A Força Criadora Produz
Magnetismo Positivo
Carlos Cardoso Aveline
A motivação nobre indica a direção correta
A vontade é um fator ativo. Ela é criadora e tende a surgir
do eu superior, ou alma espiritual. O
desejo, porém, surge predominantemente do eu inferior. Ele é muitas vezes
inerte e em boa parte dos casos não consegue agir de modo construtivo.
A alma individual ganha magnetismo através do
desenvolvimento da vontade. Em teosofia,
o processo alquímico consiste em desenvolver simultaneamente o discernimento, a
vontade, e a sabedoria. Neste processo, o sofrimento é um mestre indesejável,
mas necessário.
Eliphas Levi escreveu:
“O príncipe Sakiamuni, conhecido como Buddha, disse que
todos os tormentos da Alma Humana surgem do medo ou do desejo; e ele concluiu
com duas frases que podem ser expressas deste modo: ‘Não deseje, pois, coisa
alguma, nem mesmo a Justiça; espere, porque cedo ou tarde o céu irá
estabelecê-la. O Nirvana não é aniquilação: ele é, na Ordem da Natureza, a
grande pacificação’.”
Para Eliphas Levi, “querer sem medo e sem desejo é o
segredo da vontade Onipotente”. [1] Aquele
que nada deseja, é rico. Quem não teme coisa alguma está livre. Aquele que só
quer o que é correto, é feliz.
A Vontade vence quando é ampla, e ela só é ampla quando é
elevada. A vontade elevada é universal e altruísta, porque surge do eu superior
ou alma espiritual. A verdadeira vontade
é vitoriosa por dois motivos:
1) Ela aponta para a direção certa; e 2)
Ela sabe esperar.
NOTA:
[1] “The Paradoxes of the Highest Science”, Eliphas Levi, TPH, Adyar, India,
1922, 172 pp., ver p. 88. A obra tem edição brasileira. Trata-se de “Os Paradoxos da Sabedoria
Oculta”, da Editora Pensamento.
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O texto acima está publicado como item independente nos websites da LIT desde novembro de 2015. Ele foi publicado pela primeira vez, sem indicação de nome de autor, na edição de agosto de 2011 de “O Teosofista”.
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Leia mais:
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Helena Blavatsky (foto) escreveu estas palavras: “Antes de desejar, faça por merecer”.
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