A Harmonia do Eterno com o Intermitente
Carlos Cardoso Aveline

Om.
Pensarei agora no espírito do cosmos e na lei universal.
Não há fronteiras no tempo ou no espaço: sou um ponto abstrato
sem nome e sem dimensões. Habito um pequeno sistema solar no grupo local de
galáxias. Meu endereço permanente é a totalidade do que existe.
Quando a consciência da Lei onipresente se expande, a ideia
pessoal fica de lado e a vontade se amplifica sem esforço. O que existe agora é
a paz da Vida Una, livre de formas ou imagens.
Ao longo de éons terrestres, cada
alma humana habita o espaço-tempo infinito e faz isso conforme a Lei.
A existência física é intermitente: a
vida real é eterna.
Enquanto cumpre os deveres diários, o
aprendiz vive o aspecto permanente da paz.
No templo do coração o sentido de “eu”
não está separado de coisa alguma e a nada se apega. Cada indivíduo é um centro
anônimo abstrato de autorresponsabilidade. A lei da ajuda mútua une a
todos.
Esquecer
de si próprio liberta: a união com a Lei é alcançada no nível do não-eu.
O
sentimento de dever impessoal coloca em movimento uma consciência da unidade
com o universo, e revela a substância do contentamento eterno.
Om,
Shanti.
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A oração acima pode ser praticada em qualquer lugar, a qualquer momento, de modo individual ou coletivo.
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O artigo acima está disponível nos websites da Loja Independente de Teosofistas desde 22 de julho de 2016. Uma versão inicial dele foi publicada na edição de janeiro de 2015 de “O Teosofista”, pp. 1-2.
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Leia mais:
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Para conhecer a
teosofia original desde o ângulo da vivência direta, leia o livro “Três Caminhos Para a Paz Interior”, de
Carlos Cardoso Aveline.

Com 19 capítulos e
191 páginas, a obra foi publicada em 2002 pela Editora Teosófica de
Brasília.
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