O Sentimento de Rancor
Mútuo é Filho da Preguiça Mental
Mútuo é Filho da Preguiça Mental
Carlos Cardoso Aveline
“Todo reino
dividido contra si
mesmo será
arruinado, e toda cidade ou casa
dividida contra si
mesma não subsistirá.”
(Jesus, em Mateus,
12:25)
* Na ausência de boa
vontade, o diálogo entre pessoas e grupos sociais consiste de monólogos
paralelos. Os indivíduos se recusam a ouvir uns aos outros, cada um falando
sozinho e repetindo apenas aquilo que lhe interessa.
* Em situações em
que ninguém aceita aprender nada, surge um diálogo de surdos. As pessoas se
comportam como donas da verdade, mentem para si mesmas e comportam-se como
crianças mimadas.
* Quando uma
conversa não produz compreensão mútua, a prática do silêncio permite preservar,
ou restaurar, as condições prévias necessárias à lucidez. Vale a pena evitar a
desvalorização da palavra.
* Uma alma
equilibrada prefere agir com serenidade, sem apelar para o uso do rancor. É
verdade que nem sempre uma fala calma e sincera recebe a devida atenção. Isso
ocorrerá quando for retomado o bom senso.
* Cada indivíduo
ou grupo social deve ouvir os outros, tanto quanto ouvir a voz da sua própria
consciência. Seu ponto de vista será legítimo na medida em que tiver como base
o altruísmo.
* O sentimento de rancor
mútuo é filho da preguiça mental. Se as pessoas falassem menos e pensassem
mais, cresceria a comunicação real entre elas. Neste caso se expandiriam a comunhão
e a compreensão recíproca.
* Frequentemente o
maior problema enfrentado pelo cidadão não é este ou aquele obstáculo concreto
na sua vida objetiva, mas o hábito do pensamento negativo e os sentimentos
pouco iluminados.
Os Desinformados São Cheios de Opinião
* Em qualquer
lugar do planeta, a cura dos males sociais começa na alma. O alívio surge do
pensamento elevado. Ideias corretas fazem com que o mundo renasça. Para que a
vida melhore, cabe lembrar do que é bom, e agir a partir disso.
* Não faz sentido acreditar
que os povos são mais felizes quando sua vida é inteiramente cômoda. Uma vida material
modesta permite focar nas grandes questões do progresso interior e da
felicidade duradoura. A ausência de complicações pessoais abre espaço para o
bem-estar da alma.
* Cabe lembrar: os
desinformados são cheios de opinião, os sensatos mantêm os olhos abertos e
aprendem, agindo de modo construtivo.
Um Olhar Benéfico na Direção do Mundo
* Mais importante
do que as circunstâncias que nos rodeiam é o plantio que estamos fazendo, agora
mesmo, para o futuro individual e coletivo. Aquele que está em sintonia com a
sua própria alma espiritual procura semear o que é moralmente bom, belo e
verdadeiro.
* O indivíduo que
conhece a si mesmo e tem paz na sua consciência lança um olhar sábio e generoso
na direção do mundo externo.
* Enquanto o
cidadão está em harmonia consigo mesmo, os desafios e contratempos externos são
incapazes de lançar confusão em sua alma. Se a relação de alguém com seu eu
mais interno e verdadeiro é equilibrada, ele irradia justiça e bom senso para
os que o rodeiam.
* Se eu não
estiver disposto a ser um nada, não poderei alcançar a plenitude. Enquanto não
saborear - mil vezes - a derrota, não merecerei a vitória que é capaz de durar.
* Negando ou
escondendo os meus erros, postergarei a aprendizagem a que tenho direito.
* É aceitando o
silêncio que perceberei o verdadeiro Som. Ao transcender o pensamento,
aprenderei a pensar de fato. Observando a escuridão, verei a luz do espírito.
Sabendo que nada tenho de meu, verei o universo como uma cooperativa ilimitada
de almas, onde todos trabalham e compartilham entre si o que produzem, enquanto
aprendem a produzir - luz.
Pequena Ação Prática
* A teosofia pode
ser aplicada à vida diária: afaste o olhar do texto acima e relembre os pontos mais
úteis dele. Releia-o se for necessário, registrando em um caderno de anotações
o que chama a atenção por ajudar você no momento atual.
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O artigo “Ideias ao Longo do Caminho - 43” foi
publicado como item independente em 26 de outubro de 2022. Uma versão inicial e
anônima dele faz parte da edição de junho de 2018 de “O Teosofista”, pp. 7-8. (Na edição de maio de 2018 não foi
publicado o artigo “Ideias ao Longo do Caminho”.)
Embora o título “Ideias ao Longo do Caminho” corresponda ao título em
língua inglesa “Thoughts Along the Road”, de Carlos C. Aveline, não há
uma identidade exata entre os conteúdos das duas coletâneas de pensamentos.
Desde 2018 a série “Thoughts Along the Road” está sendo publicada em
espanhol sob o título de “Ideas a lo Largo del Camino”.
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Imprima ou mande
imprimir os textos que estuda dos websites associados. Em muitos casos a
leitura em papel permite uma compreensão mais profunda. Ao estudar um texto impresso,
podemos sublinhar e fazer comentários manuscritos nas margens, trazendo o texto
para nossa realidade pessoal.
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Leia mais:
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Helena Blavatsky
(foto) escreveu estas palavras: “Antes
de desejar, faça por merecer”.
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