21 de agosto de 2016

Abandonando Ilusões Sobre Mestres

N. C. Ramanujachary Descreve Sete
Tipos de Armadilhas a Serem Evitadas

N. C. Ramanujachary

Dr. N. C. Ramanujachary (1935-2022) morou na
sede internacional da Sociedade de Adyar, na Índia


É oportuno olhar de frente para certos erros que os estudantes e membros da Sociedade Teosófica fazem em relação a Mestres, caindo em armadilhas preparadas por eles mesmos:

1. Tratar Mahatmas como “Deuses” no sentido purânico tradicional, isto é, praticando uma “adoração”, e tendo dificuldade para compreender que eles apontam para o caminho a percorrer. Assim se transformam “fatos” em “ideais”.

2. Antropomorfizar os Mahatmas, dando detalhes das suas vidas pessoais e moradias de um modo geralmente mundano.

3. Divulgar os seus nomes e falar dos seus “status ocultos” fazendo uma análise “estrutural” comum.

4. Não compreender a “Consciência Mahátmica” na sua natureza total e verdadeira, perdendo a percepção interna nas nuvens do “intelecto”.

5. Buscar a orientação e ajuda dos Mahatmas em situações de “medos pessoais” e desejar “favores pessoais”, esperando por libertação como uma concessão e uma graça dada.

6. Tentar alcançá-los “em nosso mundo”, e cair na armadilha das visões ilusórias (“maiávicas”).

7. Não compreender que o que deve ser feito é estar adequadamente preparado e cumprir diligentemente nossos deveres e responsabilidades.

O conhecimento sobre os mestres e o caminho até eles é parte da Ciência sagrada e secreta (Gupta, ou Oculta). Só uma parte do véu foi afastada, pelo simples fato de que os homens e mulheres intelectualizados se tornaram aptos a receber tal conhecimento. É preciso concentrar-se profundamente na espessa floresta do Mundo Invisível, através de “vontade e determinação pessoais”. 

O que foi dado através da literatura teosófica e dos comentários a ela é apenas uma Introdução, uma divulgação de ideias, e o estudante tem que ir além, escrevendo os próximos capítulos e completando a tarefa em seu próprio coração através dos seus próprios esforços.

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Membro da Sociedade Teosófica de Adyar desde 1958, o Dr. N. C. Ramanujachary viveu na sede internacional da Sociedade de Adyar, na Índia, e seus livros foram publicados em mais de um idioma.
 
Vários artigos e obras de Ramanujachary estão publicados nos websites associados. Ele participou do e-grupo E-Theosophy, que é coordenado pelos editores de “The Aquarian Theosophist”, desde 2013 até o final da vida.
 
A nota acima foi traduzida da edição de maio de 2014 de “The Aquarian Theosophist”, e publicada pela primeira vez em português na edição de junho de 2014 de “O Teosofista”. A publicação como artigo independente ocorreu em 2016.
 
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