31 de agosto de 2017

Alvorada

Uma Tênue Claridade Incerta
Começa a Despontar Entre um Murmúrio

Aleixo Alves de Souza




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Nota Editorial de 2017:

Aleixo A. de Souza foi presidente da
Sociedade Teosófica (de Adyar) no Brasil.

O poema “Alvorada” é reproduzido do livro
Écos do Meu Silencio”, de Aleixo Alves de
Souza, Rio de Janeiro, 1937, 95 pp., p. 56. Não
há indicação de editora, nem da gráfica em que
o livro foi impresso. A ortografia foi atualizada.

(Carlos Cardoso Aveline)

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Alvorada

Aleixo Alves de Souza

   (Junto à Guanabara)

Ouço um galo cantar, do meu tugúrio [1]
E espio o céu pela janela aberta:
Um tênue albor de claridade incerta
Começa a despontar, entre um murmúrio.

Vem às nuvens um tom doce e purpúreo
Que aos recortes dos morros se concerta;
E a superfície líquida desperta
Num tremular inquieto de mercúrio.

Tênue, vaga, indecisa, a Alma da Terra
Anda a pairar, ainda, estremunhada,
Pelo mar, pelos campos, pela serra…

Também minha alma paira, desgarrada,
À procura da Luz que a Vida encerra
E que conduza à Eterna Madrugada.

NOTA:

[1] Tugúrio: casa pequena e pobre, casebre, refúgio. (CCA)

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Em 14 de setembro de 2016, depois de uma análise da situação do movimento esotérico internacional, um grupo de estudantes decidiu criar a Loja Independente de Teosofistas. Duas das prioridades da LIT são tirar lições práticas do passado e construir um futuro saudável

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