17 de fevereiro de 2014

Nunca!

Alguns Motivos Para Fazer Agora o
Que Não Precisa Ser Deixado Para Depois

Augusto de Lima



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Nota Editorial:

O poema a seguir alerta para o fato
de que uma longa vida pode passar
em vão, para quem não tem prioridades
claras ou não aproveita as oportunidades
que estão diante de si a cada momento.

O alicerce do otimismo filosófico está em
olhar com rigor para a existência humana.

Assim como a vida, os poemas de Augusto
de Lima (1859-1934) exigem uma leitura lenta e
reflexiva e uma atenção completa a cada palavra.

(Carlos Cardoso Aveline)

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A Rodolpho Paixão.


“É cedo!” - ao homem uma voz responde,
quando, recém-nascido, o olhar aberto
pela primeira vez, levanta incerto,
interrogando o fado que se esconde.

“É cedo ainda.” Do zênite já perto
o espírito, por mais que inquira a sonde,
a mesma voz, que vem não sabe de onde,
repete o cruel dístico encoberto.

Fitando o ocaso, afaga uma esperança.
“Espera”, diz-lhe a voz, e não se cansa
de esperar que do ocaso venha a aurora.

E a noite vem. No vítreo olhar silente,
morto, ainda interroga avidamente....
- Porém, responde a voz: “É tarde agora!”



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O poema acima é reproduzido do volume “Poesias”, de Augusto de Lima, Editora H. Garnier, Rio de Janeiro / Paris, 1909, 300 pp., ver p. 221. A ortografia foi atualizada.

Sobre a relação direta entre contentamento, rigor e severidade,  leia o texto “O Otimismo e a Filosofia Esotérica”, de C. C. Aveline. O subtítulo é “A Teosofia Original Ensina a Confiar no Futuro”. O artigo está disponível em nossos websites associados.

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Sobre o mistério do despertar individual para a sabedoria do universo, leia a edição luso-brasileira de “Luz no Caminho”, de M. C.


Com tradução, prólogo e notas de Carlos Cardoso Aveline, a obra tem sete capítulos, 85 páginas, e foi publicada em 2014 por “The Aquarian Theosophist”.

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