7 de novembro de 2016

Os Novos Médiuns

Uso Excessivo da Televisão
Destrói a Capacidade de Pensar

Carlos Cardoso Aveline



O que é ser médium?

A teosofia combate as diferentes formas de mediunidade. Ela define como médium aquela pessoa que permite que sua cabeça, seu próprio cérebro e sua consciência sejam ocupados e dominados por uma inteligência alheia.

Na maior parte dos casos, esta inteligência externa usa e manipula livremente a consciência do indivíduo com o objetivo de atingir os seus próprios fins, que - diga-se de passagem - raramente são legítimos.

Deste ponto de vista, o cidadão que assiste em excesso os canais abertos de televisão é um “médium”, isto é, um in-consciente, alguém que desiste de ser responsável pelos seus próprios sentimentos e pensamentos.

Uma diferença básica entre o médium espírita e o “médium” televisivo é que, no segundo caso, não existem percepções extrassensoriais, além do conhecido efeito hipnótico. O ponto central em comum é que nos dois casos o cidadão renuncia à sua auto-consciência.

A cabeça do espectador - assim como a consciência do médium espírita - é ocupada por pensamentos, imagens e raciocínios inteiramente alheios, mas, neste caso, as imagens e pensamentos são produzidos com objetivos comerciais e para servir os interesses de grupos econômicos cujo poder tem como base sofisticadas técnicas de dominação mental à distância. Para o “médium” da mídia, o “pai-de-santo” é o aparelho de televisão.

Teosofistas e estudantes de filosofia têm podido observar que as pessoas sujeitas à “mediunidade” fabricada pelos canais abertos de televisão ficam em grande parte incapacitadas para todo e qualquer pensamento profundo - seja filosófico ou não.

Em seguida, tais indivíduos - sem sequer saber que a sua capacidade intelectual foi gravemente reduzida por meios artificiais - pensam, com frequência, que a teosofia e a filosofia são “demasiado teóricas” ou “excessivamente abstratas” ou “complicadas”.

A verdadeira causa de tal dificuldade de pensar sobre a vida ou compreender filosofia está no processo coletivo de dominação mental para fins comerciais.

Trata-se da obstrução operacional das conexões cerebrais profundas, através de correntes de conexões cerebrais superficiais que não possuem valor próprio nem significado real, e que são induzidas de fora para dentro por meios eletrônicos.

Uma vez, porém, interrompidos o hábito e a dependência da televisão, observa-se que em pouco tempo desaparece no cidadão a deficiência intelectual induzida pela dominação eletrônica da sua mente.   

O “médium” eletrônico readquire então contato com suas próprias emoções. É reduzido em sua consciência o nível de ansiedade, que vinha sendo estimulada artificialmente.

O indivíduo recomeça a pensar por si mesmo. Ele volta à vida. Ele já não é apenas um fantoche. Não é um fantasma dominado por programações eletrônicas. 

Em seguida, os estudos de filosofia e teosofia passam a ser reconhecidos por ele como compreensíveis. A alma do indivíduo desperta. Ele deixa de ser um objeto para ser, cada dia mais, o sujeito e o diretor da sua própria vida.

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Em setembro de 2016, depois de cuidadosa análise da situação do movimento esotérico internacional, um grupo de estudantes decidiu formar a Loja Independente de Teosofistas, que tem como uma das suas prioridades a construção de um futuro melhor nas diversas dimensões da vida.

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