A Luz da Compreensão Brilha em Todas
As Direções, Mas Não se Apega a Coisa Alguma
Carlos Cardoso Aveline
Carlos Cardoso Aveline
Cabe a cada caminhante combinar da maneira
mais correta possível o hábito estabelecido com a inovação inesperada, a estabilidade
com a transcendência, a firmeza com a flexibilidade.
O que permite
ao peregrino combinar corretamente ingredientes tão distintos e tão opostos é a
Atenção.
Estar Atento,
teosoficamente, não é um verbo transitivo. Não se trata, no plano mais abrangente e universal, de estar atento a
isso ou aquilo. Trata-se de Estar Atento
como verbo intransitivo. Estar Atento, apenas, Atento ao Todo, atento ao Nada,
Atento ao Silêncio, e não atento a isso ou aquilo.
A Atenção
ultrapassa as circunstâncias. A Atenção
produz força de vontade, mas também pode-se dizer que a força de vontade produz
a Atenção.
Hábito e
inovação, estabilidade e transcendência, firmeza e flexibilidade, são aptidões
e qualidades que permitem responder aos diferentes desafios da maré sempre
oscilante da vida. O dia-a-dia incerto é
governado pela Lua.
A
Atenção ultrapassa a maré. Ela nos permite transcender, não esta ou aquela
circunstância agradável ou desagradável, mas todas as oscilações.
Esta Atenção
interna é uma função do Sol, o ponto fixo em nosso sistema solar. O eixo da roda da vida.
A luz da
compreensão é imparcial. Ela não se altera com os processos cíclicos. Ela não
conhece apego nem o seu oposto.
A luz do sol,
como o Logos, brilha para todos.
Ela ilumina e
inspira a cada um conforme o seu Carma. Ela é percebida na vida de cada um conforme o seu Dharma - sua vocação, sua natureza essencial.
Como a luz do
sol, a atenção correta brilha em todas as direções sem fazer ruído.
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Sobre a
missão do movimento teosófico, que envolve o despertar da humanidade para a
vivência da fraternidade universal, veja o livro “The Fire and Light of Theosophical Literature”, de Carlos Cardoso
Aveline.
A
obra
tem 255 páginas e foi publicada em outubro de
2013 por “The Aquarian
Theosophist”.
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