Reconhecendo as Linhas Escritas na Alma
Joana Maria Ferreira de Pinho
Joana Maria Ferreira de Pinho
Muitas vezes buscamos tranquilidade e conhecimento esquecendo que a luz
está em nós. Não há nada esperando no final do caminho. A meta está na própria
viagem.
Por vezes caminhamos de
forma ingênua, pensando que o fim do caminho trará a paz eterna. No entanto a
bem-aventurança não é fruto - é substância.
Ao longo do estudo
teosófico percebemos no ensinamento novas dimensões. Apesar do seu sentido se
desdobrar a cada passo é como se o ser mais profundo soubesse desde sempre o
que a percepção alcança pela primeira vez. Caminhar traz o reconhecimento
da origem e do propósito do ser e da grande viagem.
Sendo um microcosmo, o
homem é criativo e natural conhecedor da verdade.
A educação teosófica
permite o reconhecimento das linhas escritas na alma. O estudo e o trabalho
teosóficos cultivam a capacidade de autoaperfeiçoamento e é através desse
esforço que surgem os materiais e as faculdades necessárias para o
desenvolvimento da grande obra.
Aos olhos físicos o livro
da vida tem suas folhas em branco. Eles não conseguem ver os pontos e traços de
luz que preenchem cada espaço. No entanto, o trabalho teosófico desenvolve a
visão capaz de perceber a escrita luminosa. A obra e seu projeto começam a ser
percebidos com a disposição dos materiais.
Temos conosco todos os
passos descritos e traçados na perfeição. Mas só nos colocando como
construtores somos capazes de reconhecer o arquiteto. É desenvolvendo o
silêncio e focando a energia na construção que ele nos fala e o projeto nos
guia.
Devemos ter presente que
a teosofia é um trabalho em tempo integral. A tarefa é humilde e elevada. John
Garrigues escreveu:
“Todo verdadeiro teosofista trabalha na construção das defesas externas
do Templo da Verdade, que foi erguido pelos esforços de gerações incontáveis de
Adeptos. É uma tarefa elevada. Ela exige do trabalhador cuidado e habilidade ao
colocar cada tijolo firmemente no lugar adequado. (…) O número de tijolos que
cada trabalhador é capaz de colocar depende da sua qualificação diante da lei
do carma; mas, se nos libertarmos da ansiedade e da irritação que surgem da
pressa, teremos ao nosso alcance a possibilidade de fazer tudo o que somos
capazes de fazer - seja pouco ou muito -; e de construir para os séculos que
virão.” [1]
Que o trabalho prossiga
com todo empenho, tranquilidade e gratidão. Que o Templo da Verdade esteja
sempre protegido nos corações.
NOTA:
[1] Do artigo “Deixando
a Pressa de Lado”, de John Garrigues, que está disponível em nossos websites
associados.
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Sobre a missão de Helena Blavatsky e do
movimento teosófico autêntico, que envolve o despertar da humanidade para a lei
da fraternidade universal, veja o livro “The
Fire and Light of Theosophical Literature”, de Carlos Cardoso Aveline.
A obra tem 255 páginas e foi publicada em
outubro de 2013 por “The Aquarian Theosophist”. O volume
pode ser comprado através de Amazon Books.
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