Clareza de Visão Permite Perceber
a Diferença Entre o Certo e o Errado
… A atitude negativa resulta
do exagero dos desejos pessoais.
* A disciplina diária é o alicerce externo da decisão de viver corretamente. Desde este ponto de vista, fica mais fácil olhar com lucidez para o mundo ao redor.
* Discernimento produz discernimento, e ilusão gera ilusão. Cada ação equilibrada cria novas oportunidades para um comportamento sensato.
* O bom senso abre caminho para a constante harmonização de todas as coisas. Uma lucidez básica permite enfrentar serenamente aquilo que não pode ser harmonizado no curto prazo.
* A paz interior não depende de ter os nossos desejos atendidos, mas surge naturalmente quando desenvolvemos o bom senso.
* Individual e coletivamente, a atitude negativa resulta do exagero dos desejos pessoais. Quem não tem expectativas exageradas, não conhece o problema do desânimo. Por outro lado, o sentimento de paz com a nossa consciência produz um bem-estar que torna mais agradáveis os diversos aspectos da vida.
* O aprendiz sensato desapega-se de tudo o que é negativo e desenvolve o contentamento. Ao mesmo tempo, exerce o espírito crítico e a capacidade de ver, com rigor, a diferença entre o certo e o errado. A autoconfiança expressa o fato de que tem energia suficiente para corrigir os erros.
* Aquele que conhece a sua verdadeira meta vive como se estivesse em um planeta diferente de quem obedece cegamente às circunstâncias de curto prazo.
* Cabe olhar para a vida como um processo de construção permanente.
* A satisfação durável surge do amor pelo cumprimento do dever. Seu segredo está na decisão de fazer de cada ciclo de 24 horas uma obra de arte completa.
O Filósofo Brasileiro e a Sabedoria do Oriente
* É oportuno romper a rotina cega. Cabe ir além dos limites que nós impomos a nós mesmos, pelo menos quando a limitação resulta de mero apego ao conforto. O marquês de Maricá escreveu:
* “Ousar - em inumeráveis casos é alcançar”. [1]
* A recomendação é bem conhecida em filosofia esotérica. Um Mahatma escreveu em carta para um discípulo indiano: “Ousar, querer, agir e manter silêncio, este é o lema nosso e de todo cabalista e ocultista”. [2]
* No entanto, os Mestres ensinam que a prudência e o equilíbrio são igualmente indispensáveis. Por sua vez, o pensador brasileiro pondera: “A intrepidez em muitos homens não é mais do que estupidez.” [3]
* E como pode o peregrino expandir constantemente a sua clareza de visão? O marquês escreveu: “A vida do sábio é uma perene oração e correspondência com Deus”. [4]
NOTAS:
[1] Veja a obra Máximas, Pensamentos e Reflexões, do Marquês de Maricá, máxima número 1875, página 188.
[2] “Cartas dos Mestres de Sabedoria”, editadas por C. Jinarajadasa, Ed. Teosófica, Brasília, 1996. Ver Carta 65 da segunda série, p. 241.
[3] Máximas, Pensamentos e Reflexões, do Marquês de Maricá, máxima número 946, página 100.
[4] Máximas, Pensamentos e Reflexões, obra citada, máxima número 1886, página 188.
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O artigo “Ideias ao Longo do Caminho - 67” está disponível nos websites da Loja Independente de Teosofistas desde 27 de novembro de 2025. Uma versão inicial e anônima dele pode ser vista na edição de fevereiro de 2021 de “O Teosofista”, pp. 20-21
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Embora o título “Ideias ao Longo do Caminho” corresponda ao título em língua inglesa “Thoughts Along the Road”, de Carlos C. Aveline, não há uma identidade exata entre os conteúdos das duas coletâneas de pensamentos do autor. Desde 2018 a série “Thoughts Along the Road” está sendo publicada também em espanhol sob o título de “Ideas a lo Largo del Camino”.
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Helena Blavatsky (foto) escreveu estas palavras: “Antes de desejar, faça por merecer”.
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