Ao Caminhar Para a
Sabedoria,
Observamos Em Paz o
Processo da Ignorância
Carlos Cardoso Aveline
Carlos Cardoso Aveline
Um vasto número de pessoas sabe que
o caminho espiritual só pode ser trilhado através do altruísmo. Porém a alma
humana é complexa e contraditória, e precisa passar por uma transmutação
alquímica gradual.
Devido à força da ignorância coletiva acumulada, não são
raros os sentimentos de competição entre aliados e companheiros de caminhada espiritual.
Eles devem ser observados
em paz, tanto no caso de sentirmos inveja, como no caso de sentirmos que somos
objetos de inveja.
Invejar alguém é um
sinal seguro de fraqueza. Quem sofre deste problema é um fraco. É um ser que
sofre.
A cobiça de algo que o
outro tem - como por exemplo a sinceridade, ou a confiança na vida - é um
sentimento negativo e contraproducente. Ocorre com frequência sem que se
perceba, nas pessoas de coração puro.
Parece surgir do nada.
Os sentimentos
competitivos podem ocorrer dentro do casal, entre irmãos, amigos e colegas de
profissão. Eles devem ser aceitos como um fato humano no plano consciente e combatidos
pelo reforço da autoestima.
O autorrespeito e a autoconfiança reforçam a humildade,
sempre que são acompanhados de discernimento. Estes fatores tornam a inveja
desnecessária.
Deve-se competir
consigo mesmo. O importante é sermos melhores, hoje, do que nós mesmos éramos
ontem.
Não devemos mentir a
nós próprios dizendo que somos melhores que outra pessoa: ninguém é melhor que
ninguém. Todos são valiosos, cada um a seu modo, uma vez que tenham boa
intenção e façam o melhor que podem. Devemos fazer o melhor da nossa parte e
irradiar o melhor para os colegas, incondicionalmente. Cabe garantir que o tempo não passa em vão, e que aprendemos
alguma coisa.
Quando nos tornamos
alvo de inveja de um colega de caminhada, devemos examinar nosso próprio
coração. Será que somos suficientemente
humildes?
Talvez seja o caso de
tomar providências para que nossos defeitos se tornem um pouco mais visíveis. Gautama
Buddha recomendava a seus discípulos mostrar suas falhas e esconder suas
virtudes, conforme registra H.P. Blavatsky em “Ísis Sem Véu”.
Ao esquecer de nós,
lembramos de amar a vida como ela é. Então a aceitamos como um todo e incondicionalmente,
e a melhoramos com ações decididas que fazem parte do processo natural de
aperfeiçoamento de todos os seres.
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Veja também em nossos websites
associados o texto “Um Por Todos e Todos
Por Um”, de Carlos Cardoso Aveline.
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Sobre
a proposta original do movimento teosófico,
que envolve o despertar da humanidade para a lei da fraternidade
universal, veja o livro “The Fire and Light of Theosophical Literature”,
de Carlos Cardoso Aveline.
A obra tem 255 páginas e foi publicada em outubro de 2013
por “The Aquarian Theosophist”. O volume pode ser comprado através de
Amazon Books.
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