5 de fevereiro de 2014

Mestre Silêncio

Hermes Fontes




É a ti, Silêncio, amigo e mestre! é a ti que devo
a glória! a ti e à tua esposa, a Solidão!
Pois, indiretamente, é teu todo esse enlevo
das flores que ando a abrir, dos frutos que elas dão!

Procuro em ti, contigo, o quatrifólio trevo
da Arte! tudo o que penso, é ouro do teu filão.
Silêncio, vêm de ti o que falo e o que escrevo,
meu professor de calma e de meditação!

Paraninfas o idílio oculto à alma que cisma;
paraninfas a fé, no êxtase religioso
e elaboras a luz no sonho, a luz do Ideal!

E a luz é mais cambiante e irial sob o teu prisma;
e a paz é mais feliz... ó Silêncio! ó repouso
dos nervos! ó crysol da Vida-Espiritual!

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O poema acima é reproduzido do livro “Gênese”, de Hermes Fontes (1888-1930), Typographia W. Martins & C., Rio, 1913, 261 pp., ver p. 185. Foi publicado também na edição de junho de 2013 de “O Teosofista”.

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Sobre a missão de Helena Blavatsky e do movimento teosófico autêntico, que envolve o despertar da humanidade para a lei da fraternidade universal, veja o livro “The Fire and Light of Theosophical Literature”, de Carlos Cardoso Aveline. 



A obra tem 255 páginas e foi publicada em outubro de  2013 por “The Aquarian Theosophist”. O volume pode ser comprado através de Amazon Books.

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