14 de novembro de 2015

O Despertar da Vontade

A Força Criadora Produz Magnetismo Positivo

Carlos Cardoso Aveline

A motivação nobre indica a direção correta 


A vontade é um fator ativo. Ela é criadora e tende a surgir do eu superior, ou alma espiritual.  O desejo, porém, surge predominantemente do eu inferior. Ele é muitas vezes inerte e em boa parte dos casos não consegue agir de modo construtivo.

A alma individual ganha magnetismo através do desenvolvimento da vontade.  Em teosofia, o processo alquímico consiste em desenvolver simultaneamente o discernimento, a vontade, e a sabedoria. Neste processo, o sofrimento é um mestre indesejável, mas necessário. 

Eliphas Levi escreveu:

“O príncipe Sakiamuni, conhecido como Buddha, disse que todos os tormentos da Alma Humana surgem do medo ou do desejo; e ele concluiu com duas frases que podem ser expressas deste modo: ‘Não deseje, pois, coisa alguma, nem mesmo a Justiça; espere, porque cedo ou tarde o céu irá estabelecê-la. O Nirvana não é aniquilação: ele é, na Ordem da Natureza, a grande pacificação’.”

Para Eliphas Levi, “querer sem medo e sem desejo é o segredo da vontade Onipotente”. [1] Aquele que nada deseja, é rico. Quem não teme coisa alguma está livre. Aquele que só quer o que é correto, é feliz.

A Vontade vence quando é ampla, e ela só é ampla quando é elevada. A vontade elevada é universal e altruísta, porque surge do eu superior ou alma espiritual.  A verdadeira vontade é vitoriosa por dois motivos:

1) Ela aponta para a direção certa;  e  2) Ela sabe esperar.

NOTA:

[1] “The Paradoxes of the Highest Science”, Eliphas Levi, TPH, Adyar, India, 1922, 172 pp., ver p. 88. A obra tem edição brasileira.  Trata-se de “Os Paradoxos da Sabedoria Oculta”, da Editora Pensamento.

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O texto acima foi publicado pela primeira vez, sem indicação de nome de autor, na edição de agosto de 2011 do boletim eletrônico “O Teosofista”.  

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Sobre o mistério do despertar individual para a sabedoria do universo, leia a edição luso-brasileira de “Luz no Caminho”, de M. C.


Com tradução, prólogo e notas de Carlos Cardoso Aveline, a obra tem sete capítulos, 85 páginas, e foi publicada em 2014 por “The Aquarian Theosophist”.

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