A Morte Psicológica Da Ignorância
Permite Nascer No Mundo da Sabedoria
Múcio Teixeira
Múcio Teixeira
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Nota
Editorial:
Na conclusão deste poema, “deixar
de ser” significa “deixar de existir no
mundo psicológico do apego e da ausência
de sabedoria”. A filosofia esotérica ensina
que todo progresso espiritual deve ser
obtido
enquanto vivemos fisicamente, e se
possível
enquanto temos boa saúde. O “despedaçar
dos elos da matéria” é metafórico. A morte
para a ignorância é um processo
emocional.
A lei da reencarnação garante que haverá
tempo
suficiente para aprender o que deve ser
aprendido.
(Carlos Cardoso Aveline)
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Onde o
corpo não vai - projeta-se o olhar;
Onde
pára o olhar - prossegue o pensamento;
Assim,
nesse constante, eterno caminhar,
Ascendemos
do pó, momento por momento.
Muito
além da atmosfera e além do firmamento,
Onde
os astros, os sóis, não cessam de girar,
Há
de certo mais vida e muito mais alento
Do
que nesta prisão mefítica, sem ar...
Pois
bem! Se não me é dado, em vigoroso adejo,
Subir,
subir... subir - aos mundos, que não vejo,
Porém
um não sei quê me diz que ainda hei de ver,
-
Quero despedaçar os elos da matéria:
Perder-me
pelo azul da vastidão etérea
E
ser o que só é - quem já deixou de ser!...
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O
poema acima é reproduzido de “Poesias”, de Múcio Teixeira, edição em dois
volumes, H. Garnier, Livreiro-Editor, Rio de Janeiro-Paris, 1903, Tomo II, p.
34.
Múcio
Teixeira nasceu em Porto Alegre em 13 de
setembro de 1857 e viveu até agosto de 1926. É um dos principais pioneiros do
pensamento teosófico em língua portuguesa.
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Sobre o mistério do despertar individual
para a sabedoria do universo, leia a edição luso-brasileira de “Luz no Caminho”, de M. C.
Com tradução, prólogo e notas de Carlos
Cardoso Aveline, a obra tem sete capítulos, 85 páginas, e foi publicada em 2014
por “The Aquarian Theosophist”.
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