Carlos Cardoso Aveline
“Os antigos afirmavam
que qualquer ideia
será manifestada
exteriormente se a nossa
atenção estiver
profundamente concentrada
nela. Do mesmo modo,
uma vontade
intensa será seguida
do resultado desejado.”
(Helena P. Blavatsky, em “The
Secret Doctrine”, Theosophy Co., vol. I, p.
293)
Parece haver razões -
mais fortes do que o mundo das aparências sugere - para que os cidadãos
brasileiros de boa vontade pensem e meditem de modo construtivo sobre o futuro
do país.
Há
evidências práticas de que é possível eliminar ou enfraquecer as fontes da corrupção
e da violência - mental, emocional e física - através do uso consciente da
força coletiva e combinada dos sentimentos de ética e boa vontade.
O livro e filme
“Quem Somos Nós?” (“What The Bleep Do We Know?”) contam uma experiência
concreta que indica a força da meditação coletiva. O filme - que pode ser
encontrado nas locadoras - revela um fato ocorrido no verão de 1993 em
Washington, nos Estados Unidos, quando esta cidade enfrentava altos índices de
violência.
Ao longo de
várias semanas, cerca de 4.000 meditadores vindos de diferentes regiões
geográficas meditaram diariamente sobre paz social, e fizeram isso durante
longos períodos de tempo a cada dia. Autoridades policiais acompanharam de
perto a experiência. Os índices de criminalidade caíram em 25% no mesmo período
da experiência.
O fato não
foi surpresa para os organizadores do evento. Eles já haviam promovido vários
eventos semelhantes, em menor escala. A verdade é que o poder real da
visualização, inclusive em termos sociais, já foi confirmado experimentalmente em
inúmeras outras ocasiões.
O Guru Maha
Rishi, que ficou famoso nos anos 1970 ao ensinar algo de Ioga aos Beatles, dizia
que se quatro ou cinco por cento da humanidade meditarem pela paz, não haverá
mais guerras. Ele estava certo, e isso pode ocorrer em um futuro não muito
distante.
O poder
oculto da imaginação e da visualização é abordado por Helena Blavatsky em suas
obras monumentais “Isis Sem Véu” e “A Doutrina Secreta”. A filosofia oriental dá
o nome de “Kriyashakti” a esse poder da consciência.
O que você
visualiza, isso mesmo tende a ocorrer: somos
o que pensamos. Esse fato é bem conhecido no seu aspecto individual. No
século 21, cabe visualizar coletivamente o bem do nosso país, e isso inclui a
necessidade de líderes políticos honestos. Essa prática meditativa pode levar a
chamada “consciência política e social” a um novo nível e a um parâmetro mais
avançado.
Uma parcela
da população pode deixar de usar a força do pensamento de modo pouco eficaz, utilizando
esta força para superar solidariamente os desafios coletivos. Em um primeiro
momento, basta que um número pequeno de brasileiros pense corretamente as
questões sociais e políticas do país, e visualize o bem do país com
amplitude e nitidez. Isso fará com que se abram fissuras na massa de pensamentos
e sentimentos negativos que hoje parece dominar a chamada “opinião pública”. Assim
o potencial positivo do país, que é imenso, despertará.
Tanto
individual como coletivamente, o pensamento cria e dá forma à realidade. As
ideias conscientes e as imagens mentais subconscientes são fatores dinâmicos e
poderosos na constante renovação da vida ao nosso redor.
Embora
na maior parte dos casos o cidadão não perceba as consequências práticas de
adotar esta ou aquela linha de ideias e imagens mentais, a verdade é que o
pensamento em grande parte dos casos só “lê” fatos depois que ele mesmo os
escreve. O pensamento “constata” a realidade sem perceber que ele próprio está
“formando” em boa parte esta realidade, com a força subconsciente da
imaginação. A atividade mental abre o caminho para os acontecimentos: ela lhes
dá o rumo, conforme ensinam os primeiros versos da antiga escritura budista
“Dhammapada”.
Os tipos de pensamento
coletivo que alimentamos consciente ou inconscientemente determinam o modo como
nos relacionamos com a realidade política, social e econômica. A visão crítica é indispensável, mas não é suficiente. Ela não pode
substituir o pensamento positivo nem a ação construtiva. A ação prática
solidária, combinada com a visão crítica e o pensamento positivo, provoca a vitória da
ética.
A mente -
seja no plano do indivíduo ou no plano de uma nação - é como uma lente. Quando
limpa e bem focada, ela produz uma boa visão da realidade e um sentido correto
de orientação.
Há um
potencial revolucionário na ideia de usar responsavelmente o poder do
pensamento em escala coletiva. Os efeitos práticos serão inevitáveis à medida
que um número crescente de pessoas passar a visualizar com sinceridade um
Brasil eticamente correto, socialmente justo, ecologicamente sustentável e economicamente
solidário.
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Leia também o artigo “Meditando Pelo Despertar do Brasil”, de
Carlos Cardoso Aveline, que está disponível em nossos websites associados.
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Sobre a missão do movimento
teosófico, que envolve o despertar da humanidade para a vivência da
fraternidade universal, veja o livro “The
Fire and Light of Theosophical Literature”, de Carlos Cardoso Aveline.
A obra tem 255 páginas e foi
publicada em outubro de 2013 por “The Aquarian Theosophist”. O volume
pode ser comprado através de Amazon Books.
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