Há Quatro Níveis de
Placenta, no Processo
de Nascimento do Próximo Ciclo Planetário
de Nascimento do Próximo Ciclo Planetário
Alguns Teosofistas

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O texto a seguir transcreve partes de um
estudo teosófico ocorrido em março de 2016.
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1. Carlos Cardoso Aveline
Quero trazer aqui uma
exposição breve e um convite às reflexões escritas e pensadas de vocês. Peço
que cada um examine e responda a cinco perguntas:
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1) Posso observar, no
Brasil, em Portugal, no Oriente Médio, nos Estados Unidos, em todo lado, sinais
evidentes de decadência ética e falta de visão de futuro saudável? Estes sinais
são perceptíveis nas relações políticas, sociais e econômicas, assim como na
vida cultural?
2) Esta observação é isenta,
e não coloco sobre os fatos qualquer frustração ou impaciência pessoal? Um
olhar isento é fundamental.
3) Vejo uma aceleração
neste desfazer-se da teia ética que sustenta sempre toda e qualquer sociedade
ou civilização?
4) Consigo identificar, ao
lado dos sinais de decadência, também sinais positivos de renascer e de
renovação da vida no que ela tem de puro, honesto e de belo?
5) Como tenho lidado com
este processo num plano pessoal? Tenho uma estratégia consciente de ação? Ou,
alternativamente, quais poderiam ser alguns elementos para uma estratégia minha
eficaz?
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Para ampliar a visão
desta “consulta”, trago aqui um breve artigo publicado no “Teosofista” de julho
de 2015:
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Quatro Níveis de
Placenta:
Preparando o Parto
Planetário
Uma placenta cármica sutil e a sua “bolsa amniótica”
evitam que o nascimento da civilização fraterna do futuro ocorra antes que
todos os elementos necessários estejam prontos para o acontecimento.
Um dos sinais de que começa um trabalho de parto é a
ruptura da bolsa amniótica e a perda do líquido que contém a vida na fase da
gravidez e garante a sua preservação. Assim como no plano individual, o
nascimento de uma civilização é uma bênção, e um perigo.
Desde as últimas décadas do século 20, o elemento detonador
central do nascimento de uma fase nova do desenvolvimento humano tem pelo menos
quatro aspectos, que são, não necessariamente nesta ordem:
1) O perigo provocado pela proliferação nuclear;
2) A crise ambiental, climática e geológica;
3) O processo socioeconômico e financeiro;
4) A consciência ética-espiritual e o despertar da boa
vontade em escala planetária.
O ponto de ruptura que inviabiliza a continuação do
egoísmo e da hipocrisia como princípios da organização social é um, e é
múltiplo, ao mesmo tempo. Os seus quatro aspectos principais se aceleram de
modo interligado.
O aspecto interdependente desta aceleração, no
entanto, está abaixo da superfície dos acontecimentos visíveis.
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Até aqui, o texto sobre os
quatro níveis de placenta.
Aguardo comentários. O
mais importante é que cada um ouça o seu próprio coração. Nossa
responsabilidade é maior do que parece, e não por acaso um dos nossos lemas é “melhorando sempre”. O Carma exige isso.
2. Arnalene Passos do Carmo
Agradeço pelo tema
apresentado e pelas outras excelentes contribuições.
Estamos num momento que
exige serenidade e o esforço maior de todos, e principalmente para quem conhece
a lei dos ciclos. Quando compreendemos a evolução cíclica com sua constante
renovação, repetindo-se nas devidas proporções desde o mais elevado até o menos
desenvolvido ser, nos recolhemos na convicção de que Aqueles que guiam e sabem
estão na linha de frente.
A teosofia explica que
civilizações chegam e partem e a cada etapa, há novas lições e maior
desenvolvimento.
Estamos atualmente
avançando em polos bem nítidos. Os acontecimentos mostram de um lado uma
degradação moral sem precedentes e do outro, um número cada vez maior de
pessoas fraternas e cuidadosas com o planeta e com tudo que nele evolui.
Crianças chegam com mais consciência que seus pais. Uma geração mais ecológica
e respeitosa com a vida cresce entre nós.
Eles chegam prontos em
coisas que são difíceis para esta geração que envelhece. É muito lindo aprender
com crianças e com jovens. É um aprendizado leve. De forma doída no entanto
aprendemos com o que não devemos fazer. Com este aprendizado enxergamos como se
reproduz a ignorância, alimentada pelo egoísmo que desonra a condição humana.
Vivendo na realidade
brasileira, me esforço para não entrar na energia pesada de revolta e confronto
que paira no país. A luta é atenta porque quando menos esperamos, somos
abordados com imagens, piadas e discussões em nosso círculo de relacionamentos.
Fazer o melhor possível principalmente em condições diversas, tem sido uma
lição viva na vivência do ensinamento. Não é sempre que tiramos boa nota e
nestas ocasiões, o aprendizado é ainda mais vivo.
Em nosso primeiro
encontro de equipe em Brasília, anos atrás, foi questionado por diversas vezes:
“Como seria carregar o mundo nas costas?” Penso que as perguntas “o que mais
está ao meu alcance fazer”, e “em qual esforço posso ir além do possível”
começam a ser repetitivas e a incomodar demais. Umas poucas gramas do mundo chegam
aos nossos ombros e, ao invés de tristeza, somos tomados por um entusiasmo não
conhecido até então. É hora de fazer mais e ir além do possível. Cabe ouvir e
ser conduzido pela consciência que fala sem palavras.
O parto é eminente e a
hora soa. O foco é a quarta ruptura. Sinto que basta um fio de luz para
dissipar toda uma densa nuvem no coração de cada ser humano. Nesta certeza
devemos trabalhar incessantemente. Quero
ressaltar estas palavras:
“Um grupo humano em que
predomina a boa vontade reeduca a todos no sentido de dissolver as causas do
sofrimento e despertar a luz da intuição divina.” [1]
Gratidão por este grupo
e pelos nossos encontros toda semana.
NOTA:
[1] Do texto “A Eficiência no Trabalho em
Grupo”, de Carlos Cardoso Aveline, publicado em nossos websites associados.
3. Joana Maria Pinho
Agradeço pelo estudo e
pelos excelentes comentários.
A decadência social e o
despertar ético têm acelerado. As bases da civilização atual estão ruindo mas
novas bases e uma melhor civilização vêm sendo construídas. Não há motivo para
desânimo. Carlos escreveu:
“As civilizações passam:
o ser humano permanece, renascendo sempre.” [1]
Os ciclos menores estão
ligados aos grandes ciclos. Renascemos todos os dias e cada renascimento traz a
oportunidade para fazer melhor. Nosso esforço deve ser dirigido para aquilo que
faz realmente diferença - a ética, pois como Blavatsky ensinou:
“...A Ética da Teosofia
é muito mais importante que qualquer divulgação de leis e fatos psíquicos.
Estas leis e fatos se referem inteiramente à parte material e passageira do
homem setenário, mas a Ética é absorvida e guia o homem real - o eu superior
reencarnante.” [2]
No mundo inteiro vejo
sinais evidentes de decadência ética e falta de visão de futuro saudável. No
entanto, também vejo um grupo crescente de indivíduos cultivando o futuro
luminoso. Penso que esse contraste reflete de certa forma a luta interior
daqueles que buscam a verdade.
A eficiência do trabalho
coletivo depende do esforço de cada um de nós no sentido do autoconhecimento e
da alquimia interior. Estamos já fazendo muito pelo despertar da ética e penso
que mais pode ser feito. Sem cobrar dos outros, mas cobrando de nós mesmos
aquilo que sabemos ser correto e que ainda não fazemos.
Pessoalmente, penso que
posso fazer muito mais, sobretudo no plano interno. Reconheço parte das minhas
limitações e sei o que deve ser feito para ultrapassá-las. Então por que adio
dar novos passos?
Devo respeitar o ritmo
com que absorvo e assimilo os ensinamentos. Porém, pela vontade, pela pureza e
perseverança, o ser humano é capaz de realizar o extraordinário. Como Blavatsky
escreveu: “…A autoconfiança é o primeiro passo para aquele tipo de vontade que
faz mover uma montanha.” [3]
Refletir sobre o
propósito da nossa vida, sobre o trabalho que desenvolvemos e a nossa responsabilidade,
desperta-me ainda mais para a decisão tomada no meu coração de dedicar minha
vida à causa teosófica. Esse compromisso ocorreu fortemente nos níveis
superiores da consciência. Agora vejo que esse compromisso precisa ser
reafirmado diariamente para que todos os aspectos da minha consciência trabalhem
nesse sentido. É certo que os votos com o eu superior funcionam por osmose. Mas
é necessário que eu não boicote esse processo e trabalhe em todos os sentidos
para ser de fato um instrumento a serviço da vida.
Até que ponto aceito a
tarefa de carregar o mundo? Sei cuidar de mim ao ponto de conseguir cuidar dos
outros? Estou disposta a colocar de lado medos, fantasias e ambições pessoais? Carregar
o mundo não significa abdicar de mim. Cada um de nós é também o mundo que
carrega. No entanto se eu pensar apenas no meu conforto, na minha jornada
pessoal, desvio a atenção e a energia para o chão em vez de colocá-las em
frente e para o alto.
Tenho pensado sobre o
que preciso para dar o salto. Não um salto cego e num vazio, mas um salto da
natureza que o Corpus Hermeticum
coloca:
“Mediante um salto que
supere todos os corpos, adquire a condição do que é imenso. Supera todos os
tempos, converte-te na própria eternidade! Então poderás compreender Deus [a
Lei]. Aceita a ideia de que nada é impossível para ti.” [4]
Carlos escreve no texto
“Sabedoria Hermética no Século 21” sobre o que é necessário:
“À medida que o
indivíduo se liberta da ilusão das formas externas, ele aprende a navegar no
oceano insondável e sem limites da verdade suprema. No mundo externo, ele se
afasta gradualmente das ilusões teológicas criadas por igrejas. Ele passa a
vivenciar pessoalmente uma ética universal que resulta da percepção da sua
própria unidade individual com todos os seres. Ele sabe que o universo é um
ecossistema. Assumindo responsabilidade por seus atos e por tudo o que lhe
acontece, ele abandona a ignorância espiritual para cruzar o portal da gnose, o conhecimento sagrado, a
sabedoria divina ou theos-sophia, que
o liberta gradualmente dos ciclos de vida inconsciente.” [5]
O subconsciente tanto
pode ser o nosso melhor amigo como o nosso maior inimigo. Devemos ampliar o
olhar interior e ver os aspectos belos e menos bonitos do nosso ser. Não é
fugindo da feiúra que ela deixa de existir. Reconhecer e observar a feiúra são
passos fundamentais para que ela seja transmutada em beleza. O ouro alquímico
não está escondido numa montanha ou na bacia de um rio. Sua descoberta não é
fruto do acaso. Ele se obtém transmutando materiais inferiores. Isso requer
estudo, prática, tentar sempre o melhor na direção da ética e da pureza
original.
Como muitos autores
afirmam, devemos ser o que queremos ver no mundo. É dessa forma que a
humanidade se transforma e avança. Somos o mundo e o mundo é o que cada um de nós cultiva em seu interior.
NOTAS:
[1] Do texto “A História Secreta da
Humanidade”, de Carlos Cardoso Aveline. Disponível em nossos websites
associados.
[2] Palavras de HPB citadas no texto “Não Há
Religião Mais Elevada que a Verdade”, de Carlos Cardoso Aveline.
[3] Do artigo “Extracts From Private
Letters”, de Helena P. Blavatsky, que pode ser encontrado em nossos websites
associados.
[4] Palavras citadas no texto “Sabedoria
Hermética no Século 21”, de Carlos Cardoso Aveline, disponível em nossos
websites.
[5] Do texto “Sabedoria Hermética no Século
21”, citado acima.
4. Silvia Caetano de Almeida
Gratidão pelo estudo
extremamente valioso e pelos comentários enriquecedores.
Estamos vivendo dias
difíceis, em que a falta de ética e a corrupção são vistas como algo quase
natural por muitas pessoas, exatamente por faltar conscientização entre os
seres humanos que ainda se encontram em um sono profundo. E isto se torna mais
grave quando ocorre entre aqueles que se encontram na liderança de grupos e
nações.
Os questionamentos
quanto à nossa contribuição para o despertar e o bem-estar da humanidade são
profundamente pertinentes.
Há muito por aprender,
por crescer e por desapegar-se. É imperativo que aqueles que vislumbram o
despertar da nova era mantenham o padrão luminoso da verdade acima das
contingências, que são passageiras. Um futuro ético está sendo construído. E
cada um pode ser um centro de paz, a partir do qual muito pode ser melhorado.
Agradeço pela
oportunidade de refletir em grupo: para mim é uma bênção.
5. Conclusão
Agradeço pelas respostas
e reflexões, escritas e pensadas. Aprendo com elas. Penso que este diálogo deve
continuar presente em tudo o que fazemos, de modo falado e também no plano
contemplativo. Encerro o estudo dando parabéns a todos pela profundidade e pelo
conteúdo dos testemunhos. Agradeço pela loja teosófica pioneira que vocês e os
outros associados constituem.
(CCA)
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O artigo “O Olhar Isento” foi publicado nos websites da Loja Independente de Teosofistas em 17 de março de 2016.
Leia também o artigo “Eficiência no Trabalho em Grupo”, de Carlos Cardoso Aveline. O texto pode ser encontrado em nossos websites associados. Para acelerar a reação em cadeia do despertar individual e planetário, escreva para indelodge@gmail.com e pergunte como pode participar do esforço teosófico.
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Veja aqui um vídeo de um minuto, produzido pelos nossos websites
associados:
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