Os Sete Níveis de Uma
Evolução de Longo Prazo
Carlos Cardoso Aveline
Carlos Cardoso Aveline
Estudante A:
A obra “A Doutrina Secreta”, de Helena P. Blavatsky, fala de sete
raças-raízes pelas quais a humanidade deve passar, ao longo de períodos de
tempo que para nós são absolutamente gigantescos.
Estudante B:
Sem dúvida. A onda de vida que habita o reino humano deve evoluir
através de sete raças-raízes no ciclo atual. Cada raça-raiz inclui povos de
características físicas bastante diferentes e nenhum é melhor do que outro.
Igualmente, nenhuma raça-raiz é melhor ou pior que outra. Todas compartilham a
mesma essência universal. As mônadas ou almas imortais são todas de um caráter
sagrado do ponto de vista esotérico, independentemente do seu grau de evolução
ser maior ou menor.
Estudante A:
Qual é, então, o papel da solidariedade na evolução da vida?
Estudante B:
A lei da evolução é a lei da fraternidade. A longo prazo, a falta de
fraternidade é apenas uma forma passageira de ignorância espiritual que, quando
predomina excessivamente, bloqueia a evolução e por isso provoca o final de uma
etapa. Frequentemente é deste modo que ocorre o final das civilizações.
Dizer que o homem é um animal social é o mesmo que dizer que o homem é
um animal solidário. Mas, na verdade, todos os animais são solidários e não há
vida sem amor e ajuda mútua. Charles Darwin errou ao pensar que a lei da
evolução é uma lei fundamentalmente de competição. Piotr Kropotkin comprovou
que, como fator da evolução, a ajuda mútua é muito mais importante
do que a competição. Kropotkin também mostrou que a lei da ajuda mútua vale
para todos os reinos, desde a evolução química e mineral, até a
sociologia e a história humana, passando pelo reino vegetal e pelo reino
animal. [1] O homem é, portanto, muito mais do que um animal solidário.
Cada ser humano é uma alma imortal que vive simultaneamente em vários níveis de
realidade. Entre eles estão o plano da consciência física, o plano das emoções
animais e o plano da inteligência divina.
Estudante A:
A teosofia fala de tempos quase eternos. Uma raça-raiz da nossa
humanidade dura um período tão longo que não se pode imaginar facilmente.
Estudante B:
Sem dúvida. Uma raça-raiz passa por sete estágios de longo prazo,
chamados de sub-raças. E cada sub-raça é suficientemente duradoura para
incluir uma longa série de civilizações.
Estudante A:
As sete raças-raízes sucessivas do período “atual” de evolução humana -
um período de incontável extensão do ponto de vista do ser humano de hoje em
dia - formam uma espécie de espiral, que dá lugar a outra espiral,
e assim sucessivamente ao longo do tempo cósmico, como explica H. P.
Blavatsky. Nesta espiral, as duas primeiras raças, e as duas últimas, não
são físicas?
Estudante B:
Pode-se dizer isso, sim. Pelo menos a primeira e a segunda raças-raízes,
e a sexta e a sétima, não são propriamente físicas. A passagem é gradual.
Nas primeiras raças, “os anjos habitavam a terra”. Os “anjos” eram
as mônadas humanas. No futuro distante resgataremos isso tendo aprendido tudo o
que deveríamos aprender.
Estudante A:
É bom ter acesso a uma visão saudável do futuro de longo prazo.
Mas se as raças-raízes mais antigas ainda não eram físicas, e as raças-raízes
futuras já não serão físicas, é necessário perguntar uma coisa. Havia
reencarnação naquele tempo? E haverá reencarnação no futuro de longo
prazo?
Estudante B:
Não havia, e não haverá, por falta de necessidade. A ausência de
reencarnação nas primeiras raças humanas ocorre porque os seres humanos
eram espirituais e não tinham personalidade. A morte só acontece para o
plano físico e para a personalidade. É por isso que o eu inferior é
qualificado como ilusório pelo budismo filosófico e pela teosofia. Ele é
ilusório porque é mortal. Durante as duas primeiras raças, ao final de uma vida
humana não havia morte, mas uma transição, uma transmutação, como simbolizado
na lenda da ave Fênix. Não havendo morte nem perda de consciência, não
podia haver reencarnação.
Estudante A:
Há quanto tempo terminou esta etapa?
Estudante B:
A evolução do espírito e da matéria ocorre simultaneamente em nosso
planeta e no Universo. As primeiras raças-raízes viveram há muitos milhões de
anos atrás. Naquele tempo o planeta tampouco estava fisicamente pronto para
abrigar a vida orgânica. Helena P. Blavatsky diz que neste tempo nós tínhamos
“sombras de corpos”. Flutuávamos acima do plano físico.
Estudante A:
Você diz “nós”, ao se referir aos seres humanos daquele tempo.
Éramos nós de fato?
Estudante B:
Sim, no sentido de que as mônadas humanas são as mesmas. Só a “roupagem”
externa e inferior mudou, assim como o meio ambiente físico do planeta.
Neste sentido, a visão teosófica sobre a origem do ser humano afirma
exatamente o contrário da filosofia biológica materialista. Os
darwinistas não percebem a diferença entre o ser humano e o seu instrumento
externo e denso. Eles parecem pensar que os corpos geram as almas. Isso seria o
mesmo que pensar que um automóvel pode produzir o seu proprietário. Os
darwinistas defendem a tese de que o instrumento é que cria o seu dono. Na
verdade as almas (as mônadas) em evolução necessitaram de
veículos ou instrumentos como os corpos físicos atuais, e então foi surgindo
gradualmente o corpo humano, que é claramente uma ferramenta a serviço da vida
interior. O instrumento físico é resultado da relação dinâmica de longo
prazo entre as almas (mônadas) e o mundo material. A evolução
prossegue. Há sempre uma tensão criadora na relação entre consciência
terrestre e consciência celestial. Esta relação dinâmica também ocorre em
pequena escala na consciência de cada um de nós.
Nossa atual raça-raiz, a quinta, deve passar por sete estágios de
longo prazo chamados de sub-raças. E cada sub-raça inclui uma lista
numerosa de civilizações. Estamos iniciando na etapa atual a segunda metade da
quinta-raça raiz. E, mais precisamente, estamos iniciando - em uma espiral
menor - a segunda metade da atual quinta sub-raça. Estamos vivendo
as primeiras luzes da sexta sub-raça da quinta raça-raiz. Será uma
sub-raça intuitiva, universalista, fraterna. [2]
Estudante A:
Isto tem a ver com a era de Aquário?
Estudante B:
Sim. Na era de Aquário, que já começou, ocorre o despertar mais
claro da inteligência espiritual, o sexto princípio, Buddhi.
Estudante A:
Em que escala de espaço-tempo vivem os altos iniciados?
Estudante B
Estudante B
Os altos iniciados e Mestres de Sabedoria vivem em uma escala de tempo
quase eterno do nosso ponto de vista. Eles possuem a consciência acumulada das
sete raças. A reencarnação, para eles, já não existe do ponto de vista prático.
Eles não têm a experiência da morte pessoal como uma perda de
consciência, porque vivem conscientemente em uma dimensão de
espaço contínuo que é planetária e interplanetária, e numa dimensão
de tempo contínuo que é de milhões de anos.
O aprendizado teosófico consiste na preparação para isso. Ele acelera a
expansão natural da consciência humana em direção ao cosmo. Daí a
importância do estudo da obra “A Doutrina Secreta”, que aborda a
consciência universal em seus vários níveis. Deste modo podemos compreender
melhor a evolução da humanidade como algo que é uma parte inseparável da
evolução do planeta, e aceitamos o fato de que, quando uma civilização não
serve mais à evolução interior da vida, ela é simplesmente descartada, como já
ocorreu em inúmeras oportunidades. As civilizações passam: o ser humano
permanece, renascendo sempre.
Estudante C:
Tanto individual como coletivamente, a vida é setenária. O espectro da
luz solar também se divide em sete componentes. Há sete planetas sagrados. A
escala musical tem sete notas. Isso está ligado à chamada “música das esferas”
da tradição pitagórica?
Estudante B:
É claro. A vida é não só setenária. Vista do ponto de vista do
longo prazo - ela se desdobra como uma música sagrada tocada em um
instrumento de cordas. Ela percorre as sete notas musicais ou frequências
vibratórias, colocando a ênfase ora numa nota, ora na outra,
sucessivamente. No caso humano, no prazo mais “curto” de dezenas e
centenas de milhares de anos, temos as sete sub-raças. No prazo mais longo, de
milhões de anos, temos as raças-raízes; para não falar de ciclos ainda
maiores. É neste contexto amplo que se deve compreender a escala de
vibrações atuais da vida no planeta Terra, conforme ensinam as obras “A
Doutrina Secreta”, “Ísis Sem Véu” e “Cartas dos Mahatmas”.
Estudante C:
Para evoluir, o ser humano atual necessita evoluir em sete níveis de
realidade ao mesmo tempo, inclusive o físico. Como era possível, então,
durante as duas primeiras raças-raízes, evoluir sem o corpo? E como será
possível fazer isso na sexta e na sétima raças-raízes?
Estudante B:
Tudo depende do estágio em que está a onda de
vida.
Todas as coisas que há no universo são setenárias. Os sete princípios da
consciência estão presentes pelo menos implicitamente em cada um dos níveis de
realidade. O Todo está sutilmente presente em cada uma das suas Partes.
Em “A Doutrina Secreta”, lemos que tudo o que há no universo possui um
determinado grau de consciência - inclusive as pedras. [3] Qualquer
objeto que tomemos do chão para examinar é setenário. Mas sua existência se
concentra no físico (primeiro princípio), e ele tem os seis princípios
superiores implícitos.
Uma árvore sob cuja sombra podemos sentar é setenária. Mas sua
existência se concentra especialmente nos três princípios inferiores. O
primeiro deles é o físico; o segundo é o vital (prana), e o terceiro
princípio é o genético-arquetípico (linga-sharira). Os outros princípios da
árvore estão no plano da potencialidade, mas ela já possui lampejos de mais um
princípio, kama, o quarto princípio, dos sentimentos e emoções.
Plotino escreveu que as plantas buscam a felicidade. Elas também
possuem inteligência. H. P. Blavatsky afirma que as plantas têm um certo
projeto de vida, e até mesmo um grau de livre arbítrio.[4]
Uma nota mais acima na escala musical, os animais mamíferos - como o
cachorro, o gato, o golfinho, o elefante, a baleia, o cavalo - são
igualmente setenários. Mas sua existência se concentra especialmente nos quatro
princípios inferiores: 1) o físico, 2) o vital, 3) o genético-arquetípico e 4)
o centro das emoções (kama). Apenas os seus três princípios superiores ainda
estão no plano implícito, ou da potencialidade.
Assim como as plantas têm lampejos de sentimento, as espécies do reino
animal têm lampejos de percepção mental. As espécies citadas acima são casos à
parte. Elas estão entre as mais evoluídas do reino animal e vão muito além de
meros lampejos. Dialogando por computador, alguns símios chegam a
manejar vocabulários de quase mil palavras. Um cachorro também possui um
vocabulário amplo, embora sua linguagem sonora talvez lembre a linguagem das
primeiras raças humanas, com longas vogais e sem consoantes. Chamamos os
vários aspectos da linguagem canina de rosnado, grunhido, ganido, gemido,
choro, latido e uivo. Além do som, o idioma dos cachorros também é
amplamente corporal e facial, o que pode ser equivalente a milhares de palavras
ou unidades de comunicação. Um golfinho tem grande inteligência e
capacidade de empatia pessoal com humanos, e sabe dialogar profundamente com
seu treinador, inclusive por telepatia.
Estudante A:
Nesta escala como fica o ser humano?
Estudante B:
O ser humano também é setenário. Mas sua existência, na maior parte dos
casos, se concentra especialmente nos quatro princípios inferiores e na metade
inferior do quinto princípio, o princípio mental. Esta é a parte da mente
que gravita em torno dos planos físico e emocional. Os dois princípios
superiores ainda estão basicamente implícitos. Eles são Atma e Buddhi, os dois
princípios que constituem a mônada imortal. Mas o ser humano já tem lampejos de
inteligência universal, buddhi. Alguns indivíduos, inclusive, têm mais
que lampejos. O aprendizado teosófico consiste precisamente em desenvolver
e estabilizar estes “lampejos”, transformando-os em uma lucidez
contínua.
Os Mestres de Sabedoria são seres que foram além do estágio humano atual
e dominam os sete níveis de consciência, desde o átmico até o físico
(sthula-sharira). A consciência normal de um Mestre, seu centro natural
de gravidade - o ponto em que ela está quando não faz esforço - é a consciência
da mônada (sexto e sétimo princípios).
Nossa humanidade vive agora os primórdios do despertar da sabedoria, e a
crise atual é probatória. Ela é necessária para romper a casca da semente
da consciência búdica, e libertar a inteligência universal através
da sua germinação na consciência livre dos indivíduos.
Toda semente, física ou não, tem uma “dormência” ou um estado de
amortecimento que deve ser quebrado para que haja a germinação. O calor e o
atrito são necessários para romper o estado de dormência. As crises
rompem as rotinas. O que deve despertar na consciência humana atualmente é a
inteligência universal, que abrirá caminho para a próxima sub-raça, a
sexta. Depois de muitos milhões de anos, é a retomada do caminho para o alto. A
etapa consciente da preparação para a sexta etapa da quinta
raça-raiz começou a sete de setembro de 1875, com a criação do movimento
esotérico moderno.
Estudante A:
A evolução da mônada - o peregrino - se dá em espiral, portanto, e agora
começa a apontar novamente para cima.
Estudante B:
Exatamente. Na primeira e na segunda raças-raízes, a mônada humana só
exercita plenamente a consciência nos níveis superiores. Isso
ocorre porque a vida que vem do alto só gradualmente se aproxima do encontro
com a matéria densa; e a matéria densa do planeta também só gradualmente se
prepara para abrigar a vida. Em certas passagens de “A Doutrina Secreta”,
H. P. Blavatsky se refere às primeiras raças-raízes como sendo
etapas “pré-humanas”, ou “divinas”. Nelas a natureza está fazendo soar as notas
mais sutis e elevadas da escala musical.
A terceira, a quarta e a quinta raças-raízes são as mais materiais.
E as duas últimas raças-raízes, a sexta e a sétima, fazem a onda de vida
humana voltar ao mesmo plano transcendente de existência em que ela estava no
início. Embora a mônada humana continue a ser essencialmente setenária, agora
ela limita novamente o exercício pleno da sua consciência
aos níveis superiores de percepção. É a volta para casa. Ela já peregrinou
o suficiente, durante a longa passagem pelos planos inferiores de
realidade.
Estudante A:
Como ficam, então, as teorias científicas segundo as quais a origem do
homem é material?
Estudante B:
O ser humano é uma combinação nem sempre estável de matéria e
espírito. Deste choque criativo surge a cada vida uma alma mortal que
liga o que é celestial (a mônada) ao que é da terra (a matéria densa). Se
de um lado nossos corpos físicos têm algo em comum com o solo, os vegetais
e os animais mamíferos, de outro lado as nossas almas e a nossa inteligência
vêm do reino divino. Espiritualmente, somos filhos do Sol. O conceito
teosófico de “ser humano” para a etapa atual do processo evolutivo do planeta é
esta complexa conjunção de inteligência divina e de sub-inteligência animal,
para não falar das inteligências vegetativas, que são indispensáveis ao bom
funcionamento do organismo físico. Blavatsky escreveu que cada célula tem
consciência, quer percebamos ou não.
Estudante D:
A mônada é individual?
Estudante B:
A mônada é individual e universal ao mesmo tempo. É individual no
sentido de que ela peregrina pelo mundo mineral, mais tarde pelo reino vegetal,
depois pelo reino animal, pelo humano, e pelo pós-humano. Mas a mônada é
universal no sentido de que ela não possui a consciência “individual” ilusória
de um ser humano em estado de vigília, porque ela está plenamente unida à
lei universal.
É preciso dizer que a mônada - termo usado por Leibniz - é um
verdadeiro mistério. As realidades transcendentes só podem ser
compreendidas com ajuda da intuição espiritual. O cérebro físico não basta. No
entanto, o cérebro pode fazer um pouco de ginástica e de exercício para
flexibilizar-se. Assim ele descobre o jeito de chegar ao tipo correto de
silêncio, que é o silêncio simétrico, o silêncio completo, capaz de
abrir espaço para o relâmpago da compreensão.
Estudante D:
Certo. Mas quando é que surge ou “nasce” uma mônada?
Estudante B:
Nem as coisas, nem o universo, têm um só início. Tudo é
cíclico, tanto em pequena escala como em grande escala. O Universo se
dissolve e se refaz ciclicamente com a mesma “massa de modelar”, que será
novamente trabalhada pelo espírito. Espírito e matéria são eternos. As
obras que resultam da interação de ambos são retomadas a cada nova maré de
manifestação e criação.
As mônadas atravessam os reinos da natureza, antes de chegar às civilizações humanas. Uma civilização é a casca, a roupa. Quando a roupa fica velha, rasgada, é trocada porque já não serve à peregrinação das mônadas.
As mônadas atravessam os reinos da natureza, antes de chegar às civilizações humanas. Uma civilização é a casca, a roupa. Quando a roupa fica velha, rasgada, é trocada porque já não serve à peregrinação das mônadas.
Estudante A:
Você está se referindo à crise climática que está sendo provocada pelo
excesso de dióxido de carbono?
Estudante B:
Sim. É fácil perceber que a civilização atual não é mais viável, nem
ecológica nem eticamente. A civilização da mente egoísta, que se coloca a
serviço dos instintos cegos, encontrou o seu limite. Segundo o IPCC, o Painel
Intergovernamental da ONU, estamos ingressando em uma grande mudança climática.
Cientistas independentes de todas as áreas dizem o mesmo. Considera-se o
processo praticamente irreversível. Embora a humanidade como tal não corra
perigo, é possível que o planeta esteja no final de um dos seus períodos
interglaciais. Neste caso a transformação não será suave. O trabalho de Al Gore
diante da questão climática é confiável.
O século 21 deve, portanto, trazer transformações significativas. Existe
um materialismo excessivo e um esvaziamento interior na
civilização atual, e uma renovação é oportuna. Nas “Cartas dos Mahatmas para A. P.
Sinnett” (Ed. Teosófica, dois volumes), lemos que “os acontecimentos
futuros lançam sua sombra sobre o momento presente”. Quase todos sabem
que “alguma coisa geológica” já começou; e também que uma nova inteligência
planetária está a surgir coletivamente. Esta inteligência corresponde ao sexto
princípio da consciência, que caracteriza a preparação do sexto tipo ou sexta
sub-raça da atual raça-raiz.
Enquanto abrimos espaços individuais e coletivos para que possa emergir
mais facilmente a sabedoria interior do princípio búdico, há uma coisa que não
se deve esquecer em hipótese alguma. Ainda que venha a ser incômoda, a mudança
planetária traz ao longo do século 21 uma civilização renovada e sustentável,
em cujos alicerces estarão os princípios da ética universal e da ajuda
mútua.
NOTAS:
[1] “El Apoyo Mutuo, um
factor de la evolución”, Piotr Kropotkin, Editorial Proyección, Buenos
Aires, 1970, 334 pp. Em inglês,
“Mutual Aid, a factor of evolution”, Dover Publications, New York, 2006, 314
pp. Entre outros, um cientista pioneiro da ecologia, Eugene P. Odum,
alertava a meados do século vinte para o fato de que a ajuda mútua foi
subestimada como fator vivo no processo de evolução, devido ao peso da
influência darwinista. (Veja a obra
clássica “Fundamentals of Ecology”, de Eugene P. Odum, W.B. Saunders Company,
1959, Philadelphia and London, second edition p. 242.)
[2] A referência às raças imortais da nossa humanidade (passadas e
futuras) está na edição original de “A Doutrina Secreta” em inglês, “The Secret Doctrine, Volume II”, p. 610. Vale a pena examinar também a p. 615.
[3] “The Secret Doctrine”, Helena Blavatsky, Los Angeles, volume I, p. 274.
[4] Em relação a
Plotino, veja o tratado IV, na primeira das suas “Enéadas”. Em relação a H.P.B.,
veja “Collected Writings of H. P. Blavatsky”, TPH, India, volume X, p. 362.
000
O artigo acima foi publicado nos websites da Loja Independente de Teosofistas em janeiro de 2014.
Veja a tradução passo a passo da edição original de “A Doutrina Secreta”.
000
Para
conhecer a teosofia original desde o ângulo da vivência direta, leia o livro “Três Caminhos Para a Paz Interior”, de
Carlos Cardoso Aveline.
Com 19
capítulos e 191 páginas, a obra foi publicada em 2002 pela Editora Teosófica de
Brasília.
000