24 de maio de 2017

Uma Oração pelo Mundo

A Dor e a Felicidade Me Rodeiam, e Eu Oro

Carlos Cardoso Aveline




Não rezo para deus algum. Não peço favores a Mestres ou divindades: prefiro tratar de ajudá-Los. As orações que faço são livres, expressam a boa vontade presente na alma. Olho para o mundo e vejo razões para pensar no reino celeste.

Uma criança pobre morre num hospital e eu oro.  

Um terrorista mata a sangue frio cidadãos indefesos, e eu oro.

Um político rouba discretamente dinheiro do seu próprio povo, e eu prossigo orando. Centenas de crianças morrem em uma guerra - e eu oro.

Florestas inteiras são destruídas pelo fogo, enquanto me dedico a orar. O dióxido de carbono, ou fumaça, se espalha pela atmosfera do planeta e eu oro. Inúmeras futilidades circulam pela mídia e nas redes sociais, e eu oro. Vejo pessoas adorando o dinheiro e agindo como devotos do falso poder da aparência, e oro.

Um novo ser humano nasce em algum lugar, e a oração prossegue. Grande número de crianças estão seguras e protegidas em todo o mundo, enquanto oro. A boa vontade gera vida. Maridos e mulheres amam-se e cuidam dos seus filhos, e eu oro.

Novas árvores são plantadas em cada continente, enquanto oro.  Estadistas honestos pensam no bem das suas nações, e eu oro. O estado judaico, cuja própria existência soa como um insulto para os terroristas e os antissemitas, brilha e cresce com uma luz firmemente democrática.

Eu oro.

No meio das dores de parto do tempo futuro, as Américas do Sul, Central e do Norte acordam para um novo nível de percepção, e eu oro. Os cidadãos europeus se adaptam à mudança enquanto prosseguem sua marcha evolutiva, e eu oro.

Políticos corruptos são recolhidos a penitenciárias, e eu prossigo orando. Líderes populistas fogem da lei mentindo e enganando - e eu contemplo, com serenidade, os temas divinos.

A Ásia tem uma sabedoria que nada pode perturbar. Ela ilumina permanentemente o mundo - e eu oro. As nações eslavas possuem uma vitalidade paradoxal, um amor pela vida e pelo contraste constante - e eu oro. A África sangra, sofre e aprende lições, e a oração continua. Não precisamos de mais uma catástrofe como a de Atlântida, e eu oro.

A dor e a felicidade me rodeiam, e eu oro, para que as pessoas compreendam a Lei e vivam em harmonia. E eu digo, como outros dizem:  

Possa a bondade proteger os povos da autodestruição, moral e física. Que as nações mereçam líderes tão honestos e sábios quanto possível.

Que o cidadão culto e o ignorante reconheçam o fato de que são todos irmãos, e o pobre e o rico, e no Oriente e no Ocidente, e no Norte e no Sul.

Que cada indivíduo de boa vontade aprenda Sabedoria com as árvores, os animais e as estrelas. Possam todos encontrar a paz interior, transmiti-la uns aos outros, e viver em unidade com Ela.

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O artigo acima foi publicado pela primeira vez em inglês sob o título de “A Prayer for the World”. Ele está disponível neste idioma em nossos websites associados e pode ser lido em nosso blogue em “The Times of Israel”.

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