Um Estudo Sobre a Infinitude do Universo
Augusto de Lima
Augusto de Lima nasceu dia 5 de
abril de 1859
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Nota Editorial:
O éter a que se refere este poema
corresponde à luz astral dos cabalistas e ao akasha
oriental. É a contrapartida sutil do universo físico,
onde ficam registradas todas as ações. Ali estão
os resíduos cármicos do passado e as sementes
do futuro. O akasha é o espaço abstrato que abriga
tudo o que existiu; e o que existe, e o que existirá.
(Carlos Cardoso Aveline)
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Este globo - tão grande! - é um átomo
invisível
no universo, e
esse mesmo universo, é possível
que obedeça a
outros sóis errantes pelo espaço,
ligados entre si
por misterioso laço.
Vai de certo esse
laço a outros centros de vida,
que é lei da
Progressão ser sempre indefinida...
E além, e mais
além, na imensidade etérea,
quem sabe dos
bilhões de formas da Matéria!
Oceano infinito,
onde ab aeterno [1] brilha
a grande nebulosa
apenas como uma ilha!
E ainda... ( o
éter não tem marco, ou raias extremas)
quem nega a
sucessão dos orbes [2], dos
sistemas?
Basta! Mil eras
já, que dali uma seta
de luz, tirada à
cauda de um cometa,
consuma a
percorrer o sideral caminho,
nunca há de vir ao
sol, grão de areia mesquinho.
Infinitos,
dizei-me: A Terra soberana
onde fica? Onde
fica a criatura humana?
NOTAS:
[1] ab aeterno - desde a eternidade.
[2]
orbes – círculos, esferas, globos.
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O
poema acima foi reproduzido do volume “Poesias”, Augusto de Lima, Editora H.
Garnier, Rio de Janeiro / Paris, 1909, 300 pp., ver pp. 236-237. A ortografia foi
atualizada.
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Para conhecer a teosofia original desde o
ângulo da vivência direta, leia o livro “Três
Caminhos Para a Paz Interior”, de Carlos Cardoso Aveline.
Com 19 capítulos e 191 páginas, a obra foi
publicada em 2002 pela Editora Teosófica de Brasília.
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