8 de setembro de 2017

Noite Constelada

Sóis Sem Conta no Abismo Sem Medida

Aleixo Alves de Souza




Em noites sem luar, pelo veludo
Amplo dos céus, passeio o olhar profundo;
Sedento, a interrogar, de mundo a mundo,
O mistério do Ser, do Todo em Tudo.

Ó constelada esfera! - ânsias de estudo!
Cognoscitivo anelo, - mar sem fundo
Do pensamento! É quase moribundo
Que ao fim detenho o esforço, exausto e mudo.

Sóis sem conta no abismo sem medida,
Nebulosas abertas pelo espaço,
Sois como folhas de um só livro - a Vida.

Quem vos pudera ter no olhar escasso!
Quem vos pudera a todos dar guarida,
Abranger-vos num só e imenso abraço!

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Aleixo Alves de Souza foi presidente da Sociedade Teosófica (de Adyar) no Brasil.

O poema “Noite Constelada” é reproduzido do livro “Écos do Meu Silencio”, de Aleixo Alves de Souza, Rio de Janeiro, 1937, 95 pp., p. 58. Não há indicação de editora, nem da gráfica em que o livro foi impresso. A ortografia foi atualizada.

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Em 14 de setembro de 2016, depois de uma análise da situação do movimento esotérico internacional, um grupo de estudantes decidiu criar a Loja Independente de Teosofistas. Duas das prioridades da LIT são tirar lições práticas do passado e construir um futuro saudável

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