O Potencial Ético dos Povos
é Ilimitado: o Futuro é Luminoso
Carlos Cardoso Aveline
A sabedoria
esotérica ensina a ver beleza na simplicidade
Herdeiro da
Saturnália pagã de Roma antiga, o carnaval chegou ao Brasil junto com os
portugueses, que o comemoram desde o século XV.
O
Carnaval chegou, cresceu e multiplicou-se até o ponto de o Brasil ser
identificado por muitos como “o país do carnaval e do futebol”.
A
falsa euforia carnavalesca provoca violência entre bêbados, violência de
bêbados contra não-bêbados, cria acidentes de trânsito, abre oportunidades para
roubos e assaltos, e alimenta no Brasil a ilusão segundo a qual a busca
irresponsável do prazer faz parte da “cultura de um povo” e merece o incentivo
de todos.
O
Carnaval transformou-se em indústria da ilusão. Não por acaso a palavra “folia”
significa originalmente loucura, e “folião”, louco.
Alguns
ingenuamente veem o Carnaval como “a maior festa popular no Brasil”. Esquecem
que o Natal e as celebrações do final de ano são maiores que a “folia”, e são
populares. É verdade que o Natal não é mais barulhento do que o Carnaval. Não
produz tanta poluição sonora, não apela à superficialidade mental, mas é a
principal festa do Brasil e dos povos lusófonos. O Natal é mais popular que o
Carnaval e produz paz. Conecta as pessoas pelo amor, pelo respeito; não pela
animalidade.
O
Brasil e os países lusófonos não precisam de formas exageradas de satisfação. A
população deve avançar para o prazer de ter uma vida simples e ética, para o
contentamento que surge de fazer o bem, para a celebração da boa vontade e para
o reconhecimento de ações sábias.
É
infantil a atitude de buscar festas como meta em si. Não vem disso a
felicidade, mas o sofrimento.
Cada
forma de irresponsabilidade provoca dor.
Quando
um povo se liberta do cristianismo medieval e autoritário, ele se vê livre também
do extremo oposto, que é cultuado no Carnaval. O dogmatismo e a animalidade sem
critérios são duas formas simétricas de cegueira: complementam uma à outra, e
deixarão de existir mais ou menos ao mesmo tempo.
Fatores
positivos como ética na política, justiça social e preservação do meio ambiente
passam a dominar naturalmente quando um povo está focado no plantio, e não na
colheita.
No
século 21, cabe despertar coletivamente. O potencial espiritual dos povos é
ilimitado: o futuro é luminoso. As formas mais grosseiras de infantilidade
podem ficar para trás. É oportuno deixar que a satisfação venha até nós pela
alegria do dever cumprido e pela presença da energia da alma em nossas vidas.
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Veja nos
websites associados os artigos “Jesus Cristo e o Carnaval”, “O Carnaval Segundo a Teosofia”
e “Algumas Ideias Sobre o Carnaval”.
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Em setembro de 2016, depois de cuidadosa análise da situação do movimento
esotérico internacional, um grupo de estudantes decidiu formar a Loja
Independente de Teosofistas, que tem como uma das suas prioridades a construção de um futuro melhor nas
diversas dimensões da vida.
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