28 de fevereiro de 2017

Abandonando a Infantilidade Carnavalesca

O Potencial Ético dos Povos
é Ilimitado: o Futuro é Luminoso

Carlos Cardoso Aveline

Abandonando a Infantilidade Carnavalesca
A sabedoria esotérica ensina a ver beleza na simplicidade



Herdeiro da Saturnália pagã de Roma antiga, o carnaval chegou ao Brasil junto com os portugueses, que o comemoram desde o século XV.

O Carnaval chegou, cresceu e multiplicou-se até o ponto de o Brasil ser identificado por muitos como “o país do carnaval e do futebol”.

A falsa euforia carnavalesca provoca violência entre bêbados, violência de bêbados contra não-bêbados, cria acidentes de trânsito, abre oportunidades para roubos e assaltos, e alimenta no Brasil a ilusão segundo a qual a busca irresponsável do prazer faz parte da “cultura de um povo” e merece o incentivo de todos.

O Carnaval transformou-se em indústria da ilusão. Não por acaso a palavra “folia” significa originalmente loucura, e “folião”, louco.

Alguns ingenuamente veem o Carnaval como “a maior festa popular no Brasil”. Esquecem que o Natal e as celebrações do final de ano são maiores que a “folia”, e são populares. É verdade que o Natal não é mais barulhento do que o Carnaval. Não produz tanta poluição sonora, não apela à superficialidade mental, mas é a principal festa do Brasil e dos povos lusófonos. O Natal é mais popular que o Carnaval e produz paz. Conecta as pessoas pelo amor, pelo respeito; não pela animalidade.

O Brasil e os países lusófonos não precisam de formas exageradas de satisfação. A população deve avançar para o prazer de ter uma vida simples e ética, para o contentamento que surge de fazer o bem, para a celebração da boa vontade e para o reconhecimento de ações sábias.  

É infantil a atitude de buscar festas como meta em si. Não vem disso a felicidade, mas o sofrimento.

Cada forma de irresponsabilidade provoca dor.

Quando um povo se liberta do cristianismo medieval e autoritário, ele se vê livre também do extremo oposto, que é cultuado no Carnaval. O dogmatismo e a animalidade sem critérios são duas formas simétricas de cegueira: complementam uma à outra, e deixarão de existir mais ou menos ao mesmo tempo.

Fatores positivos como ética na política, justiça social e preservação do meio ambiente passam a dominar naturalmente quando um povo está focado no plantio, e não na colheita.

No século 21, cabe despertar coletivamente. O potencial espiritual dos povos é ilimitado: o futuro é luminoso. As formas mais grosseiras de infantilidade podem ficar para trás. É oportuno deixar que a satisfação venha até nós pela alegria do dever cumprido e pela presença da energia da alma em nossas vidas.

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Veja nos websites associados os artigos “Jesus Cristo e o Carnaval”, “O Carnaval Segundo a Teosofia” e “Algumas Ideias Sobre o Carnaval”.

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Em setembro de 2016, depois de cuidadosa análise da situação do movimento esotérico internacional, um grupo de estudantes decidiu formar a Loja Independente de Teosofistas, que tem como uma das suas prioridades a construção de um futuro melhor nas diversas dimensões da vida.

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