Um Fogo Que Arde Invisível,
Um Solitário Andar por Entre a Gente
Um Solitário Andar por Entre a Gente
Luís de Camões
Luís de Camões (1524-1580) é considerado o maior poeta da
língua portuguesa. A
imagem acima mostra uma medalha de bronze feita quatro séculos depois da sua
morte. O verso à direita, embaixo - “…e aqueles que por obras valerosas se vão da
lei da morte libertando” - é claramente teosófico pois fala da conquista gradual da
imortalidade através da prática do altruísmo. (“Os Lusíadas”, Canto I, Estância II.)
imagem acima mostra uma medalha de bronze feita quatro séculos depois da sua
morte. O verso à direita, embaixo - “…e aqueles que por obras valerosas se vão da
lei da morte libertando” - é claramente teosófico pois fala da conquista gradual da
imortalidade através da prática do altruísmo. (“Os Lusíadas”, Canto I, Estância II.)
Amor é fogo que arde sem se ver;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
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O soneto acima está publicado nos websites associados desde o dia 23 de abril de 2021, tendo sido reproduzido de “Obras Completas”, Luís de Camões, volume I, Redondilhas e Sonetos, Livraria Sá da Costa Editora, Lisboa, quinta edição, 1985, 355 pp., ver p. 232. Clique para ver o poema em língua inglesa: “Camões, On Atruistic Love”.
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Helena Blavatsky (foto) escreveu estas palavras: “Antes de desejar, faça por merecer”.
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