7 de setembro de 2017

Bárbaros

Jorram Caudais de Sangue Pelo Mundo

Aleixo Alves de Souza




Jorram caudais de sangue pelo mundo
Que a insensatez humana gera e verte,
Para satisfazer vício solerte,
Fatídico, cruel e nauseabundo.

Devorar animais! - Hábito imundo
Que torna o coração gelado, inerte,
E à barbárie o humano ser reverte,
Tornando-o presa de um sofrer profundo.

- Sim, que a lei da justiça é como aríete
Que pune a quem a dor causa aos demais
E os golpes seus impávida repete.

Se, pois, a vida, os risos muda em ais,
Que há nisso que estranhar? - Nossos banquetes
Quase que ágapes são de canibais…

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Aleixo Alves de Souza foi presidente da Sociedade Teosófica (de Adyar) no Brasil.

O poema “Bárbaros” é reproduzido do livro “Écos do Meu Silencio”, de Aleixo Alves de Souza, Rio de Janeiro, 1937, 95 pp., p. 44. Não há indicação de editora, nem da gráfica em que o livro foi impresso. A ortografia foi atualizada.

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Em 14 de setembro de 2016, depois de uma análise da situação do movimento esotérico internacional, um grupo de estudantes decidiu criar a Loja Independente de Teosofistas. Duas das prioridades da LIT são tirar lições práticas do passado e construir um futuro saudável

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