10 de dezembro de 2013

Transcendendo a Competição

Ao Caminhar Para a Sabedoria,  
Observamos Em Paz o Processo da Ignorância

Carlos Cardoso Aveline

Transcendendo a Competição



Um vasto número de pessoas sabe que o caminho espiritual só pode ser trilhado através do altruísmo. Porém a alma humana é complexa e contraditória, e precisa passar por uma transmutação alquímica gradual.

Devido à força da ignorância coletiva acumulada, não são raros os sentimentos de competição entre aliados e companheiros de caminhada espiritual.

Eles devem ser observados em paz, tanto no caso de sentirmos inveja, como no caso de sentirmos que somos objetos de inveja.

Invejar alguém é um sinal seguro de fraqueza. Quem sofre deste problema é um fraco. É um ser que sofre. 

A cobiça de algo que o outro tem - como por exemplo a sinceridade, ou a confiança na vida - é um sentimento negativo e contraproducente. Ocorre com frequência sem que se perceba,  nas pessoas de coração puro.

Parece surgir do nada.

Os sentimentos competitivos podem ocorrer dentro do casal, entre irmãos, amigos e colegas de profissão. Eles devem ser aceitos como um fato humano no plano consciente e combatidos pelo reforço da autoestima.

O autorrespeito e a autoconfiança reforçam a humildade, sempre que são acompanhados de discernimento. Estes fatores tornam a inveja desnecessária.

Deve-se competir consigo mesmo. O importante é sermos melhores, hoje, do que nós mesmos éramos ontem.

Não devemos mentir a nós próprios dizendo que somos melhores que outra pessoa: ninguém é melhor que ninguém. Todos são valiosos, cada um a seu modo, uma vez que tenham boa intenção e façam o melhor que podem. Devemos fazer o melhor da nossa parte e irradiar o melhor para os colegas, incondicionalmente. Cabe garantir que o tempo não passa em vão, e que aprendemos alguma coisa.

Quando nos tornamos alvo de inveja de um colega de caminhada, devemos examinar nosso próprio coração. Será que somos suficientemente humildes?

Talvez seja o caso de tomar providências para que nossos defeitos se tornem um pouco mais visíveis. Gautama Buddha recomendava a seus discípulos mostrar suas falhas e esconder suas virtudes, conforme registra H.P. Blavatsky em “Ísis Sem Véu”. 

Ao esquecer de nós, lembramos de amar a vida como ela é. Então a aceitamos como um todo e incondicionalmente, e a melhoramos com ações decididas que fazem parte do processo natural de aperfeiçoamento de todos os seres.

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Veja também em nossos websites associados o texto “Um Por Todos e Todos Por Um”, de Carlos Cardoso Aveline.

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Sobre a proposta original do movimento teosófico,  que envolve o despertar da humanidade para a lei da fraternidade universal, veja o livro “The Fire and Light of Theosophical Literature”, de Carlos Cardoso Aveline.


A obra tem 255 páginas e foi publicada em outubro de 2013 por “The Aquarian Theosophist”. O volume pode ser comprado através de Amazon Books.

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