20 de outubro de 2017

A Oração da Boa Vontade

Praticando a Ioga do Pensamento Correto

Carlos Cardoso Aveline

Compartilho agora mesmo a bem-aventurança e a lei da justiça com os seres
que conheço, com os seres que não conheço, e com os que conhecerei no futuro.



Om, Shanti.

Evoco o melhor para os meus semelhantes, para meus colegas e cada ser que conheço.

Espero que vizinhos e pessoas com quem interajo se libertem das causas da dor - e do egoísmo, fonte do sofrimento.

Que minha alma me afaste da ignorância. Que todos se ergam no caminho da Paz.

Meu semelhante é meu irmão, saiba ele ou não disso. Afasto de mim a imprudência, o descaso, o descuido e a ausência de saber. No silêncio profundo, percebo o equilíbrio.

Ao lado do desapego está a sabedoria. A consideração pelo outro é da mesma natureza que a consideração por mim.

O erro do colega é meu defeito. A virtude do irmão é minha qualidade. Os covardes pensam que se beneficiam com o tropeço alheio.

Sou rigoroso comigo e generoso com meu próximo.

Sei que boa vontade sincera não aceita indulgência: é para tirar vantagem que o preguiçoso e o manipulador estimulam a preguiça alheia.

Altruísmo e rigor, combinados, produzem paz. A boa vigilância exige o melhor de si e dos demais.

Não trato de dizer ao outro o que ele espera ouvir. Abstenho-me de falsidade.

Querer o bem do semelhante é uma atitude sóbria, e fica longe das aparências. Inclui a concordância e a discordância. É inseparável da franqueza. Não possui uma forma externa, e no entanto é perceptível onde quer que haja boa vontade.

Desejar o melhor aos outros é uma maneira imediata de ser feliz. Como tudo o que ocorre na alma, constitui uma atividade silenciosa e eficaz.

A bem-aventurança olha para o alto.

Evoco o melhor e o mais elevado para os meus semelhantes que convivem comigo, e para os que não convivem.

Desejo que se libertem da ausência de paz. Que avancem pelo caminho da simplicidade, alcançando o contentamento.

Compartilho agora mesmo a bem-aventurança e a lei da justiça com os seres que conheço, com os seres que não conheço, e os que conhecerei no futuro.

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Veja em nossos websites associados o artigo “O Poder da Boa Vontade”, de Immanuel Kant.

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