Lições de Uma Caminhada Com o “Velho”
Carlos Cardoso Aveline
Carlos Cardoso Aveline
Não reclamar da vida, não reclamar das
circunstâncias, não reclamar de si mesmo, são três regras básicas no caminho do
autoconhecimento.
Não ficar
eufórico com a vida, não ficar eufórico com as circunstâncias, e não ficar
eufórico consigo mesmo, são outras três regras básicas.
Uma sétima
regra é:
“Ter metas
claras e nobres e trabalhar por elas com calma, sem esperar resultados
imediatos, mas olhando o horizonte amplo.”
Estes sete
procedimentos têm bons resultados a curto e a longo prazo.
Eles nos fazem
ver o mundo e a vida com as lentes da moderação, da flexibilidade, do
discernimento e da objetividade.
Uma vez, ainda
criança, enquanto caminhava com meu pai, ele notou que eu estava com o olhar
posto muito logo à minha frente, isto é, olhando para baixo. E disse:
“Olha para o
horizonte. Olha para o alto, lá para a frente. Mantém dentro do teu campo de
visão os metros de calçada imediatamente à frente, mas olha para longe”.
Eu percebi que
o conselho não era só físico.
E anos depois compreendi
que, quando a gente tem uma meta clara e elevada, e ela não é imediata nem
estreita, não nos abalamos muito com coisas pequenas de curto prazo, sejam elas
“agradáveis” ou “desagradáveis”.
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