1 de junho de 2016

Fragmentos do Livro das Imagens

O Ensinamento Teosófico em Poucas Palavras

John Garrigues



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Nota Editorial:

Os trechos a seguir podem ser encontrados no
volume “From the Book of Images”, que foi escrito por
John Garrigues e publicado sob o pseudônimo de Dhan Gargya
por The Cunningham Press, em Los Angeles, EUA, com 192 pp.,
em 1947. A presente compilação foi publicada pela primeira vez
na edição de novembro de 2015 de “O Teosofista”. O número
da página é dado entre parênteses no final de cada citação.

(Carlos Cardoso Aveline)

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* A Alma pura irradia justiça e boa vontade igualmente em casa e fora de casa. (p. 179)

* Os sábios não pensam em termos de grande êxito ou completo fracasso. Eles não pensam em termos do que é passageiro, mas do ponto de vista da Alma. (p. 163)

* A mente calma e tranquila pode atender todas as necessidades dos outros e fazer frente a todas as experiências, encarando-as como bênçãos dadas e como conhecimento adquirido. (p. 163)

* De que modo o peregrino pode saber qual é o instrutor verdadeiro, e qual o verdadeiro ensinamento? Através da decisão de ser sincero e verdadeiro, ele próprio. (…) Ao ser verdadeiro neste mundo de ilusões, o indivíduo é transportado para o mundo da verdade. Este caminho é percorrido sem necessidade de movimentar-se. (pp. 120-121)

* Não há uma única relação na vida, e nem um só dever cujo cumprimento não te transfira conhecimento. Primeiro observa, depois aprende, e mais tarde ensina pelo exemplo. Ensina por preceitos quando tiveres encontrado o teu dever para com todos os seres humanos - humildes e grandes - em cada tarefa que cumpres. Só então terão sido dados passos para que o mundo todo encontre o dever. (pp. 150-151)

* Isso eu sei: que quando um homem tirou do seu coração todo desejo de algo para si mesmo, quando deixou de ter expectativas ou exigências e espera dos outros apenas aquilo que lhe seja dado livremente, quando deixou de alimentar suspeitas e reclamações e já não se preocupa com refutar qualquer crítica feita a seu respeito, então ele pode compreender os princípios da harmonia em sua própria alma, e da sua alma se irradiam para todos uma paz e uma sinfonia. Outros podem não escutar, mas a sua única meta é assegurar que a palavra dita por ele seja a palavra correta. Os outros podem não perceber o sentimento generoso que movimenta a sua alma; podem não ver os sinais que identificam alguém livre do desejo, e da raiva, e da autodefesa. Mas o seu propósito claro e constante os abençoará de qualquer modo. A sua firme benevolência, embora irrite a parte pior dos outros, algum dia estimulará a parte melhor e um rumo mais correto será adotado, do qual a verdadeira vida dele é um testemunho. (pp. 162-163)

* Deves pensar firmemente nos sofrimentos dos seres humanos da terra. Isso te levará inteiro através dos cinco véus das esferas intermediárias. Teu coração deve estar ancorado com firmeza na devoção, para aliviar os sofrimentos dos seres humanos da terra. Isso possibilitará aos deuses do alto mandar alimento para os homens e as mulheres da terra. Firmemente deve a tua mente permanecer concentrada no que é imortal, em meio às coisas não-duráveis. Deste modo encontrarás o caminho de volta para a comunidade dos deuses, deixando para trás a esfera escura da Terra. [E o discípulo responde: ] Eu assumo o compromisso solene de prestar o serviço mais elevado possível aos homens da Terra. (p. 114)

* Todos os mundos estão unidos por um elo. O caminho comum a eles, que sobe e desce, é o trajeto da Peregrinação. Quem segue o caminho do serviço altruísta entra no trajeto ascendente. Ele é íngreme e avança morro acima o tempo todo. No começo a satisfação que ele dá é como um veneno, mas no fim é como as águas da vida, porque ele avança na direção do conhecimento dos três mundos. O caminho começa como um serviço prestado sem recompensa. Se há perseverança, ele leva a um serviço altruísta cuja recompensa são palavras. Havendo persistência, ele leva a um serviço altruísta recompensado pela gratidão daqueles que não necessitam de serviço algum. Se a perseverança prosseguir, o trabalho altruísta - acompanhado da gratidão daqueles que não necessitam de serviço algum - leva a um sentimento de devoção por aqueles que agradecem. Esta devoção e mais trabalho altruísta levam ao local do compromisso solene. A partir de então, se o peregrino perseverar, o trabalho feito por todos os seres humanos a partir de um sentimento de gratidão e devoção por aqueles que sustentam os três mundos sem qualquer ideia de recompensa o levará ao final do caminho, que é a bênção da Emancipação. (p. 69)

* O Ser não pode ser encontrado fora do ser [1]. Mas o ser humano sensato vê o Ser em seu próprio interior. Como uma criança, como um sábio, ele enxerga o Ser em todas as coisas e todas as coisas no Ser. Não há religião fora deste princípio. (p. 120)

*...Só um tolo coloca sua fé e confiança em personalidades, por mais próximas e agradáveis que pareçam. Será possível que você leve em conta apenas uma máscara, ao invés do ser humano em si, e em lugar da Alma, que abandona cada máscara para assumir outra? A natureza humana [em seus aspectos externos] não merece confiança: os Sábios de todas as idades sabem disso. (p. 152)

NOTA:

[1] Isto é: o eu superior, ou alma imortal, cuja substância é a mesma substância do universo, não pode ser encontrado fora do eu inferior. (CCA)

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Sobre o mistério do despertar individual para a sabedoria do universo, leia a edição luso-brasileira de “Luz no Caminho”, de M. C.


Com tradução, prólogo e notas de Carlos Cardoso Aveline, a obra tem sete capítulos, 85 páginas, e foi publicada em 2014 por “The Aquarian Theosophist”.

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