6 de fevereiro de 2014

A Arte de Estar Atento

A Luz da Compreensão Brilha em Todas
As Direções, Mas Não se Apega a Coisa Alguma

Carlos Cardoso Aveline 

 



Cabe a cada caminhante combinar da maneira mais correta possível o hábito estabelecido com a inovação súbita, a estabilidade com a transcendência, a firmeza com a flexibilidade.

O que permite ao peregrino combinar corretamente ingredientes tão distintos e tão opostos é a Atenção.

Estar Atento, teosoficamente, não é um verbo transitivo. Não se trata, no plano mais abrangente e universal, de estar atento a isso ou aquilo. Trata-se de Estar Atento como verbo intransitivo. Estar Atento, apenas, Atento ao Todo, atento ao Nada, Atento ao Silêncio, e não atento a isso ou aquilo.

A Atenção ultrapassa as circunstâncias.

A Atenção produz força de vontade, mas também pode-se dizer que a força de vontade produz a Atenção.

Hábito e inovação, estabilidade e transcendência, firmeza e flexibilidade, são aptidões e qualidades que permitem responder aos diferentes desafios da maré sempre oscilante da vida.  O dia-a-dia incerto é governado pela Lua.

A Atenção ultrapassa a maré. Ela nos permite transcender, não esta ou aquela circunstância agradável ou desagradável, mas todas as oscilações. 

A Atenção interna é uma função do Sol, o ponto central do nosso sistema solar, o eixo da Roda da Vida.

A luz da compreensão é imparcial. Ela não se altera com os processos cíclicos, não conhece o apego e ignora o oposto do apego.

A luz do Sol, como o Logos, brilha para todos.

Ela ilumina e inspira a cada um conforme o seu Carma. É percebida na vida de cada um de acordo com o seu Dharma - a sua vocação, sua natureza essencial.

Tal como a luz do Sol, a atenção correta brilha em todas as direções sem fazer ruído.

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O artigo “A Arte de Estar Atento” foi publicado em 2010 nos websites da Loja Independente de Teosofistas.

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Helena Blavatsky (foto) escreveu estas palavras: “Antes de desejar, faça por merecer”.

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