Um Estudo Sobre Catorze
Itens
Que Resumem o Caminho
Teosófico
Carlos Cardoso Aveline
Carlos Cardoso Aveline
Há, espalhados pelo mundo, estudantes
experientes de teosofia que dedicaram suas vidas inteiras à busca da verdade.
A maior parte deles
considera que o futuro do movimento teosófico não depende de propaganda,
dinheiro ou poder político. Depende do esforço silencioso daqueles que pesquisam
sobre o processo do discipulado leigo e, dentro das suas limitações, tentam viver
como vivem os discípulos da Sabedoria Eterna. Chamados de “Os Poucos” por
Helena P. Blavatsky, estes indivíduos não são numerosos, mas são eles que fazem
a diferença.
Os Poucos buscam praticar o ensinamento
teosófico, não durante uma semana, nem durante um ou dois anos, mas pela vida
toda.
Foi para eles que Helena
Blavatsky fundou um 1888 uma escola esotérica cujo único templo reconhecido é o
coração de cada pesquisador sincero.
Em texto dedicado a seus
alunos esotéricos, a Sra. Blavatsky partilhou algumas linhas que ficaram conhecidas
como “A Escada de Ouro”.[1] A
seguir, reproduzimos e comentamos, um a um, os catorze degraus da Escada.
1 - VIDA LIMPA
O primeiro item é “Vida
Limpa”. E cabe fazer desde logo a pergunta sobre quais são as impurezas que devemos
evitar. Externamente elas são numerosas. Cada um
deve identificá-las a partir da sua realidade individual. Essencialmente,
porém, todas as impurezas têm a substância do egoísmo, e o egoísmo emana da
ignorância.
Uma
vida limpa é aquela que você começa pela manhã quando decide dedicar o seu dia
a uma causa nobre e à arte de viver corretamente. O imediatismo simplista é
desaconselhável: a intenção é que vale. A vida limpa depende de querer com firmeza a realização de algo
altruísta que terá efeitos benéficos duradouros. A intenção e a durabilidade do
esforço definem o rumo do carma.
Não
é sempre fácil expressar em termos práticos uma vontade nobre. Porém, onde há
uma vontade, surgirão cedo ou tarde as oportunidades. O caminho será descoberto
aos poucos, no tempo certo. Humildade é essencial. Quando identificamos
e aproveitamos as pequenas oportunidades, outras maiores aparecem.
2 - MENTE ABERTA NÃO É CABEÇA OCA
O segundo degrau da Escada
de Ouro é “mente aberta”. E há uma
profunda diferença entre uma mente aberta
e uma cabeça oca. Porque a mente aberta é o oposto da credulidade.
Cada
possível verdade deve ser examinada uma e outra vez desde vários pontos de
vista. A abertura para ideias novas requer exame crítico, boa vontade e
disposição para aprender. Isso frequentemente tem um
preço cármico. Os acontecimentos desafiadores e desconfortáveis destroem a
comodidade da rotina e nos convidam a olhar os fatos desde novos ângulos e
pontos de vista que antes estávamos acostumados a ignorar.
Mente
aberta implica desapego, e só o desapego permite uma compreensão do cosmo. A
mente aberta caracteriza o indivíduo que sabe que a vida é um processo de
aprendizagem e de constante autorrenovação.
3 - O CORAÇÃO PURO PRODUZ CORAGEM
A ideia de um coração puro forma o terceiro degrau da
Escada de Ouro.
O coração não está separado
da vida ou da mente. Embora ligado a tudo, ele não se agarra a nada, porque a verdadeira união respeita a liberdade. A vida é um
campo magnético sem limites mas unificado, que inclui o nosso universo e vai
além dele.
Não temos
nada a perder quando olhamos para a vida desde uma perspectiva mais ampla. Tudo
o que merecemos, seja agradável ou não, estará sempre conosco - pelo menos em
espírito e em nossa atmosfera sutil. E poderá voltar para nós a seu devido
tempo.
Nosso
coração essencial tem total coragem e nenhum medo ou desejo. Ele não ambiciona
esta ou aquela meta de modo isolado. Os sábios percebem que o desejo pessoal é
a principal fonte de medo.
O
coração dá vida aos seres humanos, assim como o Sol dá vida ao nosso sistema
solar. A energia setenária do Sol está por todos os lugares em cada um dos seus
planetas, do mesmo modo como a energia setenária do coração está por toda parte
em nosso corpo físico, nossas emoções, nossos pensamentos e ações. Uma chave para a compreensão
prática da unidade da vida está no conhecimento das energias do Coração e do
Sol e da relação entre estes dois fatores; o microcosmo e o macrocosmo.
4 - INTELECTO ARDENTE
O quarto degrau, “intelecto
ardente”, é da natureza fogo. Está ligado a uma inteligência intensa, questionadora, que coloca a verdade acima
de outras considerações.
Quem
leva uma vida limpa e possui um coração puro deseja alcançar a verdade sobre a
vida. Um intelecto ardente expressa a consciência da alma imortal. Ele responde
a um impulso cuja origem está no eu superior. Sua consciência espiritual é cega
para as ilusões da separatividade, mas possui espírito crítico, e provoca
mudanças.
O
indivíduo que possui um intelecto ativo deseja a paz para os outros mais que
para si mesmo. Sua inteligência é inspirada pela Compaixão, um sentimento que
surge do alto. Este tipo de cidadão pode ser levado a transformar a cultura e o
carma que o rodeiam e a combater injustiças. Pitágoras, Confúcio, Buddha,
Paracelso, Cagliostro, H.P. Blavatsky, M. K. Gandhi, Albert Einstein e muitos outros
têm feito isso durante os últimos 2.500 anos.
Os místicos
que negam a importância do intelecto, ou dizem que a razão opera separada dos
sentimentos, apoiam com frequência estruturas de poder que não resistem a um
exame crítico. Supostamente “iluminados”, eles têm medo de que os seus liderados
usem a cabeça e comecem a pensar por si mesmos.
Uma
mente aberta necessita um intelecto ardente. Assim ela consegue buscar a
verdade essencial em cada campo de conhecimento. O discernimento correto permite
identificar o que é essencial. A força de vontade permitirá deixar de lado
aquilo que não tem importância ou é nocivo.
5 - CLARA PERCEPÇÃO ESPIRITUAL
Uma percepção espiritual clara
não permanece limitada exclusivamente a coisas
espirituais. Ela enxerga tanto a sabedoria como a estreiteza mental. Ela vê a
felicidade e o sofrimento, o prazer e a dor, o discernimento e a ilusão. Todos
os aspectos da vida estão no campo de observação daquele que possui um olhar espiritual.
O
ponto de vista teosófico não nega nenhum dos aspectos da vida. A partir de uma
visão universal, o buscador da verdade compreende o mistério da unidade do
cosmo e transcende os fatores isolados, mas permanece capaz de focar a atenção em
cada aspecto e sabe que o todo está de certo modo presente em cada uma das suas
partes.
Uma clara
percepção espiritual depende, sobretudo, da intenção. Nossa visão da vida é
misteriosamente organizada pela vontade e pelo propósito que adotamos como
nossos. Uma percepção espiritual, isto é, relativamente livre de distorções, resulta
pouco a pouco da decisão de dedicar nossa vida a metas nobres.
6 - AFETO FRATERNAL PARA COM SEU CODISCÍPULO
O sexto degrau da Escada de
Ouro é “afeto fraternal para com seu codiscípulo”. [2]
A amizade entre os
peregrinos se baseia na busca comum pela verdade. Este sentimento está ligado a uma vida limpa, uma mente aberta e um coração puro.
Cumplicidade
não é fraternidade. Cúmplices podem disfarçar com um verniz de fraternidade -
até para si mesmos - a natureza egoísta da sua relação. Este truque não muda os
fatos, nem altera o carma.
A
meta dos teosofistas é construir uma fraternidade altruísta sem fronteiras.
Este objetivo faz parte da busca do saber eterno e constitui uma lição central
em filosofia, mas toda meta nobre provoca um processo de provação. As relações
humanas acontecem sob o fogo cármico de testes incessantes. Nosso dever é ser fraternos. Isso não nos dá direito
de ter expectativas pessoais ou de exigir algo dos outros. O buscador da verdade deve
ser um pioneiro: ele ajuda a transformar o carma da nossa humanidade desafiando
a Ignorância Organizada e abrindo o caminho evolutivo à nossa frente.
7 - PRESTEZA PARA DAR E RECEBER
CONSELHO E INSTRUÇÃO
A ajuda mútua entre codiscípulos
resulta do fato de que os estudantes têm uma meta comum. No entanto, dar e receber
instruções nem sempre é fácil. A ação requer boa vontade, discernimento e uma
capacidade de ouvir o outro em profundidade.
Quando
há necessidade de aconselhar alguém no caminho da sabedoria, a melhor maneira
de ajudar é, com frequência, ouvi-lo e colocar algumas perguntas oportunas que o
ajudem a pensar por si mesmo e a expressar seus próprios sentimentos e percepções.
A
prática de escutar profundamente o outro - essencial tanto para aconselhados
como para conselheiros - requer o silenciamento do discurso de si para si
mesmo, e tem uma relação com estados meditativos de consciência. Uma certa
impessoalidade é indispensável para que haja clareza. E quem deseja escutar
verdadeiramente o outro deve saber escutar o silêncio da sua própria alma.
Ninguém
deve dizer a um buscador da verdade “o que deve pensar” ou “o que deve fazer”. Buscadores
da verdade filosófica não podem ser tratados como crianças de colo. Cada um
deve caminhar com as próprias pernas, e deve fazer isso começando desde o ponto
em que está. A ajuda mútua deve preservar a independência.
Existe
toda uma arte de aprender as lições da vida. Ela deve ser praticada
individualmente, de acordo com os talentos e as circunstâncias de cada um. Não importa a distância a
percorrer. Importa caminhar, e fazer isso na direção correta.
As
pessoas podem ser ajudadas a pensar por si mesmas e a agir de acordo com seus
próprios critérios. A meta não é uma “ação perfeita”. O indivíduo deve ter como
objetivo uma ação que esteja ligada à voz interna da sua consciência. Uma vez
que isso seja garantido, ele será capaz de aprender com os seus erros.
A
busca do melhor a cada instante, a capacidade de aproveitar as oportunidades e
a coragem de tomar decisões pessoais adequadas são três grandes bênçãos ocultas
que permanecem ao nosso dispor ao longo da vida.
8 - LEAL SENSO DE
DEVER PARA COM O INSTRUTOR
O oitavo degrau da Escada de Ouro é “leal senso de
dever para com o instrutor”.
A palavra “instrutor” indica a fonte da nossa
aprendizagem e do nosso conhecimento. Tal fonte não deve ser confundida com
alguma pessoa, porque ela está potencialmente presente em todas as coisas. Até
as pedras podem dar sermões, segundo esclareceu um Mestre de Sabedoria. [3]
O “instrutor” é a própria Vida; ou podemos dizer
que Ele fala através de todos os eventos da vida. Personalizar um instrutor,
portanto, é não ter verdadeiro Instrutor.
Em teosofia, as lições fluem ACIMA do nível das
palavras. As frases ditas ou escritas são apenas veículos externos e
ferramentas do ensinamento. Os verdadeiros mestres e codiscípulos operam
sobretudo no silêncio da comunhão total. Em termos práticos, o Instrutor é o
nosso próprio eu superior. A Ele devemos respeito. É nosso dever não só escutá-lo,
mas agir à altura. O eu superior ou alma imortal se torna a seu devido tempo um
discípulo propriamente dito de um Mestre de Sabedoria, na exata medida em que
formos discípulos leais do mestre interior que fala através da voz sem palavras
da nossa consciência.
Nosso dever para com os Instrutores que admiramos
mais de perto inclui um sentimento de gratidão por todos os grandes sábios que
ajudam a humanidade desde tempos imemoriais. Cada estudante de filosofia deve
muito às grandes almas que são conhecidas como Pitágoras, Krishna, Patañjali,
Confúcio, Buddha, Shankara - e também a milhares de Seres Iluminados cujos
ensinamentos e cujo trabalho tornaram possível o estágio atual da humanidade e
fizeram com que seu aprendizado individual acontecesse.
O discernimento, a autorresponsabilidade e a
gratidão para com os Instrutores da humanidade são qualificações centrais na
busca da sabedoria universal. E isso nos leva ao próximo ponto.
9 - PRONTA OBEDIÊNCIA AOS PRECEITOS DA VERDADE
O nono degrau é “pronta
obediência aos preceitos da verdade, uma vez que nela pusemos nossa confiança e
cremos que o instrutor a possui.”
Um preceito é como uma ordem: a voz da verdade e do dever interno
soa na consciência de alguns como o conselho de um professor a quem se respeita
profundamente.
Outros,
no entanto, ainda são prisioneiros de hábitos do eu inferior e de vários níveis
de deveres sociais e familiares. Com frequência, certos deveres do eu inferior
são usados como desculpas para justificar hábitos desnecessários nos níveis
mental, emocional e físico.
Entre
os preceitos da verdade e o conteúdo médio das nossas ações há várias e grossas
camadas de Hábito e de Rotina, às vezes ocultos por elegantes explicações
espirituais.
Discernimento
e uma vontade forte são necessários para destruir os muros da ignorância. A
vontade espiritual surge tão logo vemos a Meta à nossa frente e confiamos no
Instrutor, que é fundamentalmente o nosso próprio eu imortal. O caráter ilusório dos
fatores menores da vida fica então inevitavelmente claro. Nossas motivações
pessoais perdem as bases e as raízes, e encontramos paz apenas na percepção da
realidade universal, porque ela é eterna e nela vivemos verdadeiramente.
À
medida que isso ocorre, nosso eu inferior se transforma em um guerreiro. Ele já
não busca por conforto. Ele permanece leal à voz do silêncio e aos preceitos da
verdade, que aprendeu a escutar no território elevado em que flui a bênção
interior.
10 - CORAJOSO SUPORTAR DAS INJUSTIÇAS
PESSOAIS
O décimo degrau é um
“corajoso suportar das injustiças pessoais”.
Os sentimentos e pensamentos
de natureza pessoal devem ser observados desde o
ponto de vista das nossas potencialidades mais altas, que são impessoais. O
nível inferior da vida humana é probatório e não deve ser levado demasiado a
sério, exceto como fonte de lições. Seu território é escorregadio: nele a
justiça e o equilíbrio são metas centrais.
Quando enfrentamos com coragem as dificuldades pessoais,
a força interior cresce. O sentimento de que somos injustamente atacados nos dá a
possibilidade de observar o processo de autodefesa egoísta que pode ocorrer em
nós. Os mecanismos egocêntricos são apenas as ilusões da ignorância passando
por nosso mundo interior: eles não são nós mesmos. A coisa correta a fazer é
concentrar-nos na ação correta e perseverar. Como grande parte dos
acontecimentos que ocorrem em um plano pessoal, a injustiça pessoal é maiávica,
ou ilusória.
Podemos ter de defender-nos às vezes, mas isso nem sempre
será necessário. Podemos tomar a decisão de melhorar nosso modo de agir, até
onde isso estiver ao nosso alcance, e renovar sempre este propósito.
11 - DESTEMIDA DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS
O décimo-primeiro ponto é
uma “destemida declaração de princípios”.
A partir do momento em que
você age com base em princípios éticos e filosóficos, a sua lógica é diferente da lógica do mundo e você deve
tornar os seus princípios visíveis, para que seu modo de agir seja
compreensível.
A declaração de princípios exige coragem, porque os ideais
teosóficos são “heréticos” e subversivos em uma sociedade dominada por
considerações de curto prazo, desejos pessoais e impulsos egoístas. O fato de
que estas motivações cegas sejam frequentemente disfarçadas e apresentadas como
espirituais torna o nosso testemunho ainda mais necessário; em alguns casos,
faz com que ele seja difícil de entender por pessoas desatentas.
O silêncio e a destemida declaração de princípios são
dois fatores que podem e devem ser combinados. A ação silenciosa é um discurso
eloquente. Constitui uma maneira sincera de expressar-nos e de colocar nossa
filosofia no mundo.
A declaração de princípios deve expressar um ideal que
vivemos - ainda que imperfeitamente - e não uma coleção de palavras bonitas que
lemos em algum lugar e adotamos no plano do discurso. Através do testemunho
estabelecemos um parâmetro para o futuro.
12 - VALENTE
DEFESA DAQUELES QUE SÃO
INJUSTAMENTE ATACADOS
O décimo-segundo degrau é uma
“valente defesa daqueles que são injustamente atacados”.
Não pode haver mérito real
em filosofia sem um senso de justiça e uma
solidariedade ativa em relação a aqueles que são atacados de modo
irresponsável.
O esforço teosófico só pode viver enfrentando testes e
provações. Se não houvesse dificuldades, ele não estaria vivo. Sempre que há um
excesso de tranquilidade, uma dose extra de vigilância é necessária diante do
perigo da artificialidade.
A frase “valente defesa daqueles que são injustamente
atacados” significa que a defesa não deve ser cega. A justiça requer um
equilíbrio imparcial e discernimento.
Depois de ser calmamente verificado que um ataque é
injusto, um sacrifício deve ser feito de bom grado. O conforto pessoal deve ser
deixado de lado para que a ação solidária aconteça. Não é nosso dever defender
a nós mesmos: podemos defender os outros. E a justiça deve ser promovida com
uma determinação firme, sob um fogo cármico que provoca transformações
alquímicas.
13 - MIRA CONSTANTE NO IDEAL DE
PERFEIÇÃO HUMANA
O décimo-terceiro degrau é
uma “mira constante no ideal de progresso e perfeição humanos, que a ciência
secreta (Gupta-Vidya) revela”.
É verdade que olhar para um ideal não basta. Ver os erros é importante. Cabe desenvolver
um discernimento entre o certo e o errado. Para que isso ocorra, porém, devemos
ter uma meta clara e divina, elevada, e olhar para a vida sempre desde o ponto
de vista dela.
Para obtermos eficiência em relação a qualquer questão
específica em nossa existência, cabe desenvolver uma percepção saudável do
futuro. Uma mira constante no ideal de perfeição humana permite aos estudantes
serem guiados pela visão de um futuro luminoso. Os tempos que estão por vir já
vivem aqui e agora na forma de
potencialidades ocultas. Eles irradiam uma influência que pode ser percebida.
Não é difícil obter um conhecimento de aspectos
essenciais do passado e do futuro: isso acontece através do estudo paciente da
Lei dos Ciclos. O passado, o presente e o
futuro são apenas três aspectos da Roda do Tempo e do Carma. O momento presente é a
Página Aberta em que escrevemos nosso futuro, e fazemos isso com nossas
próprias ações. Devemos saber o que colocar no papel. O conteúdo da escrita pode
ser dado pelo ideal da perfeição humana.
14 - ESTA É
A ESCADA DE OURO, CUJOS DEGRAUS PODE O ASPIRANTE GALGAR ATÉ O TEMPLO DA
SABEDORIA DIVINA
O décimo-quarto degrau
encerra a jornada dando acesso ao Templo da Sabedoria, que está situado
fundamentalmente no próprio coração do peregrino.
A imagem simbólica de uma
caminhada espiritual indica uma marcha que vai desde nosso eu inferior até
nosso eu superior. “Não sabeis que sois templos?” pergunta 1, Coríntios, 3: 16.
De fato, a jornada teosófica
se dá ao longo da Escada de Jacó ou Antahkarana. Esta é a ponte ou Escada de Ouro que liga a consciência
terrestre à consciência divina e celeste, em nosso próprio interior.
NOTAS:
[1] Veja o texto “A Escada de Ouro”, de Carlos Cardoso Aveline.
[2] Sobre o tema da fraternidade entre codiscípulos, leia “Aprendendo Com Cada
Detalhe da Vida”, de Helena P. Blavatsky, e “Um Por Todos e Todos Por
Um” de C. C. Aveline.
[3]
“Cartas dos Mestres de Sabedoria”, Ed. Teosófica, Brasília, primeira
série, Carta II para Laura C. Holloway.
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Sobre a proposta original do movimento teosófico autêntico, que envolve o
despertar da humanidade para a lei da fraternidade universal, veja o livro “The
Fire and Light of Theosophical Literature”, de Carlos Cardoso Aveline.
A obra tem 255 páginas e foi publicada em outubro de 2013 por “The
Aquarian Theosophist”. O volume pode ser comprado através de Amazon Books.
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