Biografia de Helena P. Blavatsky,
Publicada em 2012, Não é Totalmente
Inútil
Carlos Cardoso Aveline
Há uma biografia de Helena P.
Blavatsky que, a julgar pelo título e pela capa, parece profundamente teosófica.
É importante fazer um alerta para que os leitores
não joguem seu dinheiro fora.
Apesar do seu título agradável, o livro “Madame Blavatsky, a Mãe da Espiritualidade
Moderna”, de Gary Lachman, é útil principalmente como matéria-prima para
aqueles que produzem papel reciclado. Colocado à venda em inglês em 2012 e em
português em 2014, o livro tem 280 páginas e seu conteúdo é inspirado pela
política antiteosófica do Vaticano.
Há sempre um lado positivo em tudo, e a boa notícia
é que o volume não foi publicado nem apoiado por qualquer editora teosófica. No
Brasil, saiu pela Cultrix/Pensamento. O seu conteúdo é uma versão mal
atualizada dos materiais falsificados por Vsevolod Solovyof e os Coulomb no
século 19.
O volume constitui uma forma militante de
relativismo ético ou hipocrisia intelectualizada. Não há confirmação oficial de
que instituições ligadas ao Vaticano vêm patrocinando este tipo de literatura.
É sintomático, no entanto, o fato de que o volume recebeu elogios insistentes
de editores e comentaristas que trabalham em harmonia oculta com o Vaticano.
Sylvia Cranston Escreveu a Melhor Biografia
Sylvia Cranston Escreveu a Melhor Biografia
Os livros antiteosóficos sobre Helena Blavatsky
devem ser identificados - entre outras razões - como uma expressão de respeito
pelo dinheiro das pessoas. O direito dos consumidores está em jogo, e isso não
é tudo. Os teosofistas podem indicar aos leitores do público amplo os livros
que são autênticos, e dizer quais autores se abstêm de adulterar os fatos.
A melhor das dezenas de biografias da fundadora do
movimento teosófico moderno, sem dúvida, é “Helena Blavatsky”, de Sylvia Cranston. [1]
O bem documentado volume de 678 páginas é uma leitura
inevitável tanto para estudantes experientes como para aqueles que só agora
descobrem a teosofia. A maior parte da obra de Cranston é tão agradável de ler
quanto um bom romance. Para muitos, é fascinante. O volume é também ilustrado.
A sua parte final - parte sete - constitui um relato impressionante do impacto
que os escritos produzidos por Blavatsky e pelos Mestres de Sabedoria no século
19 provocaram ao longo do século 20 - e ainda provocam hoje.
NOTA:
[1] “Helena
Blavatsky”, Sylvia Cranston, Ed. Teosófica, Brasília, 1997.
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Uma versão inicial da nota
acima foi publicada na edição de julho de 2014 de “O Teosofista”. Em inglês, o artigo apareceu pela primeira vez na
edição de novembro de 2012 de “The
Aquarian Theosophist”. O artigo também está publicado como texto
independente em nossos websites de língua inglesa sob o título: “Book on Blavatsky is Good for Recycling”.
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Sobre o mistério do despertar individual
para a sabedoria do universo, leia a edição luso-brasileira de “Luz no Caminho”, de M. C.
Com tradução, prólogo e notas de Carlos
Cardoso Aveline, a obra tem sete capítulos, 85 páginas, e foi publicada em 2014
por “The Aquarian Theosophist”.
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