A Gota do Orvalho da Alma Tem
Uma Força Enorme em sua Fraqueza
Carmen Freire
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Nota
Editorial de 2017:
O poema a seguir é reproduzido da
obra
“Sonetos Brasileiros”, coletânea organizada
por
Laudelino Freire, Officina
Polytechnegraphica de
M. Orosco & C., Rio de
Janeiro, 1904, 328 pp.,
ver página 112. A ortografia foi
atualizada.
Carmen Freire foi baronesa de
Mamanguape.
Ela nasceu na cidade do Rio de
Janeiro em 2 de
março de 1855 e faleceu em
setembro de 1891.
(Carlos Cardoso Aveline)
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A
Lágrima
Nascida na
ternura ou na tristeza,
Límpida
gota dos orvalhos da alma,
Tu,
lágrima saudosa, muda e calma,
Que
força enorme tens nessa fraqueza?
Possuis
mais que o poder da realeza,
Quando
és filha da dor que o pranto acalma,
E,
qual gota de orvalho em verde palma,
À
pálpebra chorosa ficas presa!
Estrela
da saudade, flor de neve,
Que
o vento da tristeza faz brotar,
Amo
o teu brilho nessa luz tão breve
Do
breve globo teu… imenso mar
Cujos
fundos arcanos não se atreve
Nem
se atreveu ninguém jamais sondar!
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Leia também “Poema: Nós”, de José Júlio da Silva
Ramos, publicado em nossos websites associados. José Júlio da Silva Ramos e
Carmen Freire nasceram sob o signo de Peixes. Estes dois poemas expressam aspectos
do amor místico associado a Netuno, o planeta regente dos piscianos, que
inspira junto à humanidade o amor universal e a renúncia a vitórias mundanas.
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