Dez
Pontos Básicos Para a Proteção da Natureza
Autor
Desconhecido
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Nota Editorial
A
consciência ambiental é quase tão antiga
quanto
a humanidade. A maior parte dos povos
antigos
via bosques e rios como templos sagrados.
Reconhecia-se
neles a existência de uma presença divina.
O corte
das árvores era limitado por lei em
Portugal
desde o final do século 16. Na primeira
metade
do século 19, o patriarca da independência
brasileira
José Bonifácio defendeu a preservação
das
florestas. Em 1947 foi publicado o decálogo a
seguir,
que reproduzimos da revista impressa
“O Teosofista” [1]. O texto constitui mais uma
evidência,
entre tantas, de que a consciência
ecológica
tem uma
longa evolução histórica e constitui fator decisivo
para a
preservação de qualquer processo civilizatório.
(Carlos
Cardoso Aveline)
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O Decálogo das Florestas
1) O grau de cultura de uma nação está na
razão direta da sua proteção à árvore.
2) Arborizando os lugares de origem de um
curso d’água, este é transformado em uma corrente mais benéfica.
3) As florestas são a alma da agricultura;
é essencial conservá-las, para que não desapareça a cultura dos campos.
4) Os mananciais só se formam nas
florestas; desenvolvendo-as, aumenta-se o caudal dos rios.
5) As dunas formadas de areias móveis
causam verdadeiras catástrofes, invadindo constantemente as terras. Se as
imobilizarmos por meio de plantação de árvores,
transformaremos o deserto em oásis.
6) É tão direta a ação da floresta sobre o
clima, na formação e na distribuição das
chuvas, e são tão necessários os produtos florestais, que a destruição das
florestas constitui um verdadeiro perigo mundial.
7) Só a plantação de árvores pode tornar
saudáveis e habitáveis os terrenos pantanosos.
8) A majestosa beleza da floresta é motivo
suficiente para justificar a sua existência.
9) As florestas são grandes depósitos de
ar puro, são produtoras de oxigênio, e por isso é essencial a sua conservação.
10) Quem planta uma árvore pratica uma boa
ação; aquele que a destrói sem necessidade é um indivíduo ignorante e maldoso.
NOTA:
[1] “O
Teosofista”, janeiro de 1947, p. 25. O
Decálogo foi também publicado na edição de janeiro de 2008 da publicação
eletrônica “O Teosofista”.
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A revista “O Teosofista” que
circulou em papel durante o século 20 era ligada à Sociedade Teosófica de Adyar
no Brasil. A publicação eletrônica “O Teosofista”,
por sua vez, foi fundada em 2007 e é editada por associados da Loja Independente de Teosofistas.
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Sobre a ecologia da
mente e a teosofia do ambiente natural, veja o livro “A
Vida Secreta da Natureza”, de Carlos Cardoso Aveline.
A obra foi
publicada pela Editora Bodigaya, de Porto Alegre, tem 157 páginas divididas por
18 capítulos, e está na terceira edição, de 2007.
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