O verdadeiro
conhecimento não nos chega através da leitura, da visão ou da audição, mas sim,
através de uma genuína intuição desenvolvida em função de um bem maior. E a
base para este desenvolvimento chama-se ALTRUÍSMO.”
Na caminhada teosófica o altruísmo tem sua dimensão
aumentada, pois ele não se prende ao simples “fazer bem ao outro”. Por
vezes o verdadeiro altruísmo ganha toda uma aparência de egoísmo aos olhos
daqueles que desconhecem o ser interno.
Procurar o bem para o próximo é eficaz quando
procuramos o bem para nós mesmos. Somos todos um; é conhecendo o ser interno e
tentando criar o melhor em nossa vida que podemos auxiliar os outros, o Todo
que somos, de forma efetiva.
Penso que é concentrando nosso esforço naquilo que
realmente está ao nosso alcance que o bem poderá vencer sem qualquer
ameaça.
A percepção espiritual, como salientou Silvia
Caetano na mesma ocasião, é obtida pelo caminho do conhecimento aliado ao
autoesquecimento; esta é uma tarefa dolorosa e bem incômoda.
Quantos têm a coragem de enfrentar, conhecer e
conviver com as sombras?
Como grande parte das crianças, o estudante recém-chegado
se assusta, chora e foge quando a sombra parece maior que a luz. Mas no caminho
do aprendizado teosófico somos convidados a enfrentar todas as sombras, a
observá-las, a conhecê-las, a aceitá-las... a amar todas as sombras como
parte do grande ser que somos... é aí que começamos a ver que as várias sombras
são na realidade apenas uma. Os ângulos
em que o corpo é colocado perante a luz, eles sim, produzem numerosas variações
de uma mesma única sombra (a natureza inferior).
Conhecer, aceitar e amar a sombra revela-se
fundamental para o desenvolvimento da verdadeira percepção
espiritual. Assim é também para o cultivo do altruísmo.
Apesar de toda a dor que tal encontro pode
proporcionar, esse sofrimento traz conhecimento e orientação - elementos
preciosos para que sejamos maiores do que qualquer sombra e caminhemos com
coragem, determinação e confiança rumo à bem-aventurança. É desse
encontro sofrido, mas consciente, que surge a capacidade de olhar para a
vida tal como ela é: um Todo de puro amor e harmonia.
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O artigo acima foi publicado nos websites da Loja Independente de Teosofistas em 27 de março de 2013.
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O artigo acima foi publicado nos websites da Loja Independente de Teosofistas em 27 de março de 2013.
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Para
conhecer a teosofia original desde o ângulo da vivência direta, leia o livro “Três Caminhos Para a Paz Interior”, de
Carlos Cardoso Aveline.
Com 19
capítulos e 191 páginas, a obra foi publicada em 2002 pela Editora Teosófica de
Brasília.
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