22 de julho de 2016

Rascunho de uma Oração

A Harmonia do Eterno com o Intermitente

Carlos Cardoso Aveline



Om.

Pensarei agora no espírito do cosmos e na lei universal.   

Não há fronteiras no tempo ou no espaço: sou um ponto abstrato sem nome e sem dimensões. Habito um pequeno sistema solar no grupo local de galáxias. Meu endereço permanente é a totalidade do que existe.

Quando a consciência da Lei onipresente se expande, a ideia pessoal fica de lado e a vontade se amplifica sem esforço. O que existe agora é a paz da Vida Una, livre de formas ou imagens.

Ao longo de éons terrestres, cada alma humana habita o espaço-tempo infinito e faz isso conforme a Lei.

A existência física é intermitente: a vida real é eterna.

Enquanto cumpre os deveres diários, o aprendiz vive o aspecto permanente da paz.

No templo do coração o sentido de “eu” não está separado de coisa alguma e a nada se apega. Cada indivíduo é um centro anônimo abstrato de autorresponsabilidade. A lei da ajuda mútua une a todos. 

Esquecer de si próprio liberta: a união com a Lei é alcançada no nível do não-eu.

O sentimento de dever impessoal coloca em movimento uma consciência da unidade com o universo, e revela a substância  do contentamento eterno.  

Om, Shanti.

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A
oração acima pode ser praticada em qualquer lugar, a qualquer momento, de modo individual ou coletivo.

Uma versão inicial de “Rascunho de uma Oração” foi publicada na edição de janeiro de 2015 de “O Teosofista”, pp. 1-2.

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Para conhecer a teosofia original desde o ângulo da vivência direta, leia o livro “Três Caminhos Para a Paz Interior”, de Carlos Cardoso Aveline.


Com 19 capítulos e 191 páginas, a obra foi publicada em 2002 pela Editora Teosófica de Brasília. 

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