Ou Como Ingressei na Loja Independente
A LIT considera os testemunhos de vida importantes, e fui convidada a dizer alguma coisa sobre mim, por escrito. Nasci no final da década de 1940, no Extremo Oriente da Rússia, numa cidade japonesa da ilha Sakhalin, cuja parte sul foi libertada no final da Segunda Guerra Mundial. Meus pais foram mandados de Moscou para lá, com o objetivo de ajudar a recuperar a indústria.
Cresci numa família comunista, meus pais e ambas as avós eram comunistas. Não se falava sobre o mundo sagrado na família. Porém, o primeiro encontro com este mundo ocorreu aos cinco anos, quando tive o mesmo sonho duas vezes: estava na presença do universo sem limites (planetas e estrelas), e eu tinha consciência do seu caráter infinito, ao mesmo tempo que sentia um medo terrível. Não contei esse sonho a ninguém, porque não sabia como descrevê-lo, e sentia que os outros não me entenderiam.
Quanto à minha juventude, posso dizer que adorava estudar, além de praticar esportes. Mais tarde, lia principalmente obras filosóficas.
No final dos anos 1980, fui batizada na Igreja Ortodoxa Russa e comecei um ministério independente para crianças e adultos com deficiência física que viviam em lares para cidadãos deficientes. A experiência durou 25 anos. Um pouco mais tarde, começou uma busca espiritual ativa: aulas de sahaji-yoga, leitura independente da obra “A Doutrina Secreta”, de H. P. Blavatsky, a leitura dos escritos dos padres da Igreja Ortodoxa Russa e uma participação ativa na vida da igreja, o estudo da Bíblia nas línguas originais, e, mais tarde, ingresso na igreja protestante. Depois disso, estudei judaísmo e cabala, fui à sinagoga e participei de reuniões de judeus messiânicos. A busca continuou. Seguindo o exemplo de meu ancestral alemão, um importante cientista de Moscou que era rosacruz, juntei-me aos rosacruzes, onde novamente tive a oportunidade de estudar alguns fragmentos dos ensinamentos de HPB.
No final de 2015, assisti a uma série de vídeos sobre teosofia, reli toda a obra “A Doutrina Secreta” e, em janeiro de 2016, escrevi uma carta a um teosofista russo ativo, oferecendo ajuda na tradução de textos teosóficos. Em abril de 2016, passei a participar da equipe de teosofistas que editava a tradução da DS feita por Helena Roerich.
No começo de 2017, comecei a ler publicações da Loja Independente de Teosofistas, LIT, traduzindo-as para o russo e publicando-as na minha página de um mega website russo. Eu estava interessada na aplicação prática da teosofia na vida diária.
Em julho de 2018, escrevi a Carlos e Joana e a nossa colaboração começou. Em setembro do mesmo ano, ingressei na LIT. Depois de três meses de trabalho frutífero na LIT, tive que fazer uma pausa devido ao enorme trabalho de tradução de livros citados com frequência por HPB. Foi necessário traduzir novamente “Ísis Sem Véu”. Durante esse intervalo, foram publicados vários livros com tradução minha para o idioma russo.
A cooperação com a Loja e Carlos e Joana foi retomada no final de fevereiro de 2022, quando a LIT abriu a sua página no VK. [1] O leitor russo tem a oportunidade de ler diariamente os materiais da Loja. Agora a LIT possui um website em russo, o Teosofista Russo (http://russiantheosophist.com/), e o blog HelenaPetrovnaBlavatsky: http://helenapetrovnablavatsky.ru/.
Embora eu não trabalhe para obter resultados de curto prazo, sei que estou plantando as sementes de uma Loja da LIT na Rússia.
Oficialmente sou residente de Moscou. Na prática, moro e trabalho na minha dacha (casa de campo), na periferia da cidade.
NOTA:
[1] VK (https://vk.com) é o equivalente do Facebook na Rússia. Veja aqui a página da LIT: https://vk.com/public211875905.
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O artigo “Uma Teosofista na Rússia” foi publicado nos websites da Loja Independente de Teosofistas no dia 11 de julho de 2024. A tradução é de CCA. O texto original em inglês está disponível online: A Theosophist in Russia.
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Leia mais:
* Examine a seção temática Autodisciplina e Concentração: Para Fortalecer a Vontade Espiritual.
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Helena Blavatsky (foto) escreveu estas palavras: “Antes de desejar, faça por merecer”.
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